Diferenças entre edições de "Pesquisa de sangue oculto nas fezes"

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* [https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0032014-de-31032014.aspx DGS - Rastreio Oportunístico do Cancro do Cólon e Reto]
 
* [https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0032014-de-31032014.aspx DGS - Rastreio Oportunístico do Cancro do Cólon e Reto]
  
* [http://www.epaac.eu/from_heidi_wiki/Portugal_National_Cancer_Control_Plan_2009_Portugese.pdf DGS - Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 2007/2010]
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* [https://dre.pt/application/conteudo/108189401 Rastreios oncológicos em Portugala (Despacho 8254/2017 do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de 18/09/2017]
  
 
* [http://www.sped.pt/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=35&Itemid=262 Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva - SPED]
 
* [http://www.sped.pt/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=35&Itemid=262 Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva - SPED]

Revisão das 11h34min de 22 de outubro de 2017

Autor: Rute Carvalho

Última atualização: 2016/02/18

Palavras-chave: Cancro do cólon e reto, Rastreio oportunístico, Pesquisa de sangue oculto nas fezes




Resumo


O cancro do intestino (colon e reto) é um dos tumores mais comuns no mundo ocidental.
O rastreio é possível através de um teste muito simples às fezes que vai detetar se existe sangue e possibilitar o diagnóstico de alterações mais precocemente, melhorando a probabilidade de cura.




O que é a Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes?


A pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) é um exame laboratorial que permite detetar vestígios de sangue em fezes aparentemente normais, ou seja, detetar sangue não visível a olho nú. Este teste foi adotado para rastreio do cancro do colon e reto, assentando no princípio de que os carcinomas do cólon sangram e que esta hemorragia oculta pode ser identificada pela PSOF que está facilmente disponível.
Deve ser repetido a cada 1 a 2 anos e devem ser realizadas 2 ou 3 colheitas de fezes consecutivas. Se esta pesquisa for positiva, é obrigatória a realização de colonoscopia.

Existem dois tipos de testes para pesquisa de sangue oculto nas fezes, os Testes Tradicionais e os Testes Imunoquímicos.

Testes Imunoquímicos:


  • Mais sensíveis e mais específicos;
  • São necessárias 2 amostras de fezes (por serem mais sensíveis, necessitam de um menor número de amostras);
  • Não é necessária restrição dietética (só detetam hemoglobina humana);
  • Devem ser entregues até 72 horas, após o primeiro dia da colheita, com conservação das mesmas entre 2 e 8ºC até à altura da entrega no laboratório;
  • Menos sujeitos a interferências por hemorragia alta.


Testes Tradicionais:


  • São necessárias 3 amostras de fezes;
  • Baseiam-se numa deteção com recurso ao “guaiaco”;
  • Exigem algumas restrições na alimentação por haver interferência de hemoglobinas de origem animal (evitar carnes, citrinos, alimentos muito ricos em fibras ou de cor verde escura e picantes).

No entanto, apesar de o exame com guaiaco sofrer influência de fatores como a dieta, permanece como um método acessível, barato, não invasivo e sem diferenças significativas em relação à especificidade, quando comparado ao teste imunológico.

Para a realização de qualquer dos testes, medicamentos contendo aspirina, ferro, vitamina C, anticoagulantes (como a varfarina) ou laxantes devem ser suspensos ou substituídos. O seu médico orientará da melhor forma em cada caso. Também devem ser evitadas colheitas durante crises hemorroidárias com sangramento ou durante o período menstrual nas senhoras.
As fezes serão colhidas em dias consecutivos ou em dejeções diferentes (salvo indicação contrária do médico) para recipientes fornecidos pelo laboratório. Devem guardadas em local fresco (porta do frigorífico até 7 dias) e entregues em conjunto.

Conclusão


Atualmente, em Portugal, a Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF) é recomendada no rastreio oportunístico do cancro do colon e reto a pessoas assintomáticas, com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos.
Se houver qualquer alteração à normalidade poderá contatar o seu médico no sentido de proceder ao correto diagnóstico, independentemente da idade e de ter realizado um exame recentemente.

Referências recomendadas


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