Diferenças entre edições de "Rastreio do cancro do cólon e reto"

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Revisão das 11h02min de 18 de fevereiro de 2016

Autor: Rute Carvalho

Última atualização: 2016/02/18

Palavras-chave: Cancro do cólon e reto, rastreio oportunístico, pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia



Resumo


Atualmente, em Portugal, recomenda-se o rastreio oportunístico do cancro colon e reto a utentes assintomáticos, com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF).
Se for detetada alguma alteração, independentemente da idade e de ter ou não realizado um exame recentemente, o médico assistente saberá como proceder para um correto diagnóstico da situação.




O que é o Cancro do cólon e reto?


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Em Portugal, o cancro constitui a segunda principal causa de morte, depois das doenças cardiovasculares, sendo o Cancro do Cólon e Reto o segundo mais frequente. A nível mundial estabelece-se como a 3.ª neoplasia mais comum, com cerca de 1,4 milhões de novos casos diagnosticados em 2012.
A incidência desta patologia aumenta progressivamente com a idade, sendo que 91% dos casos ocorrem depois dos 50 anos.

Rastreio


O Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas (PNPCDO) preconiza o rastreio do Cancro do Cólon e Reto nos indivíduos assintomáticos, ou seja, sem qualquer sintoma gastrointestinal, com idades entre os 50 e os 74 anos. O exame recomendado é a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF). Embora a colonoscopia seja o exame padrão para o diagnóstico, a pesquisa de sangue oculto nas fezes, pelo seu caráter não invasivo e de baixo custo, apesar da menor sensibilidade e especificidade, é um bom método para rastreio de populações consideradas de baixo risco.
Em caso de PSOF positiva, dever-se-á proceder à realização de colonoscopia total. No utente em que a colonoscopia total é normal e esta foi realizada em condições otimizadas expressas no relatório, só deve ser repetida ao fim de 10 anos.

Fatores de Risco


Um fator de risco é um determinante que afeta a hipótese de contrair uma doença, neste caso específico, de desenvolver cancro do cólon e reto. Alguns fatores de risco podem ser alterados e são denominados “Fatores de Risco Modificáveis”, outros não e intitulam-se “Fatores de Risco Não Modificáveis”.

  • Fatores de risco modificáveis:
    • Excesso de peso ou obesidade;
    • Sedentarismo;
    • Certas opções alimentares:
      • Dietas ricas em carnes vermelhas (carne bovina, porco, cordeiro ou fígado) e carnes processadas (ex.: fumeiros, enchidos, etc);
      • Cozinhar carnes a temperaturas muito altas cria produtos químicos que podem aumentar o risco de cancro, no entanto não esta relação não está ainda bem estabelecida.
    • Hábitos tabágicos e alcoólicos pesados.
  • Fatores de Risco Não Modificáveis:
    • Idade (> 50 anos);
    • Etnia (Nos Estados Unidos da América, os indivíduos afroamericanos têm maior risco de ter doença ou de morrer por cancro do intestino);
    • Já ter tido adenomas ou cancro do intestino;
    • Sofrer de doença inflamatória intestinal;
    • Ter Diabeles Mellitus tipo 2;
    • Familiares de 1º grau (pais, irmãos ou filhos) com cancro ou com adenomas do intestino;
    • Ter um síndrome genético que aumente a probabilidade de cancro.



Fatores de prevenção


  • Manter um peso saudável;
  • Praticar exercício físico regularmente;
  • Preferir uma alimentação rica em vegetais, frutas e grãos integrais;
  • Evitar fumar e moderar a ingestão de bebidas alcoólicas.



Conclusão


O cancro do cólon e reto é uma doença potencialmente curável se diagnosticada precocemente. Se tem entre 50 e 74 anos e não tem sintomas, faça o rastreio preconizado.
Se detetar alguma alteração, seja em que idade for, consulte o seu médico.
E não se esqueça, mais vale prevenir, do que remediar!

Referências Recomendadas


  • [Portugal_National_Cancer_Control_Plan_2009_Portugese.pdf DGS - Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 2007/2010]


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