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2024-03-29T13:44:25Z
Da METIS
MediaWiki 1.23.10
/index.php/Cancro_do_colo_uterino
Cancro do colo uterino
2024-03-08T12:56:44Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Inês Oliveira Rodrigues, Inês Duarte, Carolina Gomes Costa, Ana Luís Pimentel, Sílvia Chaves, Ana Patrícia Gomes, Lina Santos, Joana Isabel Santos, Ana Cristina Moreira, Andrea Lobão, Isabel Nazaré, Paulo Santos<br />
|Última atualização=2024/02/29<br />
|Palavras-chave=Cancro do colo do útero, Rastreio, Papilomavírus humano, Vacinação<br />
|Sigla da Doença=X75<br />
}}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Cancro do colo do útero===<br />
----<br />
O '''cancro do colo do útero''' (CCU) é um dos mais prevalentes no mundo inteiro, Está relacionado com a [[Vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV)|infeção por Papilomavírus humano (HPV)]], particularmente comum nas mulheres com menos de 50 anos.<br><br />
A diminuição da incidência que se tem notado nos últimos anos em Portugal e no mundo ocidental deve-se à maior atenção aos aspetos preventivos e aos programas de rastreio. <br><br />
A Organização Mundial da Saúde lançou em 2020 uma estratégia para acelerar a eliminação do cancro do colo do útero baseada nos três pilares da vacinação, rastreio e tratamento. O objetivo é vacinar 90% das raparigas antes dos 15 anos de idade, rastrear 70% das mulheres com idades compreendidas entre os 30 e os 45 anos, tratar 90% das lesões pré-cancerosas e alcançar 90% de tratamento e cuidados para os casos de cancro do colo do útero. Em Portugal, de 2019 a 2021, a cobertura do rastreio populacional foi de 40% a 48%, e a adesão entre as mulheres convidadas de 76% a 94%.<br />
<br><br><br />
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<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >LA8NFsVqv78|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
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<br><br />
<br />
=== Conclusão ===<br />
----<br />
O cancro do colo do útero é uma doença potencialmente curável se diagnosticada precocemente. Se tem entre 25 e 60 anos e não tem sintomas faça o rastreio a cada 5 anos.<br />
<br />
Se detetar alguma alteração, seja em que idade for, consulte o seu médico.<br />
<br />
E não se esqueça de '''''avisar as amigas!'''''<br />
<br><br><br />
=== Referências Recomendadas ===<br />
----<br />
* [https://dre.pt/application/conteudo/108189401 Rastreios oncológicos em Portugal (Despacho 8254/2017 do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de 18/09/2017)]<br />
* [http://portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Conte%C3%BAdos/Planeamento%20Estrategico/Rastreios/RCCU%20-%20Manual%20de%20Procedimentos%20UPC.pdf Manual de procedimentos do rastreio do cancro do colo do útero da ARS-Norte]<br />
* [http://www.nhs.uk/Conditions/Cervical-screening-test/Pages/Introduction.aspx NHS - Cervical screening]<br />
* [http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/Page/Document/RecommendationStatementFinal/cervical-cancer-screening United States Preventive Services Task Force - Cervical Cancer: Screening]<br />
* [http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/144785/1/9789241548953_eng.pdf?ua=1 Comprehensive Cervical Cancer Control - A guide to essential practice]<br />
<br />
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|}<br />
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<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Prof._Doutor_Paulo_Santos|Paulo Santos]]<br />
</div> <br />
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[[Categoria:Cancro do Colo do Útero]]<br />
[[Categoria:Rastreio]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Alop%C3%A9cia_androgen%C3%A9tica_%E2%80%93_Calv%C3%ADcie
Alopécia androgenética – Calvície
2024-02-01T00:31:34Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=José António Lopes Moreira, Ana Luísa Gonçalves Duarte<br />
|Última atualização=2022/10/30<br />
|Palavras-chave=Alopécia, Alopécia androgenética, calvície<br />
|Sigla da Doença=S23<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''alopécia androgenética ''' (calvície) é o tipo mais comum de queda de cabelo progressiva. Há uma tendência para o cabelo se tornar mais fino e curto, podendo haver perda total do cabelo.<br><br />
Acredita-se que seja causada por fatores genéticos e hormonais. <br><br />
Sem tratamento, a alopécia androgenética é uma condição progressiva pelo que importa mentalizar os doentes desta condição crónica. Contudo, existem algumas opções de tratamento, cuja eficácia é limitada e dependente de fatores como idade, distribuição da perda de cabelo e evolução desta condição. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Alopécia Androgenética – Calvície===<br />
----<br />
A ''' alopécia androgenética ''' é o tipo mais comum de perda capilar progressiva. Afeta cerca de 50% dos homens acima dos 50 anos e das mulheres acima dos 65 anos.<br><br />
Este tipo de perda capilar ocorre segundo um padrão previsível, embora não exclusivo, para cada um dos géneros. No homem caracteriza-se por um recuo da linha de implantação do cabelo e perda capilar na região frontal e temporal (“entradas”) e da coroa (“topo”) da cabeça e na mulher por uma perda capilar mais difusa com atingimento preferencial da coroa. Há uma tendência para o cabelo se tornar mais fino e se verificar um maior número de folículos capilares em “fase de repouso”, enquanto os cabelos restantes se tornam mais curtos e menos numerosos. <br><br><br />
====Causas====<br />
----<br />
A '''alopécia androgenética''' é causada por fatores genéticos e hormonais. No que toca à '''predisposição genética'''/hereditariedade, verifica-se que a presença de calvície nos progenitores aumenta a probabilidade de a pessoa ser afetada. Em '''termos hormonais''', a ação da hormona dihidrotestosterona leva a um encurtamento progressivo do folículo capilar, com perda posterior da produção de cabelo levando aos padrões de calvície descritos anteriormente. <br><br><br />
====Diagnóstico====<br />
----<br />
O diagnóstico baseia-se na verificação de '''perda progressiva capilar''', no '''padrão de distribuição''' da perda capilar e '''história familiar'''. A pele do couro cabeludo mantém uma aparência normal. Ocasionalmente poderão ser solicitados alguns meios complementares de diagnóstico para descartar patologias como anemias, doenças de tiróide, sífilis, entre outras. <br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
[[File:calvicie.jpg|400px|right]]<br />
A '''alopécia androgenética''' é uma condição progressiva, com uma redução estimada de 5% do número de cabelos por ano, embora esta redução seja altamente variável entre indivíduos. Os tratamentos existentes têm eficácia limitada pelo que a '''aceitação desta situação''' é, de facto, pedra basilar na sua abordagem. A inclusão em grupos de suporte ou aconselhamento poderá ajudar a pessoa a enfrentar a cronicidade desta situação. <br><br />
Existem, contudo, opções farmacológicas disponíveis como, por exemplo, a utilização de preparados '''tópicos de minoxidil de 2-5%''' que são, sobretudo, eficazes em estadios mais iniciais de calvície e que pressupõem uma utilização de, pelo menos, seis meses até se atingirem resultados, seguidos de períodos crónicos de utilização. O uso de '''finasterida''' em formulação oral está aprovado para a alopécia androgenética no homem. Para além da eficácia mais limitada, alguns dos efeitos adversos (irritação local com agentes tópicos, diminuição do prazer sexual e disfunção sexual), apesar de raros, condicionam também a sua utilização. <br><br />
A utilização de '''extensões capilares''' e '''preparados “camuflantes”''' em spray podem ajudar a diminuir o impacto visual da alopécia nos doentes. <br><br />
Por fim, o '''transplante capilar''' poderá oferecer uma taxa de sucesso importante dependendo da idade, evolução da alopécia e sua distribuição e extensão. Neste procedimento retiram-se cabelos de áreas dadoras (poupadas pela calvície) para depois serem aplicados (transplantados) na área onde se pretende melhorar a densidade capilar. <br><br />
Independentemente da eficácia das terapêuticas anteriormente referidas, importa proceder a uma '''fotoproteção adequada''' da pele onde a alopécia é mais marcada. A utilização de proteção solar, barreiras físicas (chapéus, por exemplo) constitui, por isso, uma medida importante para evitar lesões provocadas pela exposição solar. <br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''alopécia androgenética''' é uma condição prevalente, progressiva e crónica que tem um impacto importante no bem-estar e autoestima das pessoas afetadas. <br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.bad.org.uk/for-the-public/patient-information-leaflets/androgenetic-alopecia/?showmore=1&returnlink=l180.co/feather#.YKqmR42SlPZ Androgenetic Alopecia. British Association of Dermatologists; junho de 2012]<br />
* [https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-androgenetica/25/ Alopecia Androgenética. Sociedade Brasileira de Dermatologia; 2017]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/altera%C3%A7%C3%B5es-capilares/alopecia-perda-de-cabelos-pelos#v792336_pt Alopecia. Manual MSD – Versão Saúde para a Família; 2019]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:José_António_Lopes_Moreira|José António Lopes Moreira]] &bull; [[Utilizador:Ana_Luísa_Gonçalves_Duarte|Ana Luísa Gonçalves Duarte]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Geriatria]]<br />
[[Categoria: Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Binge-eating
Binge-eating
2024-01-31T23:06:13Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Rita Duarte, João Stuart, Pedro Sonié, Sara Teixeira<br />
|Última atualização=2024/01/31<br />
|Palavras-chave=Compulsão alimentar; Binge-eating; Alimentação; Dieta; Comportamento<br />
|Sigla da Doença=T05; P11<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O transtorno de compulsão alimentar é caracterizado por uma ingestão exagerada de alimentos acompanhada por uma sensação de perda de controlo e sentimentos de culpa.<br><br />
É um transtorno que se faz acompanhar de consequência nocivas para a saúde e uma diminuição marcada da qualidade de vida. <br><br />
O comportamento em relação à comida é importante na promoção de uma alimentação saudável. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===''Binge-eating'' <small>(Transtorno de compulsão alimentar)</small>===<br />
----<br />
<br />
[[File: binge_eating.jpg |400px|right]]<br />
O '''''Binge eating''''' é um transtorno de compulsão alimentar, caracterizado por episódios recorrentes de ingestão exagerada de alimentos, que muitas vezes termina apenas quando se a pessoa atinge um intenso mal-estar ou exaustão física. Estes episódios ocorrem num período de tempo delimitado e são acompanhados por uma sensação de perda de controlo sobre a ingestão durante esse período. <br><br />
Pode afetar todo o tipo de pessoas, independentemente do sexo ou de ter peso normal ou alterado. É comum a pessoa ter sentimentos de não conseguir parar de comer ou sensação de perda de controlo sobre o quê ou o quanto se come. Ocorrem durante um período prolongado, normalmente mais de 3 meses e pelo menos uma vez por semana. <br><br />
Este distúrbio não está necessariamente associado ao uso recorrente de comportamentos compensatórios inapropriados pela indução do vómito ou restrição alimentar severa, como acontece na bulimia ou na anorexia nervosa. <br><br />
<br><br />
====Diagnóstico e sinais====<br />
----<br />
Caracteristicamente, o '''''binge-eating''''' apresenta pelo menos 3 aspetos dos seguintes:<br />
* Comer mais rapidamente do que o normal;<br />
* Comer até se sentir desconfortavelmente cheio;<br />
* Comer grandes quantidades de alimento na ausência de sensação física de fome;<br />
* Comer sozinho por vergonha;<br />
* Sentimentos de desgosto, depressão ou culpa com os excessos cometidos.<br />
<br><br><br />
====Fatores precipitantes====<br />
----<br />
O '''''binge-eating''''' é mais frequente nos casos de:<br />
* Humor deprimido;<br />
* Fatores stressantes externos e relacionados com as relações interpessoais;<br />
* Tentativas frequentes de dietas e restrições dietéticas excessivas (por exemplo, eliminação dos hidratos de carbono da dieta);<br />
* Baixa auto-estima;<br />
* Sentimentos de tédio. <br />
Não há um padrão alimentar específico nem um tipo de alimento mais associado.<br />
<br><br><br />
====Consequências====<br />
----<br />
A '''compulsão alimentar''' está muitas vezes associada a consequências nefastas para a saúde e a uma pior qualidade de vida, com diminuição acentuada da capacidade de concentração e má adaptação à vida social ou laboral. Os sentimentos de culpa após cada episódio podem conduzir a um enorme desespero no controlo do peso e nos hábitos alimentares. São frequentes as tentativas de controlar o impulso por dietas mais ou menos restritivas, geralmente sem sucesso, mas que podem provocar flutuações marcadas do peso. Podem ainda ocorrer sintomas gastrointestinais inespecíficos (como alterações do padrão habitual de trânsito intestinal, com períodos de obstipação ou diarreia). <br><br><br />
====O que fazer?====<br />
----<br />
Fazer um '''diário alimentar''' onde aponta todos os alimentos que ingere permite perceber o padrão alimentar e atuar de forma muito sensível. É importante '''planear bem as refeições''', definindo previamente o que se vai comer a cada momento do dia. <br><br />
Deve rever cada episódio para '''identificar os fatores''' que despoletam a crise e perceber o padrão, permitindo desenvolver mecanismos de compensação para ultrapassar estes momentos. <br><br />
O transtorno de compulsão alimentar pode ter uma duração variável, desde episódios de curta duração isolados ou recorrentes até à persistência durante anos, sobretudo se não for tratado. É fundamental '''procurar ajuda''' de um profissional de saúde capaz de monitorizar e orientar o tratamento. <br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A alimentação saudável é uma prioridade mas a sua relação com a comida também o deve ser. O '''''binge-eating''''' pode ter um impacto significativo na vida e na saúde. <br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.nationaleatingdisorders.org/binge-eating-disorder/ National Eating Disorders Associations (NEDA). Binge eating disorder. 2022]<br />
* [https://www.nimh.nih.gov/health/topics/eating-disorders National Institute of Mental Health (NIH). Eating disorders. 2021]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/binge-eating-disorder/symptoms-causes/syc-20353627 Binge-eating disorder. Mayo Clinic. 2018]<br />
<br><br><br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Ana_Rita_Duarte|Ana Rita Duarte]] &bull; [[Utilizador:João_Stuart|João Stuart]] &bull; [[Utilizador:Pedro_Sonié|Pedro Sonié]] &bull; [[Utilizador:Sara_Teixeira|Sara Teixeira]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria: Perturbação do comportamento alimentar]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Doen%C3%A7a_da_altitude
Doença da altitude
2024-01-28T19:19:27Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Cátia Fernandes; Joana Martins; Marina Magno |Última atualização=2024/01/28 |Palavras-chave=Altitude; Mal da Montanha; cefaleia; Medicina do viajante |Si...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Cátia Fernandes; Joana Martins; Marina Magno<br />
|Última atualização=2024/01/28<br />
|Palavras-chave=Altitude; Mal da Montanha; cefaleia; Medicina do viajante<br />
|Sigla da Doença=A88<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''doença da altitude''' ocorre quando se está numa elevação onde a concentração de oxigénio é inferior à do local onde vive. Apresenta várias formas de gravidade crescente: doença aguda das montanhas, edema cerebral agudo da altitude ou edema pulmonar agudo da altitude. Contudo, é evitável se planear bem a subida, de forma a permitir que o corpo se adapte às especificidades da nova altitude. <br><br />
O tratamento é muito amplo passando por medidas gerais do dia a dia até necessidade de internamento nos casos graves.<br><br />
O objetivo da Medicina do Viajante é reduzir a exposição a riscos de morbilidade e mortalidade associados à viagem, com consciencialização dos viajantes e promovendo a prática de medidas preventivas.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Doença da altitude===<br />
----<br />
Viajar para locais de grande altitude pode desencadear problemas de saúde. A '''doença da altitude''' ocorre quando se está numa altitude onde a concentração de oxigénio é inferior à do local onde vive.<br><br />
[[File: Back-view-hiker-watching-sunset-from-mountain_01.jpg|400px|right]]<br />
Há maior risco de ocorrer quando se ultrapassa os '''2.400 metros de altitude'''. <br>O risco é tanto maior quanto maior a altitude e quanto mais rápido se atingir esse local.<br><br><br />
As 3 principais apresentações são: <br />
* '''Doença aguda das montanhas''': A forma mais leve, com sintomas que geralmente duram um ou dois dias, sintomas semelhantes aos causados por uma ressaca alcoólica. <br />
* '''Edema pulmonar agudo da altitude''': uma emergência médica grave e, às vezes, fatal, que causa problemas respiratórios e provoca a acumulação de líquido nos pulmões. <br />
* '''Edema cerebral agudo da altitude''': uma emergência médica incomum, que causa inchaço cerebral. Pode provocar a morte. <br />
<br><br><br />
====Quais são os sintomas da doença de altitude? ====<br />
----<br />
A '''Doença aguda das montanhas''' manifesta-se ao fim de algumas horas e até um dia após viajar para uma altitude elevada. Os sintomas podem incluir: <br />
* Dor de cabeça; <br />
* Tonturas, enjoos, vómitos, perda de apetite;<br />
* Sentir-se cansado, enfraquecido ou irritado;<br />
* Dificuldade em adormecer;<br />
* Sensação de falta de ar durante exercício físico. <br />
Muitas vezes estes sintomas são confundidos com ressaca, enxaqueca, cansaço ou infeção vírica, como uma gripe. <br><br><br />
O '''Edema cerebral agudo da altitude''' geralmente surge no 1º ao 3º dia após viajar ou subir a grandes altitudes, e manifesta-se por: <br />
* Dor de cabeça intensa;<br />
* Problemas em caminhar, andar de forma descoordenada (como se estivesse bêbado);<br />
* Cansaço extremo;<br />
* Confusão mental.<br />
Se não for tratado atempadamente, pode causar convulsões, coma e até mesmo morte. <br />
<br><br><br />
No '''Edema pulmonar agudo da altitude''', os sintomas habitualmente começam 2 a 4 dias após subir a grandes altitudes e incluem: <br />
* Tosse <br />
* Falta de ar após atividade física leve <br />
* Arfar para respirar, tosse com expetoração rosada, por vezes com sangue. <br />
* Uma cor azulada na pele, nos lábios e nas unhas <br />
Por vezes os sintomas são piores à noite, na posição de deitado, e podem agravar rapidamente. <br />
<br><br><br />
====Qual o tratamento? ====<br />
----<br />
Nas formas leves leves da doença aguda da montanha, as recomendações são: <br />
* '''Repouso'''; <br />
* '''Não viajar''' ou subir a altitudes mais elevadas '''até se sentir melhor'''; se possível, mudar para uma altitude mais baixa. <br />
* '''Tomar medicação''' para alívio da dor de cabeça como paracetamol ou ibuprofeno. <br />
Sintomas mais intensos ou graves obrigam a '''atendimento médico imediato'''.<br>Também deve procurar orientação médica se os sintomas forem leves, mas não melhorarem nos primeiros dias, ou se começarem a agravar. <br>Esperar para “ver se passa” pode causar sérios problemas de saúde. <br />
<br><br><br />
====Como é que os médicos tratam a doença de altitude grave?====<br />
----<br />
* Deslocação para um local com '''altitude inferior'''; <br />
* Administração de '''oxigénio'''; <br />
* Utilização de '''fármacos''' como o Acetazolamida ou Dexametasona pode ajudar a evitar o agravamento dos sintomas do mal da montanha ou a prevenir ou tratar o inchaço do cérebro. <br />
* Se os sintomas forem graves e se viajar para uma altitude inferior não for possível, os médicos administram oxigênio numa '''câmara hiperbárica''' (uma câmara com controlo da pressão de oxigénio). <br />
<br><br><br />
====Como posso prevenir a doença da altitude? ====<br />
----<br />
A melhor forma de prevenir esta doença é '''planear a subida'''. Deve viajar para altitudes mais elevadas '''lentamente''', para que seu corpo tenha tempo para se adaptar.<br> <br />
Se o local para onde vai tiver uma altitude muito elevada pondere '''prolongar a sua viagem''' alguns dias. <br><br />
'''Evite atividades físicas intensas''' na fase de adaptação, tais como escaladas ou grandes caminhadas. <br><br />
Ao caminhar, vá para uma altitude mais elevada durante o dia e depois '''volte para uma altitude um pouco mais baixa''' todas as noites para dormir. <br><br />
'''Evite o uso de álcool''' ou medicação para dormir. <br><br />
Na '''consulta do viajante''' pergunte sobre a necessidade de medicamentos específicos para a altitude. <br />
<br><br><br />
===Conclusão ===<br />
----<br />
A '''doença da altitude''' pode ser muito grave e estragar umas férias que deveriam ser um momento de prazer. Antes de viajar contacte a consulta de medicina do viajante ou o seu médico assistente.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/doen%C3%A7a-da-altitude/doen%C3%A7a-da-altitude Luks AM. Doença da altitude. Manual MSD Versão Saúde para a Família. 2022]<br />
* [https://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2024/environmental-hazards-risks/high-elevation-travel-and-altitude-illness Peter Hackett & David Shlim. High Elevation Travel & Altitude Illness. CDC Yellow Book 2024]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Cátia_Fernandes|Cátia Fernandes]] &bull; [[Utilizador:Joana_Costa_Martins|Joana Costa Martins]] &bull; [[Utilizador:Marina_Magno|Marina Magno]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Medicina do viajante]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Massagem_perineal
Massagem perineal
2024-01-28T18:15:49Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Gabriela Oliveira, Ana Luísa Pereira, Joana Alegria, Sara Andrade |Última atualização=2024/01/28 |Palavras-chave=Massagem perineal; Períneo; Gravidez; P...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Gabriela Oliveira, Ana Luísa Pereira, Joana Alegria, Sara Andrade<br />
|Última atualização=2024/01/28<br />
|Palavras-chave=Massagem perineal; Períneo; Gravidez; Parto; Puerpério; Episiotomia<br />
|Sigla da Doença=W78, W90, W92<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''massagem perineal''' pré-natal é uma técnica que pode ser realizada em mulheres grávidas, a partir das 34 semanas de idade gestacional e durante o parto.<br><br />
Tem como objetivo promover o '''relaxamento''' e a '''elasticidade dos músculos''' da região perineal, particularmente importantes no final da gravidez e no pós-parto. <br><br />
A '''massagem perineal''' está associada a uma diminuição das lacerações e da necessidade de episiotomia durante o parto vaginal, podendo também facilitar a recuperação pós-parto.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Massagem perineal ===<br />
----<br />
O '''períneo''' é o grupo muscular da base da bacia, que sustenta os órgãos pélvicos. É nesta área que se localizam os músculos do pavimento pélvico e os músculos do esfíncter anal e da bexiga. Durante a gravidez, esta zona é muito pressionada com o peso do bebé e potencialmente traumatizada durante o parto, podendo resultar em sequelas significativas. Um períneo bem trabalhado ajuda na expulsão do bebé, prevenindo lacerações extensas e a necessidade de episiotomia (corte na zona da vagina, feito por profissional de saúde, para ampliar o canal de parto e ajudar o bebé a sair). <br><br />
[[File: Boy or Girl.jpg|right|300 px]]<br />
A '''massagem perineal''' consiste no alongamento da pele e tecidos que rodeiam a abertura da vagina. <br><br />
Há vários estudos nesta área que demonstram o benefício:<br />
* Diminui a resistência muscular.<br />
* Reduz as lacerações com necessidade de sutura e a necessidade de episiotomia. <br />
* Nas mulheres com filhos associa-se a redução da dor após o parto, mas não nas grávidas pela primeira vez. <br />
* Facilita a expansão do períneo durante o parto e promove a coordenação e o relaxamento muscular, proporcionando à mulher melhor controlo sobre os músculos perineais.<br />
* Quando realizada durante o trabalho de parto, a massagem perineal tem sido associada a menos lacerações graves.<br />
* Facilita a recuperação pós-parto.<br />
<br><br />
Inicia-se '''4 a 6 semanas antes do parto''', a partir das 34 semanas de gestação. A massagem pode ser realizada pela própria mulher ou por qualquer outra pessoa, 3 a 4 vezes por semana. Pode ser difícil para a mulher a realização da massagem na fase final da gravidez. O(a) parceiro(a) pode ser uma ajuda nesta fase. A sua participação pode contribuir para um reforço positivo do casal e bem-estar de ambos na fase final da gravidez e durante o parto.<br />
<br><br><br />
====Como fazer a massagem perineal?====<br />
----<br />
[[File:perineal_massage.jpg|right|200px]]<br />
A '''massagem perineal''' pode trazer benefícios para a gravidez e durante o parto. Atualmente, a evidência científica não permite considerá-la uma recomendação forte para todas as mulheres. Os profissionais de saúde estão disponíveis para abordar a questão e explorar as melhores opções para cada caso. <br><br />
Consiste nos seguintes passos: <br />
* '''Passo 1''': Lavar bem as mãos com água e sabão. Manter as unhas cortadas <br />
* '''Passo 2''': Posicionar-se. A melhor posição para a massagem é sentar-se com as costas apoiadas em travesseiros e os joelhos dobrados. <br />
* '''Passo 3''': Inserção dos polegares numa profundidade de 3-5 cm dentro da vagina, pressionando para baixo, em direção ao ânus, cerca de 1 a 2 minutos. Pode ser utilizado um lubrificante à base de água para facilitar a massagem ou um óleo de vitamina E, de amêndoas ou azeite.<br />
* '''Passo 4''': Com os polegares, massajar suavemente a parte inferior da vagina, com movimentos de vaivém em formato de "U" dentro da vagina. Repetindo durante cerca de 5 a 10 minutos.<br />
Os procedimentos são idênticos quando realizada por outra pessoa, com a diferença de utilizar os dedos indicadores em vez dos polegares.<br />
<br><br><br />
====Há contraindicações à massagem perineal?====<br />
----<br />
A massagem perineal é geralmente segura. No entanto, existem algumas '''situações em que deve ser evitada'''.<br />
* Complicações da gravidez como placenta prévia ou hemorragias;<br />
* Feridas abertas ou cicatrizes de cirurgias prévias na região do períneo;<br />
* Infeções vulvo-vaginais como candidíase vaginal ou herpes zoster;<br />
* Infeção ou feridas abertas nas mãos;<br />
* Rotura de membranas (“bolsa de águas”).<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''massagem perineal''' regular pode ser um bom método de preparação para o parto. <br><br />
Converse com o seu médico para perceber se esta técnica pode ser útil para si! <br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.cuh.nhs.uk/patient-information/antenatal-perineal-massage-explained/ Antenatal perineal massage. NHS Cambridge University Hospitals. 2021.]<br />
* [https://health.clevelandclinic.org/perineal-massage Will Perineal Massage Keep You From Tearing During Childbirth? Cleveland Clinic. 2023]<br />
* [https://www.rcog.org.uk/for-the-public/perineal-tears-and-episiotomies-in-childbirth/reducing-your-risk-of-perineal-tears/ Reducing your risk of perineal tears. Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. 2024]<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
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</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria: Gravidez e parto]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Epistaxis
Epistaxis
2024-01-22T15:55:04Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Joana Mendes |Última atualização=2024/01/22 |Palavras-chave=Epistaxis; Hemorragia nasal |Sigla da Doença=R06 }} <br><br> {|border=1 ! style="background...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Joana Mendes<br />
|Última atualização=2024/01/22<br />
|Palavras-chave=Epistaxis; Hemorragia nasal<br />
|Sigla da Doença=R06<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
<br />
A '''epistaxis''' (ou hemorragia nasal) é um sintoma comum que pode ser alarmante. Contudo, a maioria das situações não é grave e pode resolver-se em casa.<br><br />
Existem manobras simples que auxiliam a parar o sangramento. <br><br />
No caso de existirem outros sinais e sintomas de alarme, deve ser procurada ajuda médica. <br />
<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Epistaxis===<br />
----<br />
'''Epistaxis''' é o termo médico utilizado para a hemorragia ou sangramento nasal. Esta é uma situação comum, particularmente em crianças e idosos, e geralmente não é sinal de doença grave. A maioria dos casos pode ser resolvida em casa. <br />
<br><br><br />
====Quais são as causas?====<br />
----<br />
[[File: epistaxis.jpg|350px|right]]<br />
As '''hemorragias nasais''' resultam, muitas vezes, do traumatismo ou da irritação da mucosa nasal. O interior do nariz possui muitos vasos sanguíneos localizados próximos da superfície que são frágeis e podem sangrar. <br><br />
Contribuem para o aparecimento do sangramento:<br />
* '''Manipular''' frequentemente o nariz;<br />
* '''Assoar''' o nariz com muita força;<br />
* '''Ambientes''' com baixo teor em humidade;<br />
* Introdução de '''corpos estranhos''' ou irritantes pelas narinas;<br />
* Rinites, constipações, desvio do septo nasal ou outras '''doenças do nariz''';<br />
* Alguns '''medicamentos''' (por exemplo, anticoagulantes ou glicocorticóides intranasais);<br />
* '''Outras doenças''' como os problemas da coagulação ou a [http://metis.med.up.pt/index.php/O_que_%C3%A9_a_Hipertens%C3%A3o_Arterial hipertensão arterial].<br />
<br><br><br />
====O que fazer?====<br />
----<br />
[[File: Hemorragia_nasal.jpg|350px|right]]<br />
Há um conjunto de '''manobras''' que pode ser útil quando surge uma hemorragia nasal:<br />
* Sentar-se, inclinando um pouco a cabeça para a frente. Não se deve deitar ou inclinar a cabeça para trás.<br />
* Respirar pela boca.<br />
* Apertar o nariz, pressionado ambos os lados, logo acima da região das narinas, na região das asas do nariz, durante 10 minutos (no caso de ser uma criança) ou 15 minutos (no caso dos adultos), respirando pela boca. Não deve deixar de pressionar o nariz para verificar se a hemorragia parou antes do tempo recomendado, pois isso diminui a probabilidade de sucesso. <br />
* Aplicar uma compressa fria ou gelo na região do nariz, embora não seja obrigatório.<br />
<br><br><br />
====Quando recorrer ao médico de família? ====<br />
----<br />
* Em caso de hemorragias nasais recorrentes;<br />
* Em caso de existirem hematomas ou outras hemorragias, como as gengivais;<br />
* Se tem apresentado hemorragias e estiver a tomar medicação para colocar o “sangue fino”, como a aspirina, clopidogrel, varfarina, dabigatrano, rivaroxibano, apixabano e edoxabano. <br />
* Se tem apresentado hemorragias e tem doenças que interferem na coagulação do sangue;<br />
* Se tem sintomas de anemia, como a pele pálida, cansaço ou palpitações. <br />
<br><br><br />
====Quando se deve dirigir ao serviço de urgência?====<br />
----<br />
* Se a hemorragia durar mais de 15 minutos, mesmo após ter efetuado as manobras referidas acima;<br />
* Em caso de sangramento abundante;<br />
* No caso de estar a engolir uma grande quantidade de sangue que leva ao vómito;<br />
* Se a pessoa estiver a ficar fraca, tonta ou confusa; <br />
* Se existir dificuldade em respirar;<br />
* Se a hemorragia começou após um traumatismo da cabeça ou da face; <br />
* Se a hemorragia ocorre logo após uma cirurgia no nariz ou se tem uma patologia local conhecida (exemplo: tumor);<br />
* Se além da hemorragia nasal existem outros sintomas graves como dor no peito.<br />
<br><br><br />
====Como prevenir?====<br />
----<br />
* Evitar ambientes secos (cobrir o nariz em espaços exteriores no tempo frio e seco, evitar ambientes com sistema de aquecimento ou ar condicionado e usar humidificadores do ar se necessário);<br />
* Manter o interior do nariz húmido com um spray ou gel nasal apropriado ou com soro fisiológico/solução salina;<br />
* Não manipular o nariz e cortar as unhas para evitar lesões caso isso aconteça;<br />
* No caso de ter havido uma hemorragia há menos de 24 horas, deve-se evitar manipular o nariz, assoar, fazer exercício e carregar pesos.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Grande parte das '''hemorragias nasais''' não tem gravidade significativa.<br>É importante manter a calma e tentar geri-las adequadamente, o que resulta na resolução da maioria dos casos. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/nosebleed/ NHS. Nosebleed 2021]<br />
* [https://www.uptodate.com/contents/nosebleeds-epistaxis-beyond-the-basics Alter Harrison, Messner Anna H. Patient education: Nosebleeds (epistaxis). UpToDate. 2021] <br />
* [https://medlineplus.gov/ency/article/003106.htm Heller Jacob L, Zieve David. Nosebleed. MedlinePlus, Medical Encyclopedia. 2021] <br />
* [https://apmgf.pt/apmgfbackoffice/files/GuiaPraticoSaude.pdf semFYC (Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria). GUIA PRÁTICO DE SAÚDE. Tradução e adaptação pela APMGF (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar). 2013: 16]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Joana_Mendes |Joana Mendes]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Doenças dos ouvidos, nariz e garganta (ORL)]]<br />
[[Categoria: Doenças do sangue]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Adenomegalia
Adenomegalia
2024-01-22T09:58:57Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Joana Catarina Martins; Sandra Rodrigues |Última atualização=2024/01/22 |Palavras-chave=adenopatia, linfadenopatia, nódulo linfático, doença linfática...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Joana Catarina Martins; Sandra Rodrigues<br />
|Última atualização=2024/01/22<br />
|Palavras-chave=adenopatia, linfadenopatia, nódulo linfático, doença linfática<br />
|Sigla da Doença=B02<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''adenomegalia''' é um gânglio com um tamanho maior. A maioria das vezes é secundário a uma '''doença benigna''' e auto-limitada, nomeadamente, uma infeção. Algumas adenomegalias podem ser causadas por outras doenças mais graves. É importante reconhecer os '''sinais de alarme''' a que se deve estar atento e que devem levar a procurar uma avaliação médica.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Adenomegalia===<br />
----<br />
[[File: Adenopathy neck.jpg|250px|right]]<br />
'''Adenomegalia''' ou '''linfadenopatia''' significa um gânglio com um tamanho maior (geralmente acima de 1 cm).<br><br />
Os '''gânglios''' são órgãos de tamanho muito pequeno, cuja função é filtrar o sistema linfático, constituindo um mecanismo de defesa do corpo. Existem gânglios localizados por todo o corpo. A sua descoberta levanta frequentemente o receio da presença de uma doença grave, mas, na maioria das vezes, está associada a uma doença infecciosa benigna.<br><br />
As '''adenomegalias''' podem classificar-se como localizadas, quando se restringe a uma região, ou generalizadas, quando se sentem gânglios aumentados em mais do que uma região. A maioria das adenomegalias que motivam uma ida ao médico são superficiais e, portanto, é possível sentir ao toque ou até serem visíveis, e localizam-se na região da cabeça e pescoço. A presença de adenomegalias é mais frequente na criança, sendo na grande maioria das vezes reativa a infeção (como constipação, infeção da garganta ou ouvidos).<br><br />
A maior parte das vezes desaparecem sem sequelas no prazo de 2 a 4 semanas.<br />
<br><br><br />
====Qual a causa de surgir uma adenomegalia?====<br />
----<br />
As principais causas de adenomegalia são as '''infeções''', que podem ser por bactérias, vírus ou parasitas. Por exemplo quando estamos perante uma amigdalite ou faringite (infeção da garganta) podem sentir-se gânglios aumentados na região cervical, da mesma forma se existir uma otite (infeção do ouvido), os gânglios perto da orelha podem estar aumentados. A causa mais comum para o surgimento de uma adenomegalia são as infeções respiratórias superiores (garganta e ouvidos).<br><br />
Outras causas muito menos frequentes de adenomegalia são os '''cancros''' (neoplasias como linfomas), '''doenças do sistema imunitário''' (doenças auto-imunes como lúpus entre outras) ou determinadas '''medicações''', entre outras causas.<br />
<br><br><br />
====Quais os sinais de alerta a que devo estar atento?====<br />
----<br />
Na presença de linfadenopatia devem ser avaliadas as suas características:<br />
* '''Tamanho''': quanto maior, mais preocupante se torna;<br />
* '''Consistência''' e '''mobilidade''': gânglios duros e firmes estão mais vezes associados a doenças mais graves;<br />
* '''Dor''': a presença de dor e presença de sinais inflamatórios num gânglio sugere patologia infecciosa;<br />
* '''Localização''': o local onde surge o gânglio ajuda no seu diagnóstico, e se surgirem gânglios em diferentes locais ou seja, uma linfadenopatia generalizada, habitualmente associa-se a doença mais significativa.<br />
* Se a adenopatia '''não regredir''' em 4 a 6 semanas depois de aparecer e após resolução da infeção inicial.<br />
Perante os sinais de alerta deve sempre consultar o seu médico assistente para avaliação da eventual gravidade.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A presença de uma '''adenomegalia''' é na maior parte das vezes consequência de uma infeção, contudo é importante conhecer os sinais de alarme. <br />
<br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/swollen-lymph-nodes/symptoms-causes/syc-20353902 Swollen lymph nodes. Mayo Clinic. 2024]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/swollen-lymph-nodes/symptoms-causes/syc-20353902 Swollen glands. NHS. 2023]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-do-sistema-linf%C3%A1tico/incha%C3%A7o-dos-linfonodos Inchaço dos linfonodos. Manual Merck Família. 2022]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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<br><br />
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[[Categoria:Doenças Infecciosas]]<br />
[[Categoria: Doenças do sangue]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Otite_externa
Otite externa
2024-01-18T12:06:03Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Pedro Vale, Lília Barreira, Beatriz Matos, Roberto Gonçalves<br />
|Última atualização=2024/01/18<br />
|Palavras-chave=Ouvido; dor de ouvidos; Otite externa; Traumatismo<br />
|Sigla da Doença=H01; H70<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''otite externa ''' é uma inflamação do canal auditivo externo e é uma das doenças mais frequentes na área da otorrinolaringologia. As causas mais comuns são as infeções bacterianas. Existem fatores que podem predispor ao seu aparecimento, como a exposição à água, o trauma do ouvido, a utilização de aparelhos auditivos, cotonetes e outros objetos e doenças de pele, como a psoríase. <br><br />
Os principais '''sintomas''' são a dor, a comichão, o aspeto avermelhado e o inchaço do ouvido afetado. A maioria dos casos é tratada com medicamentos tópicos e com resolução completa.<br><br />
A '''prevenção''' é uma parte importante, recomendando-se secar bem os ouvidos após exposição à água, evitar o uso de objetos que possam danificar o canal auditivo e proteger os ouvidos com tampões ao nadar ou tomar banho.<br><br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Otite externa===<br />
----<br />
[[File:Anatomy of the Human Ear pt.png|250px|right]]<br />
A '''otite externa ''', também conhecida com “ouvido de nadador”, consiste numa inflamação do canal auditivo externo, que é o canal que vai da orelha até o tímpano.<br><br />
<br />
É uma das doenças mais frequentes na área da otorrinolaringologia estimando-se que cerca de 10% das pessoas desenvolvam uma '''otite externa''' ao longo das suas vidas sobretudo nos meses de Verão.<br><br><br />
<br />
====Causas====<br />
----<br />
A maioria das situações de '''otite externa''' devem-se a uma infeção bacteriana sendo os patógenos mais comuns a ''Pseudomonas aeruginosa'' (38%), ''Staphylococcus epidermidis'' (9%) e ''Staphylococcus aureus'' (8%). Muitas vezes coexistem diversas bactérias ao mesmo tempo.<br><br />
Ainda que menos comum os fungos também podem causar otite externa em 2-10% dos casos sendo o ''Aspergillus'' e a ''Candida'' os agentes mais implicados.<br><br><br />
====Fatores de Risco====<br />
----<br />
* '''Exposição à água e prática de desportos aquáticos (por exemplo, natação): é o mais comum.<br />
* '''Traumatismos''' (por exemplo, coçar o ouvido e a utilização de cotonetes)<br />
* '''Dispositivos auriculares''' oclusivos (por exemplo, aparelhos auditivos, auriculares)<br />
* '''Alergias''' (por exemplo, devido a champôs ou produtos cosméticos) <br />
* Condições dermatológicas (por exemplo, '''psoríase''')<br />
<br><br><br />
====Diagnóstico e Sintomas====<br />
----<br />
[[File: Otite_externa.jpg |300px|right]]<br />
A otite externa geralmente manifesta-se com dor de ouvido/otalgia intensa, comichão, secreções no ouvido (otorreia), sensação de ouvido tapado e diminuição da audição.<br><br />
Habitualmente existe dor quando se toca no ouvido ou ao mastigar e inflamação do canal auditivo com vermelhidão, edema e corrimento. Poderá também existir inflamação do tímpano, obstrução do canal auditivo externo e inflamação da orelha.<br><br />
Nos casos mais ligeiros apenas existe comichão e dor e inflamação mínimos. A simples observação faz o diagnóstico.<br><br />
Nos casos mais graves pode existir febre e obstrução completa do canal auditivo, dor intensa e inflamação. Nestes casos, assim como nos doentes com compromisso da capacidade imunológica e quando não há resposta ao tratamento inicial, pode ser necessário fazer alguns testes complementares como o exame bacteriológico. <br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
O tratamento da '''otite externa''' visa reduzir a dor e eliminar a infeção. A maioria das pessoas com otite externa pode ser tratada em casa com:<br />
* '''Gotas otológicas''' (antibiótico e corticoides tópicos): as gotas para os ouvidos são geralmente prescritas para eliminar a infeção e reduzir o edema causado pela otite externa. É importante aplicar as gotas auriculares corretamente para que cheguem ao canal auditivo, uma vez que, muitas vezes este encontra-se obstruído. A melhoria dos sintomas surge habitualmente dentro de 2 dias, mas se a dor agravar ou não melhorar nesse período, deve-se procurar ajuda médica.<br />
* '''Medicação de alívio sintomático''' (anti-inflamatório não esteroide, para aliviar a dor)<br />
* '''Evitar o contacto com a água''': Durante o tratamento, deve-se evitar molhar a parte interna das orelhas. Assim, durante o banho, pode ser útil colocar uma bola de algodão revestida com vaselina no ouvido. <br />
* '''Evitar usar aparelhos auditivos''' e fones de ouvido intra-auriculares;<br />
A maioria dos casos apresenta um curso benigno e autolimitado com tratamento. Os casos graves ou com perfuração do tímpano exigem orientação por um otorrinolaringologista.<br><br><br />
====Prevenção - "Não coloque nada menor que o cotovelo na orelha"====<br />
----<br />
* '''Evitar inserir objetos no ouvido''': não usar '''cotonetes''' ou outros objetos para limpar o ouvido externo, pois isso pode empurrar a cera para dentro do canal, causando irritação e infeção;<br />
* '''Manter as orelhas secas''': usar tampões de ouvido à prova de água e evitar mergulhar a cabeça dentro de água por longos períodos de tempo. Após nadar ou tomar banho, secar as orelhas e os canais auditivos com um secador de cabelo em baixa temperatura e à distância.<br />
* Evitar produtos irritantes: Evitar o uso de produtos químicos, como sprays de cabelo ou perfumes, que possam irritar o canal auditivo.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''otite externa''' é uma inflamação comum do ouvido. O tratamento envolve normalmente medicamentos tópicos. A prevenção é essencial para evitar o seu desenvolvimento.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://us.uptodate.com/contents/external-otitis-including-swimmers-ear-beyond-the-basics Laura A Goguen. Patient education: External otitis (including swimmer's ear). UpToDate. 2024]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/swimmers-ear/symptoms-causes/syc-20351682 Swimmer's ear, Mayo Clinic 2021]<br />
* [https://www.nhsinform.scot/illnesses-and-conditions/ears-nose-and-throat/otitis-externa/ Otitis externa. NHS. 2023]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças Infecciosas]]<br />
[[Categoria:Doenças dos ouvidos, nariz e garganta (ORL)]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Porque_doem_os_ouvidos_quando_ando_de_avi%C3%A3o
Porque doem os ouvidos quando ando de avião
2022-10-26T09:23:13Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Paulo Santos<br />
|Última atualização=2024/01/22<br />
|Palavras-chave=Viagem; Ouvido tapado; dor de ouvidos; barotrauma<br />
|Sigla da Doença=H01; H13; H85<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
É muito comum sentirmos dor nos ouvidos quando andamos de avião, sobretudo durante a descolagem e a aterragem. Tem a ver com a pressão de ar dentro do ouvido e com a diferença para o ar ambiente.<br><br />
É uma situação transitória e na maior parte das vezes sem gravidade. <br><br />
Manobras simples como bocejar, alimentar-se ou mascar pastilha elástica podem aliviar. <br><br />
A manobra de Valsalva em que se expira contra o nariz e a boca tapado permite também aliviar a sensação mais rapidamente. <br><br />
Raramente, podem existir lesões de maior gravidade, chamadas de barotrauma, com perfuração do tímpano e necessidade de avaliação médica. <br><br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Porque doem os ouvidos quando ando de avião?===<br />
----<br />
[[File:Difficult learning.jpg|300px|right]]<br />
É muito comum haver desconforto nos ouvidos, por vezes muito desagradável, nas viagens de avião, sobretudo durante a descolagem e a aterragem.<br><br />
Tem a ver com a diferença entre a pressão atmosférica e a pressão dentro do ouvido médio. <br><br />
Ao nível do mar a pressão é de 1 atmosfera. Quando subimos em altitude a pressão diminui. As cabines dos aviões são pressurizadas para que a pressão se mantenha sensivelmente no nível equivalente a uma altitude de 2400 m (acima do pico da serra da Estrela), o que corresponde a uma pressão cerca de 30% inferior à que temos ao nível do mar. <br><br />
O ouvido médio é uma caixa gasosa que faz a ligação entre o tímpano (que recebe os sons do exterior) e o ouvido interno (onde estão os terminais nervosos que levam a informação do som até ao cérebro). É uma estrutura fechada que mantém a comunicação com o exterior através da trompa de Eustáquio, um pequeno canal que liga o ouvido médio até à garganta e que normalmente abre para permitir a igualização das pressões entre o exterior e o ouvido médio, entrando ou saindo ar consoante a necessidade. <br><br />
Este processo é rápido, mas não é imediato, pelo que pode existir um pequeno tempo em que a pressão dentro do ouvido é superior à do ambiente, provocando desconforto e dor (durante a subida) e o contrário na descida.<br />
<br><br><br />
====Estas situações estão associadas a alguma condição médica ou sensibilidade por parte do viajante?====<br />
-----<br />
Depende muito da altitude da partida do avião e da chegada. Todos temos a experiência de aterrar em aeroportos a altitude mais elevadas onde a sensação nos ouvidos é menor e aeroportos ao nível do mar onde parece ser maior. <br><br />
Também a existência de algumas condições individuais pode estar relacionada como as pessoas com obstrução das trompas de Eustáquio, por exemplo, por uma constipação, uma otite, ou uma adenoidite, irão ter mais dificuldade em fazer este reequilíbrio das pressões e sentir mais sintomas. <br><br />
Os bebés e as crianças mais jovens estão mais sujeitas ao aparecimento dos sintomas (por motivos anatómicos). <br><br />
Por outro lado, pessoas com perfurações do tímpano (há muitas causas para isso) não vão apresentar estes sintomas.<br />
<br><br><br />
====Existem outras situações onde este fenómeno também pode acontecer? ====<br />
----<br />
O fenómeno vai acontecer da mesma forma se fizermos uma viagem de automóvel por terras em altitude, ainda que a subida seja mais lenta e, portanto, a sensação mais atenuada. No mergulho ou em viagens submarinas podem também ocorrer os mesmos sintomas.<br />
<br><br><br />
====O que se pode fazer para evitar que os ouvidos fiquem tapados ou a “estalar”?====<br />
----<br />
Este fenómeno é transitório e desaparece espontaneamente. <br><br />
Há diversas manobras que podem ajudar a “abrir” a trompa de Eustáquio e reequilibrar mais rapidamente a pressão, como comer ou beber sólidos ou líquidos, mascar pastilha elástica, gomas ou rebuçados, ou bocejar. <br><br />
A mais utilizada por muito passageiros é a de mascar pastilha elástica durante a descolagem e a aterragem dos aviões. A refeição oferecida a bordo também ajuda a resolver a parte da subida, assim como oferecer um biberão ou a mama aos bebés. <br><br />
A manobra de Valsalva em que se expira contra o nariz e boca tapada permite aumentar a pressão dentro das vias respiratórias e forçar a passagem do ar para dentro do ouvido, resolvendo a baixa pressão da descida, mas não a da subida. É relativamente simples de realizar e segura, desde que não existam doenças que a contraindiquem, e que seja realizada com algum bom senso, e de forma gradual para não haver exagero, até aliviar o mal estar, e não mais do que isso.<br><br />
Há situações mais complexas e que obrigam a avaliação médica de barotrauma, em que o tímpano é lesionado neste contexto. A dor normalmente é mais intensa, mais duradoura e pode acompanhar-se de perda de audição e de hemorragia do ouvido.<br />
<br><br><br />
===Conclusão ===<br />
----<br />
É comum a sensação de estalar os ouvidos durante as viagens. A situação é transitória e normalmente sem gravidade ainda que possa ser desagradável. Manobras simples como beber água ou mascar uma pastilha elástica resolvem a maior parte dos casos.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/airplane-ear/symptoms-causes/syc-20351701 Airplane ear. Mayo clinic.]<br />
* [https://www.lufthansa.com/pe/en/travelling-healthy A healthy journey. Lufthansa]<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Prof._Doutor_Paulo_Santos|Paulo Santos]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria: Audição]]<br />
[[Categoria:Doenças dos ouvidos, nariz e garganta (ORL)]]<br />
[[Categoria: Medicina do viajante]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Hidradenite_supurativa
Hidradenite supurativa
2022-03-28T08:17:58Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Maria João Camões, Bárbara Amorim |Última atualização=2022/03/28 |Palavras-chave=Hidradenite supurativa; Acne Inversa; Pele |Sigla da Doença=S92 }} <b...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Maria João Camões, Bárbara Amorim<br />
|Última atualização=2022/03/28<br />
|Palavras-chave=Hidradenite supurativa; Acne Inversa; Pele<br />
|Sigla da Doença=S92<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''hidradenite supurativa''' é uma doença crónica da pele que se caracteriza pelo aparecimento recorrente de nódulos inflamatórios dolorosos. Afetam predominantemente as axilas, as virilhas, a região inframamária, os glúteos e os genitais. Esta doença não é contagiosa nem está associada à falta de higiene.<br><br />
O diagnóstico baseia-se nos sintomas e evolução, sendo comum demorar muito tempo a estabelecer desde os primeiros sintomas.<br><br />
O tratamento tem como objetivo controlar os sintomas e prevenir a evolução da doença, sendo mais eficaz nas suas fases iniciais, antes da progressão para estádios com componentes irreversíveis. Um estilo de vida saudável, associado a uma dieta equilibrada, um peso adequado, e não fumar são fundamentais para reduzir os sintomas e a progressão da doença.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Hidradenite supurativa===<br />
----<br />
[[Ficheiro: Hidradenitis_suppurativa_(stage_II)_in_axilla.jpg|300px|right]]<br />
A '''hidradenite supurativa''', também conhecida como acne inversa, é uma doença crónica da pele, de carácter inflamatório. Caracteristicamente, aparecem nódulos e abcessos dolorosos predominantemente nas zonas da pele ricas em glândulas sudoríparas (designadas como glândulas apócrinas) e nas áreas de maior atrito cutâneo (axilas, virilhas, região inframamária, glúteos e genitais).<br><br />
Estima-se que a hidradenite supurativa atinja 1 a 4% da população, no entanto o número de pessoas diagnosticadas é muito inferior. Alguns trabalhos estimaram uma média de sete anos desde o aparecimento dos primeiros sintomas até ao diagnóstico, porque os sintomas são inespecíficos, tornando difícil a sua interpretação e porque muitas vezes os doentes têm dificuldade em expor o seu problema e procurar ajuda.<br><br />
É importante salientar que a hidradenite supurativa não é contagiosa, não é provocada por uma infeção nem está associada à falta de higiene pessoal. Na verdade, a pessoa afetada pela doença não tem culpa de a ter. <br />
<br><br><br />
====Quem pode ter hidradenite supurativa?====<br />
----<br />
A '''hidradenite supurativa''' afeta ambos os sexos, mas é três vezes mais frequente no sexo feminino. <br><br />
Os primeiros sintomas aparecem habitualmente após a puberdade, entre os 18 e os 29 anos.<br />
Além disso, existe um componente genético associado à doença, sendo que cerca de 40% das pessoas com hidradenite supurativa apresentam um familiar de primeiro grau afetado.<br />
<br><br><br />
====Quais são os sintomas da hidradenite supurativa?====<br />
----<br />
A '''hidradenite supurativa''' apresenta-se tipicamente com nódulos e abcessos recorrentes, com períodos de exacerbação dolorosos e associados à eliminação de conteúdo purulento. Progressivamente, a doença adquire um componente irreversível com a formação de cicatrizes e fístulas, sobretudo, quando não tratada.<br />
<br><br><br />
====Qual o tratamento da hidradenite supurativa? ====<br />
----<br />
Apesar de não existir uma cura definitiva para a '''hidradenite supurativa''', a maioria dos casos pode ser tratada eficazmente, sobretudo, quando diagnosticada em fase inicial, antes do aparecimento das fístulas e da cicatrizes definitivas.<br><br />
Os tratamentos disponíveis permitem controlar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas lesões cutâneas e limitar a progressão da doença <br><br />
As opções de tratamento vão depender da gravidade da doença e do se impacto individual. Podem ser utilizados antibióticos de aplicação tópica, antibióticos orais que são tomados durante alguns meses ou outros tipos de medicamentos. Nos casos mais graves, pode ser necessário realizar pequenos procedimentos cirúrgicos. <br><br />
A cessação tabágica é importante, uma vez que o tabaco parece despoletar e agravar a doença. <br><br />
Visto que a hidradenite supurativa é mais frequente e mais grave em pessoas com excesso de peso/obesidade e a gravidade da doença aumenta com o grau da obesidade é indispensável apostar na redução ponderal. <br />
<br><br><br />
====Impacto da doença e prognóstico====<br />
----<br />
A '''hidradenite supurativa''' é uma doença crónica e recorrente, tendencialmente progressiva, que evolui com fases de agravamento intercaladas com fases de estabilidade das lesões. <br><br />
Esta doença condiciona um elevado sofrimento físico e psicológico, com impacto importante ao nível social, profissional, financeiro, sexual e familiar. As pessoas afetadas apresentam uma diminuição da qualidade de vida e um maior risco de desenvolverem perturbações relacionadas com o stress, a ansiedade e a depressão. <br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''hidradenite supurativa''' evolui de forma crónica e tendencialmente progressiva. O início precoce do seu tratamento minimiza os sintomas e previne a evolução da doença. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://apdhs.pt/apdhs/ Associação Portuguesa de Doentes com Hidradenite Supurativa (APDHS) – organização sem fins lucrativos que tem como objetivo a defesa do doente com hidradenite supurativa]<br />
* [https://www.hsonline.pt/public/home.html HS Online. European Hidradenitis Supporative Foundation]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Maria_João_Camões| Maria João Camões]] &bull; [[Utilizador:Bárbara_Amorim| Bárbara Amorim]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Espondilite_anquilosante
Espondilite anquilosante
2022-03-28T07:43:58Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Sofia Rei, Ricardo Pinto, Raquel Andrade |Última atualização=2022/03/28 |Palavras-chave=dor nas costas, vértebras, bacia, inflamação |Sigla da Doença=...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Sofia Rei, Ricardo Pinto, Raquel Andrade<br />
|Última atualização=2022/03/28<br />
|Palavras-chave=dor nas costas, vértebras, bacia, inflamação<br />
|Sigla da Doença=L88<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''espondilite anquilosante''' é uma doença reumática crónica, de natureza inflamatória, que afeta predominantemente as articulações entre as vértebras e as articulações da bacia. É duas vezes mais comum no sexo masculino. A presença de lombalgia, dores nas coxas e glúteos, sobretudo de predomínio noturno que levam ao despertar, e rigidez, com evolução superior a 3 meses, são as principais manifestações clínicas da doença. A realização de exames imagiológicos e laboratoriais podem ser úteis no diagnóstico. O tratamento tem como principais objetivos o alívio da dor, a preservação da função articular, o atraso da destruição articular e, consequentemente, a melhoria da mobilidade e rigidez. Deverá combinar medidas farmacológicas e não farmacológicas. Apesar da doença apresentar, geralmente, um bom prognóstico, um diagnóstico e início de tratamento precoces contribuem para uma evolução favorável da doença.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Espondilite Anquilosante===<br />
----<br />
A '''espondilite anquilosante''' é uma doença reumática crónica, de natureza inflamatória, que afeta predominantemente as articulações entre as vértebras (“espondilite” significa inflamação das articulações da coluna) e as articulações da bacia.<br><br />
Quando a inflamação é persistente pode evoluir para fusão das articulações com consequente diminuição, ou mesmo ausência, da mobilidade articular e rigidez, quadro designado por anquilose. Aproximadamente 20 a 30% dos doentes com espondilite evoluem para anquilose. <br><br />
Pode existir envolvimento de articulações periféricas, principalmente a nível dos membros inferiores, em 20 a 30% dos casos. <br><br />
Muito raramente podem surgir manifestações extra-articulares da doença, como por exemplo, manifestações cardíacas, pulmonares, renais, entre outras.<br />
<br><br><br />
====Prevalência====<br />
----<br />
É uma doença que '''existe em todo o mundo''', atingindo todas as etnias. Estima-se que em Portugal existam entre 30.000 a 50.000 afetados. <br><br />
O sexo masculino é o mais afetado, numa relação de dois homens para uma mulher. <br><br />
Embora a doença possa surgir na infância e adolescência, a idade mais frequente do seu aparecimento é entre os 15 e 30 anos. O início em idade superior a 40 anos é raro.<br />
<br><br><br />
====Causas da doença====<br />
----<br />
A causa da doença não é conhecida. <br><br />
Pensa-se que seja uma '''doença multifactorial''' para a qual contribuem fatores genéticos (ligados ao gene HLA B27, ARTS1 e IL23R), hereditários (familiares de 1º grau apresentam maior risco de desenvolver a doença) e ambientais (não completamente esclarecidos).<br />
<br><br><br />
====Sintomas====<br />
----<br />
Para suspeitar de um diagnóstico de espondilite anquilosante, os sintomas deverão estar presentes há, pelo menos, três meses: <br><br />
[[Ficheiro: Desk-312595 1280.png|300px|right]]<br />
* '''Lombalgia''': dor na parte inferior das costas, que é mais intensa durante a noite, na cama, que acorda o doente durante a madrugada, sendo difícil encontrar posição de alívio. Melhora com o movimento e exercício físico.<br />
* '''Dorsalgia''': dor na parte superior das costas que é mais intensa durante a noite, e que irradia para a parte da frente do tórax através do espaço existente entre cada costela.<br />
* '''Rigidez''': limitação na mobilização da região lombar, mais intensa de manhã ao acordar, com duração superior a 30 minutos; afeta também a caixa torácica com limitação da expansão.<br />
* '''Pseudociatalgia''': dor ao nível das nádegas e coxas, correspondendo ao trajeto do nervo ciático, que não ultrapassa os joelhos, nem apresenta outros sintomas acompanhantes, como sensação de formigueiro ou fraqueza, e alterna entre os dois membros inferiores.<br />
* '''Dores ao nível do calcanhar'''.<br />
* '''Tendinites''': inflamação dos tendões, que origina inchaço e dor, principalmente a nível do calcanhar e joelho.<br />
* '''Artrite periférica''': inflamação das articulações, principalmente dos membros inferiores.<br />
* '''Olho vermelho doloroso''': inflamação do olho a diversos níveis. Por vezes é a primeira manifestação da doença.<br />
* '''Cansaço''': a astenia e a fraqueza são muito frequentes e por vezes mais incapacitantes do que a própria dor.<br />
<br><br />
O diagnóstico baseia-se sobretudo nestes sintomas, mas pode ser importante a realização de exames de imagem e análises de sangue para distinguir entre outras doenças.<br />
<br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
'''Não existe uma cura''' para a espondilite anquilosante.<br><br />
O objetivo do tratamento é o alívio da dor, a preservação da função articular, o atraso da destruição articular e, consequentemente, a melhoria da mobilidade e rigidez, combinando medidas farmacológicas e não farmacológicas.<br><br />
A prática de '''atividade física adequada''' (como natação e hidroginástica) e fisioterapia são importantes para manter a mobilidade e uma correta postura, com impacto positivo na qualidade de vida. Controlar o peso através de uma alimentação adequada é também fundamental.<br><br />
Os '''analgésicos''' e os anti-inflamatórios não esteróides melhoram a dor e a qualidade de vida, mas não contribuem para a modificação da história natural da doença. <br><br />
Atualmente, existem vários tratamentos com '''efeito modificador da doença''' como anti-inflamatórios específicos (Salazopirina e Metotrexato), e as terapêuticas biológicas (Infliximab, Etanercept e Adalimumab). Não apresentam impacto imediato na dor nem na rigidez, mas modificam a evolução da doença a longo prazo, onde uma boa adesão é fundamental.<br><br />
A cirurgia é uma opção que raramente é necessária. Contudo, poderá ser uma opção válida na substituição das ancas anquilosadas por próteses ou na correção de deformações graves da coluna.<br><br />
<br><br />
====Evolução e prognóstico====<br />
----<br />
Apesar da espondilite anquilosante ter uma expressão variável entre doentes, apresenta frequentemente uma '''evolução benigna''' com alternância entre períodos sintomáticos e períodos de remissão espontânea dos sintomas. Na maior parte das vezes, as pessoas afetadas conseguem manter uma vida normal. As mulheres apresentam, normalmente, formas menos graves da doença. <br><br />
Quanto '''mais precoce''' for o diagnóstico e o tratamento, melhor será a evolução da doença.<br><br />
São fatores de pior prognóstico o início da doença com envolvimento articular periférico e ocular.<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''espondilite anquilosante''' é uma doença inflamatória crónica que afeta as articulações vertebrais e da bacia. O diagnóstico é clínico e quanto mais precoce, mais favorável é a evolução da doença.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.ipr.pt/index.aspx?p=MenuPage&MenuId=174 Instituto Português de Reumatologia. Espondilite Anquilosante]<br />
* [https://www.spmi.pt/wp-content/uploads/NEDAI_67.pdf Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. Espondilite Anquilosante]<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Sofia_Rei|Sofia Rei]] &bull; [[Utilizador:Ricardo_Pinto|Ricardo Pinto]] &bull; [[Utilizador:Raquel_Andrade|Raquel Andrade]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Doenças dos ossos e articulações]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Como_lidar_com_o_Burnout
Como lidar com o Burnout
2022-02-11T11:15:19Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Adriana Sofia Branco Morais, Ana Carolina Fernandes Sardinha, Ana Mafalda Teixeira Caetano, Ana Sofia Silva Fernandes Ferreira, Carolina Maria Vilela Rodrigues de Magalhães Ribeiro, Francisco João Augusto Fernandes, Inês Oliveira Sousa, Joana Sofia Barrias Pinto, João Caires da Luz Afonso Ramalho, João Fernandes Carvalho, Mafalda Robalo Maia, Rita Abreu Russo<br />
|Última atualização=2024/01/28<br />
|Palavras-chave=burnout, esgotamento, sintomas, estratégias<br />
|Sigla da Doença=P74; P78<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O burnout ou síndrome do desgaste profissional caracteriza-se por uma exaustão física, emocional ou mental da pessoa, devido ao acúmulo de stress no trabalho ou nos estudos. Pode evoluir para um estado de depressão. Em 2016, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho estimou que o burnout afetava cerca de 13,7% das pessoas ativas em Portugal. Depois da pandemia da COVID-19, este valor aumentou, podendo afetar um em cada dois trabalhadores.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O que é o Burnout===<br />
----<br />
''Burnout''' é um estado severo de exaustão física, mental e emocional relacionado com a exposição continua ao stress ou a situações stressantes. Foi originalmente definido por ''Herbet Freudenberger'' como a extinção da motivação ou incentivo, especialmente quando a devoção de uma pessoa a uma causa ou relacionamento falha a produzir os resultados desejados. <br><br />
O burnout surge em reação a um '''stress prolongado ou crónico''' relacionado com o trabalho ou com situações do dia-a-dia. Por outro lado, sofrer de burnout torna ainda mais difícil lidar com o stress e as responsabilidades, num ciclo vicioso difícil de romper.<br><br><br />
<br />
====Os componentes do Burnout====<br />
----<br />
* '''Exaustão emocional''': sensação de sobrecarga e de esgotamento de recursos emocionais e físicos.<br />
* '''Despersonalização/desumanização/cinismo''': contatos impessoais, pouco empáticos e pouco afetivos.<br />
* '''Baixa realização profissional/autoeficácia reduzida''': sensação de descontentamento e desmotivação profissional, sentimento de incompetência, falta de realização profissional e produtividade no trabalho.<br />
<br><br />
====Sintomas do Burnout====<br />
----<br />
* '''Sintomas gerais''': sensação constante de negatividade, cansaço físico e mental, falta de vontade e de energia, alterações repentinas do humor, sentimentos de incompetência.<br />
* '''Sintomas emocionais''': tristeza, apatia, frustração, irritabilidade, ansiedade, raiva ou revolta, baixa autoestima, perda de prazer nas atividades diárias.<br />
* '''Sintomas físicos''': sensação de falta de ar, dores de cabeça ou musculares, fadiga e cansaço, alterações do sono e do apetite, problemas cardiovasculares.<br />
<br><br />
====Como posso lidar com o burnout?====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Stress-gabec391b1_1920.jpg|right|300px]]<br />
O '''burnout''' é uma condição reversível.<br><br><br />
=====Condições relacionadas com o trabalho=====<br />
<br><br />
É fundamental '''criar condições no trabalho e nas atividades do dia-a-dia''' que permitam aliviar a carga de trabalho e prevenir o estado de burnout. Bom ambiente no local de trabalho, com espírito de equipa, distribuição adequada das tarefas e valorização de cada um pelas competências que apresenta são fatores organizacionais importantes para uma boa saúde dos colaboradores. <br><br />
É pertinente definir objetivos específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e definidos no tempo, e desenhar estratégias para os alcançar, percebendo quais as tarefas que têm que ser feitas no imediato e quais as que podem ser programadas. É essencial tirar férias, aproveitar para descansar e desligar da rotina diária.<br><br><br />
=====Condições relacionadas com o trabalhador=====<br />
<br><br />
É importante ter um '''amigo com quem desabafar''' sobre os problemas que causam stress ou procurar a '''ajuda de um profissional''' de saúde. A psicoterapia ajuda a compreender melhor as razões que estão na base do problema e a evitá-lo ou resolvê-lo. Por vezes pode ser necessária uma intervenção medicamentosa para estabilizar a situação, sobretudo se houver depressão associada.<br><br />
Também é fundamental ter '''estratégias de autocuidado''', como o tempo e qualidade do sono, seguir uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico regularmente, promover relacionamentos sociais saudáveis e combater o stress, recorrendo a técnicas de relaxamento como o yoga, a meditação ou o ''mindfulness''.<br><br><br />
=====Condições relacionadas com a comunidade=====<br />
<br><br />
Numa terceira dimensão é importante que estar '''atentos à pessoas que nos rodeiam''' e perceber que algumas vão necessitar de apoio especial. Disponibilizar um pouco do nosso tempo para ouvir o colega de trabalho, mostrando empatia e preocupação, irá fornecer um lugar seguro à pessoa para desabafar sobre os seus problemas, sem juízos de valor ou preconceitos. No limite podemos sempre orientar para uma ajuda profissional.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O meio social é elementar para quem sofre de burnout, logo é necessário estar alerta, identificar os sinais em nós próprios e nos outros e estar disponível para ajudar e ser ajudado.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
<br />
* [https://www.iss.it/documents/20126/45616/ANN_16_03_17.pdf Chirico F. Job stress models for predicting burnout syndrome: a review. Ann Ist Super Sanita. 2016;52(3):443-456. doi:10.4415/ANN_16_03_17]<br />
* [https://www.healthline.com/health/tips-for-identifying-and-preventing-burnout Fraga J. A Guide to Burnout. HealthLine. 2019]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/adult-health/in-depth/burnout/art-20046642 Job burnout: How to spot it and take action. Mayo Clinic. 2021]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Stress]]<br />
[[Categoria: Problemas do sono]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Impacto_dos_influencers_digitais
Impacto dos influencers digitais
2022-01-26T09:32:58Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ana Carolina Dias; Ana Isabel Teixeira; André Courela; Carlota Maio; Daniela Alves; Gabriela Leite; João Barroso; Luiza Braggio; Mariana Martins; Mariana R...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Carolina Dias; Ana Isabel Teixeira; André Courela; Carlota Maio; Daniela Alves; Gabriela Leite; João Barroso; Luiza Braggio; Mariana Martins; Mariana Rocha; Matilde Amorim; Matilde França; Nanci Barradas; Paulo Martins; Daniel Beirão<br />
|Última atualização=2022/01/25<br />
|Palavras-chave=Influencer; Exercício físico; Alimentação; Saúde mental; Jovens<br />
|Sigla da Doença=A98<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
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===Resumo===<br />
----<br />
''Influencer'' digital é todo aquele que, através da utilização de plataformas digitais, nomeadamente, redes sociais, influencia a opinião de outros acerca de determinado tema, provocando-lhes alterações nos hábitos ou comportamentos.<br><br />
Por norma, ''influencers'' conseguem estabelecer uma relação de confiança com um determinado número de seguidores, transmitindo-lhes certas mensagens enquanto ganham popularidade. <br><br />
Dada a facilidade de acesso a todo o tipo de conteúdos, associada ao uso crescente de dispositivos tecnológicos com acesso à internet por parte de camadas cada vez mais jovens, surgem exposições arriscadas, pouco adequadas e, por vezes, inconscientes às mais diversas influências, com potencial efeito negativo nos recetores.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Impacto dos ''influencers'' digitais===<br />
----<br />
Hoje-em-dia, as '''redes sociais''' são utilizadas por qualquer pessoa com acesso a dispositivos digitais conectados à '''internet''' (telemóvel, computador, tablet…).<br><br />
Os ''influencers'' são pessoas que utilizam as plataformas digitais para chegar a um elevado número de pessoas, com o objetivo de alterar os seus hábitos ou comportamentos através de técnicas de publicidade e marketing. Na prevenção em saúde, isto é muito visível em áreas como a alimentação, o exercício físico e a suplementação alimentar. <br />
<br><br><br />
====Agravantes às influências digitais ====<br />
----<br />
Os ''influencers'' conseguem criar uma relação de confiança com os seus seguidores, alcançando uma alta eficácia na mensagem que pretendem passar. No entanto, nem sempre a informação divulgada é a mais correta cientificamente, prevalecendo uma lógica de marketing. A alimentação, por exemplo, ocupa cerca de 20% de todo o marketing, mas a maioria apela ao consumo em vez de informar sobre as opções.<br><br />
Acresce que muitos ''influencers'' não são particularmente peritos na informação que estão a apresentar, faltando rigor e transparência nos conteúdos como a utilização de referências de evidência científica, a adesão aos critérios nutricionais, a demonstração de tabelas nutricionais e a composição em macronutrientes de acordo com as recomendações.<br><br />
A internet e as redes sociais são cada vez mais utilizadas como fonte de informação em saúde, sobretudo entre os jovens e o sexo feminino, particularmente interessados no fitness e saúde, tornando-os mais vulneráveis aos ''influencers''.<br><br />
<br><br />
====Impacto dos ''influencers'' nos jovens ====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Social-media-g04b23043d_1920.jpg|300px|right]]<br />
São numerosos os exemplos do impacto dos ''influencers'' nos jovens.<br><br />
De uma forma geral, a publicidade aos alimentos tende a apresentar maior impacto do que a apresentação das opções alimentares. Numa área tão complexa como a alimentação, usa-se muito a dicotomia entre alimentos bons e maus e apresenta-se sempre o lado positivo, a maior parte das vezes sem uma ponderação clara nos benefícios e potenciais danos, com indução do consumo dos alimentos publicitados em detrimento de opções mais saudáveis, como a fruta ou os vegetais. Aparecem também muitas vezes associados a produtos “detox” apresentados como purificadores do corpo e para ajudar a perder peso, sem que exista um controlo de qualidade tanto em termos de eficácia como em termos de segurança na sua utilização, potenciando o aparecimento de distúrbios alimentares e doença mental. <br><br />
Outro exemplo aparece nos cigarros eletrónicos e nas suas múltiplas variantes, onde os ''influencers'' têm um papel muito ativo na modificação dos padrões clássicos de consumo de tabaco para este padrão mais “moderno”.<br><br />
Por outro lado, o aumento da atividade física é um impacto positivo dos ''influencers'', ainda que por vezes exagerado numa perfeição de performance e de perfil corporal, idílico, mas inalcançável. Verifica-se um risco aumentado de desenvolver comportamentos compulsivos, com sofrimento psicológico e emocional, e sentimentos de auto-depreciação e frustração por não atingir os resultados apresentados.<br><br />
Num outro eixo, também os ''influencers'' estão sujeitos à sua própria publicidade: à custa de tanto repetir a mensagem acabam por se convencer do seu conteúdo, com risco de se intoxicarem em informação e ficarem eles próprios mais suscetíveis aos mesmos efeitos de todos os outros. <br><br><br />
====Recomendações====<br />
----<br />
É necessário melhorar a literacia.<br><br />
A literacia passa inevitavelmente pelo acesso à informação, mas ultrapassa-o na necessidade de a processar e entender, integrando o conhecimento numa prática efetiva de saúde. Desta forma teremos uma informação útil e capaz de promover a mudança de comportamentos no sentido de uma melhor saúde.<br><br />
* Temos a obrigação de exigir fontes de informação credíveis, oficiais e creditadas.<br />
* Temos a obrigação de procurar ouvir várias fontes para validar a informação, sobretudo quando a mensagem é significativamente diferente do habitual.<br />
* Temos a obrigação de conhecer as fontes de financiamento e os potenciais conflitos de interesse nas mensagens.<br />
* Temos a obrigação de denunciar os conteúdos tendenciosos ou mesmo incorretos nas áreas onde somos especialistas.<br />
* Temos a obrigação de proteger os nossos familiares e amigos em vez de os sujeitar a uma mensagem que não esteja devidamente validada.<br />
* Temos obrigação de separar o que tem qualidade do que não tem e ajudar os outros nessa distinção.<br />
* Temos de exigir das instituições oficiais um controlo de qualidade efetivo na informação veiculada nas redes sociais.<br><br />
===Conclusão ===<br />
----<br />
A internet e as redes sociais são uma enorme fonte de informação em saúde, mas muito mal regulada. Os ''influencers'' são atrativos na transmissão da mensagem, mas com risco real de desinformar em vez de fortalecer o conhecimento. Uma população desinformada é uma população menos saudável!<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.02142 Coates AE, Hardman CA, Halford JCG, Christiansen P, Boyland EJ. Food and Beverage Cues Featured in YouTube Videos of Social Media influencers Popular With Children: An Exploratory Study. Front Psychol. 2019 Sep 20;10:2142]<br />
* [https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.02975 Smit CR, Buijs L, van Woudenberg TJ, Bevelander KE, Buijzen M. The Impact of Social Media influencers on Children's Dietary Behaviors. Front Psychol. 2020 Jan 10;10:2975]<br />
* [https://doi.org/10.5210/ojphi.v10i2.9306 Ramachandran D, Kite J, Vassallo AJ, Chau JY, Partridge S, Freeman B, Gill T. Food Trends and Popular Nutrition Advice Online - Implications for Public Health. Online J Public Health Inform. 2018 Sep 21;10(2):e213]<br />
* [https://www.internetmatters.org/pt/hub/question/do-influencers-have-an-impact-on-a-childs-behaviour/ Elizabeth Milovidov e Lauren Seager-Smith. Os influenciadores têm impacto no comportamento de uma criança?]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria: Atividade física]]<br />
[[Categoria: Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Ética]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Impacto_do_abuso_emocional_em_crian%C3%A7as_e_jovens
Impacto do abuso emocional em crianças e jovens
2022-01-25T10:46:33Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Bernardo Faria, Filipe Angélico, Gonçalo Marques, Inês Freire, Inês Pinto, Isabel Saraiva, João Lagoa, Juliana Ferreira, Mafalda Neves, Marta Correia, Susana Brilhante<br />
|Última atualização=2022/01/02<br />
|Palavras-chave=Abuso emocional; Saúde mental; Desenvolvimento infantil; Abuso infantil; Consciencialização<br />
|Sigla da Doença=Z16<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O '''abuso emocional''' em jovens tem vindo a tornar-se preponderante ao longo do tempo, tendo a sua prevalência aumentado num intervalo de sete anos.<br><br />
Pode ocorrer dentro do foro familiar, escolar ou em qualquer situação que coloque em causa a saúde biopsicossocial da criança.<br><br />
Tem um impacto significativo no desenvolvimento pessoal, podendo levar a problemas de aprendizagem, perda de valorização própria e problemas nas relações interpessoais, entre outros. Devido às repercussões que traz, o abuso emocional deve ser abordado e divulgado como um assunto de maior urgência, de forma a minimizar as suas repercussões na sociedade jovem.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O que é o abuso emocional?===<br />
----<br />
[[Ficheiro: Bullying-679274 1920.jpg|right|200px]]<br />
O '''abuso emocional''' envolve intimidação, humilhação, isolamento e privação de um ambiente afetivo saudável, indispensável a um desenvolvimento normal. Pode acontecer por '''familiares''', '''cuidadores''' ou '''outros''', em ambiente '''físico''' ou '''online''', e englobar diferentes situações desde a '''precariedade de cuidados''', '''comportamentos ameaçadores''', '''rejeição''', '''exploração''', até a '''depreciação''' da criança ou jovem.<br />
<br><br><br />
====Formas de abuso emocional====<br />
----<br />
O uso do '''sarcasmo''' para manipular e ferir emocionalmente, e a exposição de crianças a situações abusivas ou traumáticas (como, por exemplo, a violência doméstica e o consumo de drogas) constituem formas de abuso emocional. Outros exemplos incluem dificultar a socialização, pressionar as crianças para além das suas capacidades e não reconhecer a sua individualidade.<br />
<br><br><br />
====Quais são as consequências do abuso emocional?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: STRESS in.png|right|300px]]<br />
O abuso emocional é uma das '''formas mais comuns''' de maus tratos infantis, com consequências negativas na saúde mental e no desenvolvimento biopsicossocial da criança:<br />
* problemas cognitivos;<br />
* entraves à aprendizagem, como a falta de atenção;<br />
* dependência e abuso de substâncias;<br />
* consequências na saúde física;<br />
* repercussões na vida sexual;<br />
* aumento dos comportamentos sexuais de risco, o que conduz a uma maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis;<br />
* maior tendência a desenvolver várias doenças do foro psiquiátrico, como depressão, ansiedade, transtornos de personalidade e stress pós-traumático;<br />
* menor capacidade de controle de emoções;<br />
* maior dificuldade na criação e manutenção de boas relações sociais, culminando num aumento de problemas interpessoais;<br />
* falta de autoestima e satisfação com a vida, havendo até um aumento da tendência ao suicídio.<br />
<br><br />
====Importância da consciencialização face ao impacto da problemática====<br />
----<br />
Um [https://sigarra.up.pt/fmup/pt/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=1805 estudo realizado no ano 2000] estimava uma prevalência de abusos emocionais de 16% nos jovens, que identificavam a situação como o principal tipo de violência entre os 15 e os 19 anos. Um [https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17617457/ outro trabalho] na mesma área identificou uma prevalência de 22,4% em 2007, numa tendência crescente e preocupante, até porque é um tópico muitas vezes escondido e negligenciado.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O abuso emocional envolve '''intimidação''', '''humilhação''', '''isolamento''' e '''privação de um ambiente afetivo''' saudável, com consequências significativas no bem estar das crianças e jovens e na sua vida futura.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.nspcc.org.uk/what-is-child-abuse/types-of-abuse/emotional-abuse/ NPSCC. Emotional abuse (2022)]<br />
* [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7786831/ Lane Strathearn (2020) Long-term Cognitive, Psychological, and Health Outcomes Associated With Child Abuse and Neglect]<br />
* [https://www.enciclopedia-crianca.com/maus-tratos-na-infancia/segundo-especialistas/o-impacto-de-maus-tratos-na-infancia-sobre-o Seth Pollak. (2004) O impacto de maus-tratos na infância sobre o desenvolvimento psicossocial de crianças pequenas]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria: Sexualidade e afectos]]<br />
[[Categoria: Saúde da criança]]<br />
[[Categoria: Saúde mental]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Doen%C3%A7a_pilodinal
Doença pilodinal
2022-01-25T09:53:55Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Daniela Coelho, Patrícia Pinto Carvalho<br />
|Última atualização=2022/01/25<br />
|Palavras-chave=Doença Pilonidal, Região Sacrococcígea<br />
|Sigla da Doença=S85<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''doença pilonidal''' ou '''quisto sacrococcígeo''' surge habitualmente em jovens adultos do sexo masculino. Este quisto pode ser assintomático ou manifestar-se através de um nódulo doloroso na região interglútea, quente e com vermelhidão local, que pode drenar espontaneamente um líquido purulento. Nas formas crónicas este nódulo persiste ou surge recorrentemente com drenagem. O tratamento passa pela drenagem do abcesso, associado a antibióticos nos casos de infeção e de uma cirurgia para resolução definitiva. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Doença pilonidal===<br />
----<br />
A '''doença pilonidal''', também conhecida como '''quisto sacrococcígeo''', é uma inflamação da pele e do tecido envolvente, que surge na região sacrococcígea/ interglútea, a cerca de cinco a oito centímetros acima do ânus. Em casos raros, pode surgir no couro cabeludo, axilas e umbigo. O interior deste quisto é constituído por pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas.<br><br />
É mais frequentemente no sexo masculino (2 a 4 vezes mais do que no sexo feminino) e em adolescentes e adultos jovens, entre os 15 e os 30 anos de idade.<br />
<br><br><br />
====Como se desenvolve este quisto?====<br />
----<br />
Várias condições '''predispõem ao seu aparecimento''':<br />
* Excesso de peso<br />
* Microtraumatismos ou irritação local<br />
* Sedentarismo<br />
* Permanência prolongada na posição sentada<br />
* Uso de calças apertadas a condicionar atrito na região<br />
* História Familiar<br />
* Densidade e características do pelo da região sacrococcígea<br />
Parece ser uma doença que se desenvolve na puberdade, como consequência de alterações nas glândulas sebáceas por influência das hormonas sexuais, que associadas a microtraumas da região, levam à inflamação do folículo piloso. Também parece haver um crescimento dos pelos da região sacrococcígea ao longo da região subcutânea (“crescem para dentro”), originando assim inflamação e infeção local.<br />
<br><br><br />
====Quais são os sinais e sintomas?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Pilonidal abscess.jpg|300px|right]]<br />
A simples observação deste quisto confirma o diagnóstico. Pode ser assintomático (menos frequente) ou pode complicar-se por infeção aguda ou por inflamação crónica associada a drenagem recorrente e ferida aberta.<br />
* '''Forma assintomática''': pode permanecer por vários anos, apresentando apenas um pequeno nódulo palpável com poros assintomáticos na região internadegueira. <br />
* '''Forma aguda''': é uma complicação infeciosa da doença pilonidal. Manifesta-se através de uma dor da região interglútea, sobretudo na posição sentada ou movimentos que exijam que a pele desta região seja esticada (como fazer abdominais). Além da dor, surge um nódulo quente e com vermelhidão local. Este nódulo pode apresentar drenagem espontânea de um líquido purulento (pus), que alivia transitoriamente a dor. Raramente, e sobretudo nos casos não tratados, pode surgir febre e mal-estar geral.<br />
* '''Forma crónica''': manifesta-se pela persistência ou recorrência do nódulo doloroso na região internadegueira com drenagem de líquido, purulento ou não. Nestes casos, pode ficar uma ferida aberta na região do abcesso e pode haver mais do que um local de saída de líquido. <br />
<br><br />
====É necessário tratamento?====<br />
----<br />
Raramente, pode ocorrer a cura espontânea sem tratamento, mas a maior parte das vezes, '''é necessária a cirurgia''' como tratamento definitivo. <br><br />
Os antibióticos ajudam quando existe infeção, mas não curam por si só o quisto. Quando há abcesso local pode ser necessária a sua drenagem antes da cirurgia definitiva. <br><br />
Na cirurgia, a pele é aberta e é removido o quisto. A ferida pode ser suturada, o que permite uma cicatrização mais rápida mas com maior risco de recorrência. Maioritariamente, a ferida é deixada aberta, cicatrizando naturalmente, com menor recorrência, mas com um tempo de recuperação de 3 a 12 meses. Esta ferida necessita de cuidados de penso regulares para evitar infeções.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A doença pilonidal é um quisto da região sacrococcígea, que muitas vezes fica inflamado e infetado com drenagem de pús, necessitando geralmente de cirurgia para resolução definitiva.<br />
<br><br><br />
===Referências Recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/pilonidal-cyst/symptoms-causes/syc-20376329 Pilodinal cyst. Mayo Clinic. 2020]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/pilonidal-sinus/ Pilodinal sinus. NHS. 2020]<br />
* [https://www.chuc.min-saude.pt/media/Cirurgia_Pediatrica/Panfleto_Sinus_Pilonidal_final_(1).pdf Centro Hospitalar Universitário de Coimbra -Serviço de Cirurgia Pediátrica e Queimados. Panfleto: Sinus Pilonidal - Informações práticas. 2020]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Daniela_Coelho|Daniela Coelho]] &bull; [[Utilizador:Patrícia_Carvalho|Patrícia Pinto Carvalho]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria: Infeções bacterianas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Testes_para_o_SARS-CoV-2
Testes para o SARS-CoV-2
2021-12-09T09:38:27Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Cristina Ramos Silva, Daniela Ferreira da Costa, Carla Morna |Última atualização=2021/12/08 |Palavras-chave=Pandemia, SARS-CoV-2, testes COVID-19, teste s...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Cristina Ramos Silva, Daniela Ferreira da Costa, Carla Morna<br />
|Última atualização=2021/12/08<br />
|Palavras-chave=Pandemia, SARS-CoV-2, testes COVID-19, teste serológico COVID-19, teste ácidos nucleicos COVID-19<br />
|Sigla da Doença=A76<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''COVID-19''' é uma doença causada pelo vírus SARS-COV-2. Foi declarada como pandemia em março de 2020.<br><br />
O diagnóstico precoce de novos casos é uma das medidas recomendadas para prevenir a propagação desta doença.<br><br />
Em Portugal, estão disponíveis dois tipos de testes para o diagnóstico de SARS-COV-2 (Testes Moleculares de Amplificação de Ácidos Nucleicos e Testes Rápidos de Antigénio) e um tipo de teste que avalia a resposta imunológica à infeção (Testes Serológicos).<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Testes para o SARS-COV-2===<br />
----<br />
[[Ficheiro: Coronavirus.jpg|100px|right]]<br />
A '''COVID-19''', doença causada pelo '''vírus SARS-COV-2''', foi declarada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde em março de 2020. Sendo uma doença infeciosa e de fácil transmissão entre pessoas, é recomendado o isolamento dos casos positivos, independentemente dos sintomas que apresentem. Os testes para SARS-Cov-2 procuram identificar estes casos. <br />
<br><br><br />
====Quais os testes disponíveis atualmente em Portugal?====<br />
----<br />
Em Portugal, existem três tipos de testes laboratoriais disponíveis para o vírus SARS-COV-2: <br />
* Testes Moleculares de Amplificação de Ácidos Nucleicos (TANN); <br />
* Testes Rápidos de Antigénio (uso profissional e autotestes);<br />
* Testes Serológicos.<br />
<br><br />
Os Testes Moleculares de Amplificação de Ácidos Nucleicos e os Testes Rápidos de Antigénio são utilizados para o diagnóstico da infeção por SARS-COV-2. Os Testes Serológicos avaliam a resposta imunológica à infeção ou à vacina.<br><br />
Com exceção de determinadas situações, que deverão ser avaliadas pelo médico, os testes laboratoriais para a identificação de SARS-CoV-2 (TAAN e TRAg) não devem ser realizados em pessoas com história de infeção por SARS-CoV-2, confirmada laboratorialmente, nos últimos 180 dias a contar desde o fim do isolamento.<br />
<br><br><br />
====Testes moleculares de amplificação de ácidos nucleicos ====<br />
----<br />
Os '''Testes moleculares de amplificação de ácidos nucleicos (TANN) ''', também conhecidos como testes '''RT-PCR''' devido à tecnologia utilizada, detetam o material genético do vírus, o RNA. São considerados os '''testes de referência''' para o '''diagnóstico''' e '''rastreio''' da infeção por SARS-COV-2.<br><br />
As amostras normalmente utilizadas são colhidas, através de zaragatoa, na região do nariz e/ou da garganta, e o resultado demora cerca de 24 horas a estar disponível. Existem testes rápidos de amplificação de ácidos nucleicos, com obtenção do resultado num período de tempo mais curto, reservados para situações de urgência.<br><br />
Os TANN são altamente específicos e se realizados nas condições ideais, têm uma alta sensibilidade (são capazes de detetar com precisão baixos níveis de RNA viral), dependendo do tipo e qualidade da amostra, do tempo decorrido desde o início da infeção e da qualidade do teste utilizado. <br><br><br />
Um '''teste TANN positivo''' para o SARS-COV-2 normalmente confirma o diagnóstico de infeção, não sendo necessário nenhum outro teste adicional. Os testes falso-positivos estão descritos, mas são raros (testes positivos em pessoas não infetadas com SARS-COV2).<br><br><br />
Um '''teste TANN negativo''' normalmente é suficiente para excluir a infeção por SARS-COV-2, porém, nem sempre indica que a pessoa não está infetada. Isto pode acontecer, por exemplo, no início da infeção, aquando da incubação do vírus. <br><br />
Se o teste TANN for negativo e existir uma elevada suspeita de COVID-19, sugere-se a repetição do teste. <br />
<br><br><br />
====Testes rápidos de antigénio====<br />
----<br />
Os '''testes rápidos de antigénio (TRAg) ''' detetam proteínas específicas do vírus SARS-COV-2 no trato respiratório. <br><br><br />
=====Testes rápidos de antigénio de uso profissional =====<br />
<br><br />
Para a realização dos '''TRAg de uso profissional''', normalmente são utilizadas amostras colhidas, através de zaragatoa, na região do nariz e/ou da garganta. Estes testes permitem a obtenção de resultados num período de tempo curto (15-30 minutos). <br><br />
Os TRAg de uso profissional têm uma '''sensibilidade menor''' que os testes RT-PCR, ou seja, encontramos mais testes negativos em pessoas que estão efetivamente infetadas. Em Portugal são aceites TRAg de uso profissional que apresentem valores de sensibilidade igual ou superior a 90%, o que significa que em 100 pessoas com infeção por SARS-COV2, 90 irão ter teste positivo, e de especificidade igual ou superior a 97%, o que significa que em 100 pessoas não infetadas, 97 irão ter o teste negativo.<br><br />
Os TRAg de uso profissional devem ser efetuados nos primeiros cinco dias de sintomas, de modo a diminuir a probabilidade de obtenção de resultados falsos negativos (testes negativos em pessoas infetadas com SARS-COV2). Nas situações de elevada suspeita clínica de COVID-19, que obtiveram um teste rápido de antigénio negativo, deve ser realizado um teste RT-PCR. <br />
<br><br><br />
=====Testes rápidos de antigénio em modalidade de autoteste (Autotestes)=====<br />
<br><br />
Os '''autotestes''' são testes rápidos de antigénio, de baixa complexidade técnica de execução, que podem ser utilizados por pessoas que não tenham grande prática. A colheita é feita pelo próprio através de zaragatoa, utilizando amostras nasais, de acordo com as instruções do produto. Estes testes têm uma sensibilidade igual ou superior a 80% (em 100 pessoas com infeção por SARS-COV2, 80 irão ter teste positivo) e uma especificidade igual ou superior a 97% (em 100 pessoas não infetadas por SARS-COV2, 97 irão ter o teste negativo).<br><br />
Estes testes não devem ser utilizados como testes de diagnóstico em pessoas com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 (pessoas sintomáticas) ou pessoas com contactos com casos confirmados COVID-19, onde se recomenda uma avaliação personalizada e orientação específica. <br />
<br><br><br />
====Testes serológicos====<br />
----<br />
Os '''testes serológicos''' avaliam se a pessoa tem anticorpos no sangue para o vírus SARS-COV-2. Os anticorpos são proteínas criadas pelo sistema imunitário para ajudar a combater as infeções e surgem após uma infeção ou após a toma de uma vacina contra uma infeção. <br><br />
Normalmente é utilizada uma amostra de sangue, e dependendo da complexidade do teste, os resultados podem ser obtidos em 10-30 minutos ou até algumas horas. Os anticorpos normalmente são detetados uma a três semanas após a infeção ou a realização da vacina, e por isso, os anticorpos não são utilizados para o diagnóstico de COVID-19.<br><br><br />
=====Qual o significado de um teste serológico positivo? =====<br />
<br><br />
Um '''teste serológico positivo''' significa que, a pessoa pode ter anticorpos contra o SARS-COV 2, que surgiram após uma infeção por este vírus ou pela vacinação contra a COVID-19. <br><br />
Pessoas que desconheçam ter sido infetadas e não estão vacinadas para a COVID-19, o teste pode ser positivo caso tenha ocorrido uma infeção assintomática. <br><br />
Ocasionalmente o teste também pode ser positivo para os anticorpos SARS-CoV-2, quando a pessoa não tem esses anticorpos específicos, tratando-se de um teste falso positivo. <br />
<br><br><br />
=====Qual o significado de um teste serológico negativo? =====<br />
<br><br />
Um '''teste serológico negativo''' significa que, provavelmente, a pessoa não esteve infetada com o vírus SARS-COV-2 ou não recebeu a vacina contra a COVID-19.<br><br />
Um teste serológico negativo também pode ocorrer em pessoas com história de infeção por SARS-COV-2 ou vacinação contra a COVID-19:<br />
* Após a infeção ou vacinação, o organismo normalmente demora 1 a 3 semanas a desenvolver anticorpos, podendo em certos casos demorar ainda mais tempo (período de janela). Durante este período, o teste serológico pode ser negativo. <br />
* Pessoas que estiveram infetadas ou foram vacinadas podem nunca chegar a desenvolver anticorpos.<br />
* Os anticorpos podem desaparecer algum tempo após a infeção/ vacinação (duração dos anticorpos ainda não se encontra bem estabelecida);<br />
* Alguns testes serológicos apenas detetam anticorpos contra a infeção e não os originados pela vacina da COVID-19;<br />
* Pessoas com anticorpos específicos para o vírus, podem ter um teste serológico negativo (teste falso negativo).<br />
<br />
<br />
{|border=”1”<br />
|+<br />
! style="background: #b0e0e6;" |<center> '''Testes disponíveis '''</center><br />
! style="background: #b0e0e6;" |<center> '''Componentes biológicos detetados'''</center><br />
! style="background: #b0e0e6;" |<center>'''Utilidade ''' </center><br />
! style="background: #b0e0e6;" |<center>'''Colheita''' </center><br />
! style="background: #b0e0e6;" |<center>'''Tempo de obtenção dos resultados ''' </center><br />
|-<br />
|Testes Moleculares de Amplificação de Ácidos Nucleicos||RNA do vírus SARS-COV-2||Diagnóstico (Teste de referência)||Através de zaragatoa, normalmente na região do nariz e/ou da garganta||No prazo de 24 horas (RT-PCR convencional)<br />
|-<br />
|Testes Rápidos de Antigénio – uso profissional||Proteínas do vírus SARS-COV-2||Diagnóstico||Através de zaragatoa, normalmente na região do nariz e/ou da garganta||15-30 minutos<br />
|-<br />
|Testes Rápidos de Antigénio – Autotestes||Proteínas do vírus SARS-COV-2||Diagnóstico (Não utilizar se suspeita de infeção por SARS-CoV-2 ou em pessoas com contactos com casos confirmados de COVID-19)||Através de zaragatoa, na área nasal interna||10 –30 minutos<br />
|-<br />
|Testes Serológicos||Anticorpos (anti-SARS-COV-2)||Avaliar a resposta imunológica||Sangue||10-30 min (testes rápidos) / horas<br />
|}<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O diagnóstico precoce da infeção por SARS-COV-2 contribui para limitar a propagação da COVID-19. Contudo, o aspeto central no controlo da pandemia passa pela '''prevenção da doença''', sendo imprescindíveis a vacinação e a manutenção das medidas de segurança. <br />
<br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.who.int/westernpacific/emergencies/covid-19/information/covid-19-testing COVID-19: contact tracing. (novembro de 2021) World Health Organization]<br />
* [https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0192020-de-26102020.aspx Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2. (outubro de 2021). Direção Geral da Saúde, Portugal]<br />
* [https://covid19.min-saude.pt/wp-content/uploads/2021/08/Circular-Informativa-Conjunta_-011_DGS_INFARMED_INSA_15-08-2021.pdf Freitas, Graça; Santos, Rui; Almeida , Fernando. Circular informativa conjunta. Realização de Teste Rápido de Antigénio (TRAg) em modalidade de autoteste com supervisão. Circular Informativa Conjunta N.º 011/DGS/INFARMED/INSA/100.20.200 de 15/08/2021 ]<br />
* [https://www.uptodate.com/contents/coronavirus-disease-2019-covid-19-diagnosis?search=covid%20testing&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H4291362019 Hanson, K., & Caliendo, A. Coronavirus disease 2019 (COVID-19): Diagnosis. (2021) UpToDate]<br />
* [https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/testing/diagnostic-testing.html Test for Current Infection (Viral Test). Centers for Disease Control and Prevention (outubro de 2021)] <br />
* [https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/testing/serology-overview.html Test for Past Infection. Centers for Disease Control and Prevention (julho de 2021]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
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<br />
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<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Doenças Infecciosas]]<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria: Rastreio]]<br />
[[Categoria: Doenças Respiratórias]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/O_div%C3%B3rcio_-_como_contar_%C3%A0s_crian%C3%A7as
O divórcio - como contar às crianças
2021-11-29T12:50:15Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Teresa Raquel Vaz; Vitor Nogueira Rego; Inês Dias Almeida |Última atualização=2021/11/29 |Palavras-chave=separação; divórcio; crianças; adolescentes...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Teresa Raquel Vaz; Vitor Nogueira Rego; Inês Dias Almeida<br />
|Última atualização=2021/11/29<br />
|Palavras-chave=separação; divórcio; crianças; adolescentes<br />
|Sigla da Doença=P76; P22; P23<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O divórcio é um processo complexo, consequência de instabilidade na dinâmica familiar. Constitui um evento de vida marcante, pois ocorre disrupção de rotinas e da estrutura familiar. <br><br />
É importante os pais gerirem a forma como vão comunicar aos filhos a decisão de se separarem, garantindo que estes compreendem que não têm culpa da separação e que recebem o apoio necessário durante todo o processo.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== O divórcio - como contar às crianças ===<br />
----<br />
[[Ficheiro: Girl-447701 1920.jpg|300px|right]]<br />
A '''separação ou o divórcio''', e todos os acontecimentos que conduzem a uma rutura, interrompem a estabilidade que as crianças precisam. São eventos perturbadores na sua vida, podendo acompanhar-se de sentimentos de perda, ansiedade, medo, tristeza ou raiva. O mundo em família muda radicalmente e, tal como os pais, também os filhos vão passar por um processo de reformulação da sua vida e das suas rotinas. É importante que os pais estejam em sintonia para que possam ajudar os filhos a compreender a situação e a ultrapassá-la da melhor forma.<br><br />
O divórcio não deixa de ser um '''processo complexo, angustiante e potencialmente doloroso''' para todos os intervenientes. Mas podemos considerar alguns fatores para facilitar o mesmo, nomeadamente a forma como os pais comunicam a decisão aos filhos e como gerem as reações e emoções das crianças.<br />
<br><br><br />
====Como contar aos nossos filhos que nos vamos separar?====<br />
----<br />
Quando os pais tomam a decisão de se separarem ou divorciarem, a convivência na mesma casa, a partilha do mesmo espaço, da rotina e das tarefas podem transformar-se em momentos de tensão e conflito. Por isso, estando a decisão tomada, devem comunicá-la aos filhos tão depressa quanto possível. O ideal é que''' os pais consigam colocar de parte as divergências''' na hora de transmitir a notícia e que esta seja explicada aos filhos na presença de ambos os progenitores. Se possível, façam-no a um fim de semana ou numa altura em que estejam mais tempo presentes, de forma a garantir o apoio e amparo que a criança possa precisar da parte dos pais nessa altura. <br><br />
É fundamental '''evitar utilizar os filhos como argumento de discórdia''', garantindo-lhes que a decisão nada tem a ver com eles mas simplesmente com os pais e a relação entre ambos.<br />
<br><br><br />
====A partir de que idade se deve explicar a uma criança que os pais se vão separar?====<br />
----<br />
De uma forma geral, a partir dos 2 anos a criança já adquiriu capacidade de compreender a linguagem verbal e, por isso, deve haver uma explicação ajustada à sua idade. Importa explicar que os pais já não vão viver na mesma casa, deixando claro que a criança não tem qualquer culpa em relação ao que está a acontecer. O que difere é a forma de transmitir a mensagem, que deve ser adequada à faixa etária: <br />
* '''Crianças até aos 2 anos'''<br />
: Nesta fase existe um vínculo marcado entre o bebé e a mãe, sendo possível que o bebé sinta alguma tensão devido ao período conturbado vivenciado por ela, mas ainda não tem capacidade de compreender o que está a acontecer. Durante o processo de separação é importante manter a consistência e a rotina. A proximidade física também é importante para transmitir ao bebé um ambiente de tranquilidade e segurança. Assim, reforce a oferta de colo e aconchego, transmitindo calma nesses momentos. <br />
* '''Crianças dos 3 aos 7 anos'''<br />
: Nestas idades as crianças podem sentir-se culpadas pela separação dos pais. É fundamental conversar com elas, dar espaço às suas perguntas e responder-lhes de forma objetiva e sem mentiras, assegurando-lhe sempre que ela não tem qualquer culpa no que está a acontecer. Há crianças que sentem a saída de um dos pais como um abandono ou rejeição. É importante envolvê-las no processo, por exemplo, levando-as para conhecer a nova casa do progenitor ou pedindo ajuda na escolha de móveis. É comum nesta fase registar-se algum retrocesso no comportamento da criança, por exemplo voltar a fazer xixi na cama, ter dificuldade a dormir sozinha ou fazer mais birras. A ajuda profissional pode ajudar a ultrapassar estes acontecimentos.<br />
* '''Crianças dos 7 aos 10 anos'''<br />
: Nestas idades, as crianças têm já interesses fora do ambiente familiar, como a escola, os amigos e atividades extracurriculares. Incentive-a a participar em outros eventos, promovendo a sua autonomia. É comum as crianças “culparem” um dos pais pela separação e terem comportamento agressivo/explosivo. Deixem que a criança fale sobre os seus sentimentos, garantindo que nenhum dos pais a vai abandonar. <br />
* '''A partir dos 10 anos'''<br />
: A pré-adolescência e a adolescência são períodos de transformação, mudanças físicas e emocionais, caracterizadas por oscilações de humor. Deve haver espaço para conversar sobre a rutura, explicar os motivos e enfatizar que ambos os progenitores estarão sempre presentes.<br />
<br><br><br />
====A criança deve ser acompanhada por um psicólogo?====<br />
----<br />
Há vários estudos que mostram que as crianças conseguem lidar melhor com a separação dos pais, e com toda a mudança de vida que isso implica, quando têm um adulto com quem possam desabafar. Um psicólogo, pela distância e ausência de envolvimento emocional na situação, pode ser uma ajuda valiosa. Há casos em que, além de útil, a ajuda de um profissional é mesmo essencial. Quando as crianças estão expostas ao conflito entre os pais, podem ter dificuldade em lidar com a instabilidade familiar, demonstrando-o através de alguns sinais a que devem estar atentos: comportamentos desafiantes, birras intensas e recorrentes, alterações no comportamento alimentar e no sono, medo excessivo, conflitos com o grupo de pares ou queixas somáticas (por exemplo, dores de barriga), queda no rendimento escolar.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A separação e o divórcio não têm de ser sinónimo de destabilização severa para as crianças. A forma como os pais gerem o processo é fundamental para garantir o seu bem-estar físico, psicológico e cognitivo.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.espacopotencial.com/o-divorcio-e-as-criancas/ O divórcio e as crianças – dicas para lidar com a separação. Espaço Potencial - Psicologia e Psicoterapia]<br />
* [https://revistacrescer.globo.com/Familia/Novas-familias/noticia/2018/08/divorcio-sem-traumas-como-conversar-com-crianca-de-acordo-com-idade.html Divórcio sem traumas: como conversar com a criança, de acordo com a idade. Revista Crescer. 2018]<br />
* [https://marciagoncalvespsi.com/2017/07/31/as-criancas-e-o-divorcio/ Márcia Gonçalves. As crianças e o divórcio. 2014]<br />
* [https://media.rtp.pt/agoranos/agora-tania/como-explicar-o-divorcio-as-criancas Raquel Carvalho. Como explicar o divórcio às crianças. O nosso T2. 2016]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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<br />
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<br><br />
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<br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria: Saúde da criança]]<br />
[[Categoria: Saúde mental]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Sinovite_transit%C3%B3ria_da_anca
Sinovite transitória da anca
2021-11-21T23:50:08Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ema Santos, Catarina Ribeiro Costa, Vanessa Guerreiro, Raquel Gonçalves |Última atualização=2021/11/21 |Palavras-chave=Sinovite; Anca; Criança; Dor |Sig...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ema Santos, Catarina Ribeiro Costa, Vanessa Guerreiro, Raquel Gonçalves<br />
|Última atualização=2021/11/21<br />
|Palavras-chave=Sinovite; Anca; Criança; Dor<br />
|Sigla da Doença=L87<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A sinovite transitória da anca é uma causa comum de dor na anca nas crianças, de origem desconhecida.<br><br />
Caracteriza-se por uma inflamação da membrana que reveste a articulação da anca e apresenta uma evolução benigna e autolimitada, com resolução dos sintomas em cerca de 2 semanas. <br />
|}<br />
----<br />
=== Sinovite Transitória da Anca===<br />
----<br />
A '''sinovite transitória da anca''' é uma causa comum de dor na anca nas crianças, frequentemente entre os 3 e os 10 anos e tem uma frequência duas vezes superior nos rapazes. <br><br />
[[Ficheiro: Boy-fall.jpg|300px|right]]<br />
Caracteriza-se por uma''' inflamação da membrana sinovial''' que reveste a articulação da anca com acumulação de líquido no seu interior, o que conduz a um aumento da pressão e, consequentemente, a dor. <br><br />
A dor geralmente '''unilateral''' de '''início súbito ou gradual''' apresenta '''intensidade ligeira a moderada'''. Associa-se a limitação do movimento e da marcha (criança que continua a andar, mas “manca”). Algumas crianças podem referir dor na virilha, na região interior da coxa ou joelho e ainda, nas crianças mais pequenas, não apresentar qualquer outra queixa além de choro noturno ao movimentar o membro inferior. Habitualmente a criança apresenta um bom estado geral, sem febre e adquire uma posição confortável, em que não sente dor.<br />
<br><br><br />
====Quais as causas?====<br />
----<br />
A origem exata da sinovite transitória da anca não está estabelecida, mas verifica-se uma associação entre infeções víricas, frequentemente do trato respiratório superior (otite média aguda, amigdalite aguda ou bronquite), ou trauma nas semanas que precedem o episódio.<br />
<br><br><br />
====Como se diagnostica?====<br />
----<br />
A dor é típica e normalmente não são necessários mais exames. <br><br />
A recusa da marcha, a prostração e a febre são sintomas de gravidade e levantam a suspeita de outras causas que necessitam de diagnóstico diferencial.<br />
<br><br><br />
====A criança pode ficar com sequelas?====<br />
----<br />
A sinovite transitória da anca é uma '''patologia sem gravidade'''. Verifica-se uma diminuição espontânea dos sintomas em cerca de três dias e melhoria com resolução completa em duas semanas, sem consequências a longo prazo.<br />
<br><br><br />
====Qual é o tratamento?====<br />
----<br />
Neste período é importante encorajar a criança ao '''repouso''', permitindo que volte à sua atividade normal de acordo com a sua capacidade. <br><br />
Podem ainda utilizados '''anti-inflamatórios''' que aliviam a dor e reduzem a inflamação. Os antibióticos não são administrados uma vez que esta patologia não é causada por uma infeção bacteriana. <br />
<br><br><br />
====Sinais de alarme====<br />
----<br />
Os pais devem procurar observação médica, se a criança apresentar os seguintes sinais:<br />
* '''Febre''', sonolência, cansaço, recusa alimentar ou outra alteração do estado geral;<br />
* '''Inchaço''' ou vermelhidão na anca ou perna; <br />
* '''Agravamento/persistência da dor''', sem alívio com ibuprofeno ou paracetamol, ou, ainda, dor em repouso; <br />
* '''Ausência de melhoria''' dentro de três dias ou se não se verifica recuperação total em duas semanas. <br />
<br><br />
====Como prevenir?====<br />
----<br />
Uma vez que se desconhece a origem desta entidade, não existem medidas de prevenção. No entanto, a recorrência é infrequente, pelo que se existir reaparecimento dos sintomas a criança deve ser novamente observada.<br />
<br><br><br />
===Conclusão ===<br />
----<br />
Apesar da sinovite transitória ser a entidade mais comum de dor na anca em crianças, é fundamental a distinção e exclusão de patologias mais graves e potencialmente incapacitantes.<br />
<br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://posna.org/Physician-Education/Study-Guide/Transient-Synovitis-of-the-Hip Pediatric Orthopedic Society of North America: Transient Synovitis of the Hip]<br />
* [https://www.rch.org.au/kidsinfo/fact_sheets/Transient_synovitis/ The Royal Children's Hospital Melbourne: Transient Synovitis (irritable hip)]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/hip-pain-children-irritable-hip/ Hip pain in children (irritable hip): NHS choices]<br />
* [https://emedicine.medscape.com/article/1007186-overview Whitelaw CC, Jung LK et al. Transient Synovitis (2018) Medscape]<br />
<br />
<br><br><br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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<br />
<br />
<br><br />
<br />
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</div> <br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria: Doenças dos ossos e articulações]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Hord%C3%A9olo_e_Chal%C3%A1zio
Hordéolo e Chalázio
2021-11-17T23:11:58Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Patrícia Carvalho, Ana Raquel Santos<br />
|Última atualização=2021/11/17<br />
|Palavras-chave=Chalázio, Hordéolo, Pálpebra<br />
|Sigla da Doença=F72<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
'''Hordéolo''' e '''chalázio''' são pequenos nódulos da margem palpebral e são vulgarmente conhecidos por terçolho.<br><br />
O hordéolo é a apresentação aguda e manifesta-se através de dor, inchaço e vermelhão local. Pode progredir para chalázio, deixando de ter dor e vermelhão.<br><br />
Formam-se pela obstrução das glândulas palpebrais. A maioria resolve espontaneamente em dias ou semanas. Podem ser aplicadas compressas mornas através de massagem suave para facilitar a drenagem e acelerar a sua resolução. Em caso de persistência ou recorrência destas lesões, pode recorrer a um oftalmologista. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O que é um hordéolo / chalázio?===<br />
----<br />
São popularmente conhecidos como '''terçolhos'''. Correspondem a pequenos nódulos da margem palpebral, podendo aparecer tanto nas pálpebras superiores como nas inferiores.<br><br />
Ocorrem por obstrução de uma pequena glândula existente na margem das pálpebras, originando uma inflamação. Esta pode complicar com infeção. <br><br />
São classificados como '''externos''', se a obstrução ocorrer na glândula de Zeis (observa-se o crescimento do nódulo na parte externa da pálpebra) ou como '''internos''', se for atingida a glândula de Meibomius (crescimento da lesão na parte de dentro da pálpebra).<br />
<br><br><br />
====Como se distingue um hordéolo de um chalázio?====<br />
----<br />
O '''hordéolo''' distingue-se do '''chalázio''' por ser a apresentação mais aguda. Trata-se de uma lesão inflamatória/ infeciosa de uma glândula palpebral e manifesta-se através de dor, inchaço e tonalidade vermelha. <br><br />
O chalázio, por sua vez, é um nódulo não infecioso, que não apresenta dor nem outros sinais inflamatórios (como a cor vermelha) e tem uma resolução mais prolongada. <br><br />
O hordéolo pode evoluir para chalázio após a resolução da inflamação.<br />
<br><br><br />
====Quais são os fatores de risco para o seu desenvolvimento?====<br />
----<br />
As pessoas com doenças da pele que afetam as pálpebras (por exemplo, rosácea e dermatite seborreica) são propensos a episódios frequentes de '''hordéolo''' / '''chalázio'''. Também a maquilhagem dos olhos pode predispor ao aparecimento de hordéolo por obstrução e inflamação dos poros das glândulas. <br />
<br><br><br />
====Quais são os sinais e sintomas?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Imagem 1 Hordeolo.jpeg|right|200px]]<br />
O '''hordéolo / chalázio''' é diagnosticado através dos sintomas e do aspeto clínico típico, não sendo necessários exames complementares de diagnóstico. Manifestam-se através de um nódulo subcutâneo, bem definido e palpável na margem palpebral. <br><br />
O hordéolo apresenta dor e um tom vermelho, e pode conter uma pequena pústula (ponto amarelo de pus com aspeto semelhante a uma borbulha). <br><br />
O chalázio é indolor e apresenta a mesma tonalidade da pele não lesada. <br><br />
Além disto, o hordéolo / chalázio podem ser uma causa de olho vermelho, lacrimejo e inchaço da pálpebra.<br />
<br><br><br />
====Necessita de tratamento?====<br />
----<br />
A maioria dos '''hordéolos / chalázios''' resolve espontaneamente, ao fim de alguns dias ou semanas. <br><br />
Devem ser aplicadas compressas mornas e húmidas sobre a lesão, associadas a massagem suave, para facilitar a drenagem da glândula obstruída. Estas devem ser aplicadas durante 10 minutos, cerca de 2 a 4 vezes por dia. <br><br />
Também a higiene palpebral suave através de toalhitas próprias para o efeito auxilia a libertação das secreções. A maquilhagem dos olhos deve ser suspensa pois pode ser uma das causas de obstrução e inflamação da glândula. <br><br />
Não deve ser tentada a drenagem do conteúdo do nódulo (isto é, espremer o nódulo com as mãos para exteriorizar o conteúdo), pelo risco de desenvolvimento de complicações. <br><br />
Nos hordéolos em que as medidas anteriormente referidas não sejam suficientes, está recomendada a aplicação de uma pomada com corticoide e antibiótico durante 2 semanas. Os antibióticos não são indicados nos chalázios por não serem de causa infeciosa.<br />
<br><br><br />
====Podem surgir complicações?====<br />
----<br />
Algumas lesões persistem apesar da aplicação do tratamento acima referido durante 1 a 2 semanas. Outras surgem de forma recorrente. Em ambos os casos, é necessário recorrer a um oftalmologista para a remoção cirúrgica da lesão. <br><br />
A complicação mais grave, mas incomum, é a celulite. Trata-se de uma infeção da pele caracterizada por dor ocular unilateral, inchaço e vermelhidão da pálpebra e dos tecidos moles em redor. O tratamento consiste em antibiótico. <br />
<br><br><br />
====Como posso evitar?====<br />
----<br />
Pode lavar as mãos com frequência, sobretudo antes de tocar nos olhos. Se usar lentes de contato, é recomendado que as mantenha limpas e que lave as mãos antes de as colocar. O uso de maquilhagem pode ser evitado ou, em caso de uso, a sua remoção diária é aconselhada.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O '''hordéolo / chalázio''', vulgarmente conhecido por terçolho, é um nódulo da margem palpebral, benigno, que habitualmente desaparece espontaneamente ou com a aplicação de compressas mornas e húmidas e massagem local.<br />
<br><br><br />
===Referências Recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.apmgf.pt/ficheiros/GuiaPraticoSaude.pdf Guia Prático de Saúde. Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria (semFYC) – tradução da APMGF]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-das-p%C3%A1lpebras-e-das-gl%C3%A2ndulas-lacrimais/cal%C3%A1zio-e-ter%C3%A7ol-hord%C3%A9olo Garrity J. Chalázio e Terçol (hordéolo). Manual MSD - versão saúde para a família. Última revisão: julho 2020]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/sty/symptoms-causes/syc-20378017 Sty. Mayo Clinic. 2021]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/stye/ Stye. NHS. 2021]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Patrícia_Carvalho|Patrícia Carvalho]] &bull; [[Utilizador:Ana_Raquel_Santos|Ana Raquel Santos]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Visão]]<br />
[[Categoria: Infeções bacterianas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Doen%C3%A7a_inflamat%C3%B3ria_p%C3%A9lvica
Doença inflamatória pélvica
2021-11-10T14:55:42Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Bárbara Alexandre, Gustavo Costa |Última atualização=2021/11/10 |Palavras-chave=Doença inflamatória pélvica; Doenças sexualmente transmissível; órg...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Bárbara Alexandre, Gustavo Costa<br />
|Última atualização=2021/11/10<br />
|Palavras-chave=Doença inflamatória pélvica; Doenças sexualmente transmissível; órgãos reprodutores femininos.<br />
|Sigla da Doença=X74<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A doença inflamatória pélvica é uma infecção bacteriana dos órgãos reprodutores femininos, nomeadamente, das trompas de Falópio, dos ovários e do útero. <br><br />
Na maioria dos casos é consequência de uma infecção sexualmente transmissível e é causada pela entrada de bactérias nestes órgãos reprodutores. <br><br />
Geralmente causa dor na região inferior do abdómen acompanhada de alteração das características da secreção vaginal, podendo estar associada, numa fase mais tardia, a infertilidade e a dor pélvica crónica. <br><br />
O tratamento é feito com antibióticos, por vezes em ambiente hospitalar, e, em alguns casos com necessidade de internamento. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Doença Inflamatória Pélvica===<br />
----<br />
A '''doença inflamatória pélvica''' é uma infecção bacteriana do aparelho genital superior da mulher, nomeadamente, das trompas de falópio, dos ovários e do útero, podendo, por vezes, afetar outros órgãos pélvicos adjacentes. <br><br />
É causada pela ascensão de bactérias pela via vaginal, estando associada em 85% das vezes a patógenos sexualmente transmissíveis (como a [[Infeção por Clamídia|''Chlamydia trachomatis'']] e a [[Gonorreia|''Neisseria gonorrhoeae'']]). Pode ser também causado por microrganismos associados a [[Vaginose bacteriana|vaginoses bacterianas]] (como a ''Gardnerella vaginalis'', ''Mycoplasma hominis'' e ''Ureaplasma urealyticum'') e, numa minoria dos casos, a outros microrganismos. <br><br />
<br><br />
====Quais são os sintomas?====<br />
----<br />
O sintoma mais comum é a '''dor''' na região inferior do abdómen. A intensidade varia desde ligeira até muito intensa e pode agravar durante as relações sexuais. Outros sintomas incluem '''alteração do corrimento''' e o '''sangramento vaginal'''. <br><br />
Estes sintomas ocorrem frequentemente durante alguns dias, podendo em situações mais raras desenvolverem-se durante semanas. <br><br />
Raramente, pode ser assintomática.<br />
Pode ser necessária a colheita de uma amostra do corrimento vaginal para pesquisa de microrganismos implicados, de forma a auxiliar o diagnóstico e tratamento.<br />
<br><br><br />
====Quais são os principais fatores de risco?====<br />
----<br />
O principal fator de risco é ser '''sexualmente ativo''', dado que as bactérias causadoras da doença inflamatória pélvica são assim transmitidas, sobretudo quando já houve um episódio prévio de uma doença de transmissão sexual ou mesmo de doença inflamatória pélvica.<br><br />
Este risco aumenta significativamente quando há múltiplos parceiros sexuais, relações desprotegidas (sem preservativo), ou um parceiro portador de uma doença sexualmente transmissível. <br><br><br />
====Como se previne?====<br />
----<br />
A prevenção deriva das situações que justificam o risco de vir a apresentar a doença:<br />
* Utilizar o '''preservativo''' em todas as relações sexuais;<br />
* Limitar o '''número de parceiros sexuais''';<br />
* '''Rastrear e tratar''' as infeções sexualmente transmissíveis.<br />
<br><br />
====Quais são as complicações?====<br />
----<br />
A principal e a mais preocupante complicação da doença inflamatória pélvica é a '''infertilidade''' que deriva das cicatrizes e aderências dos tecidos provocada pela infeção.<br><br />
Outras complicações incluem a '''sépsis''' e os '''abcessos''' locais. A longo prazo, podem aparecer a '''dor pélvica crónica''', as '''irregularidades menstruais''' e o risco aumentado de '''gravidez ectópica''' (desenvolvimento do feto num local anormal do sistema reprodutor).<br />
<br><br><br />
====Como se trata?====<br />
----<br />
O tratamento é feito com '''antibióticos''', por vezes em regime de internamento num hospital.<br><br />
Pode ser necessário '''avaliar os parceiros''' e orientar também para tratamento se for necessário. <br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A doença inflamatória pélvica é frequentemente associada a infecção por bactérias transmitidas sexualmente. Pode ter consequências a longo prazo na saúde reprodutora da mulher. A sua prevenção passa por adoptar comportamentos sexuais seguros.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.cdc.gov/std/pid/stdfact-pid.htm CDC.gov. 2021. Pelvic Inflammatory Disease - CDC Fact Sheet]<br />
* [https://gedeonrichter.pt/wp-content/uploads/2017/07/Miniatlas-DIP.pdf Lepori, LR. Miniatlas Doença Inflamatória Pélvica. 2013. © 2013 Letbar Asociados S.A.]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/infec%C3%A7%C3%B5es-vaginais-e-doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p%C3%A9lvica/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p%C3%A9lvica-dip Manual MSD Versão Saúde para a Família. 2021. Doença inflamatória pélvica (DIP) - Problemas de saúde feminina - Manual MSD Versão Saúde para a Família]<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Bárbara_Alexandre|Bárbara Alexandre]] &bull; [[Utilizador:Gustavo_Costa|Gustavo Costa]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Higiene]]<br />
[[Categoria:Infeções sexualmente transmissíveis]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]<br />
[[Categoria:Sexualidade e afectos]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Presbiacusia
Presbiacusia
2021-11-08T11:27:46Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Rodrigo Loureiro, Daniela Azevedo |Última atualização=2021/11/08 |Palavras-chave=Ouvido, presbiacusia, prótese auditiva, otorrinolaringologia, hipoacusia...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Rodrigo Loureiro, Daniela Azevedo<br />
|Última atualização=2021/11/08<br />
|Palavras-chave=Ouvido, presbiacusia, prótese auditiva, otorrinolaringologia, hipoacusia<br />
|Sigla da Doença=H84<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
'''Presbiacusia''' é a perda auditiva relacionada com o envelhecimento natural de uma pessoa. Este tipo de perda auditiva ocorre quando os nervos do ouvido que registam sons e enviam sinais para o cérebro estão danificados. A presbiacusia desenvolve-se lentamente ao longo do tempo e poderá não notar uma mudança súbita. Deve procurar um médico se perceber que está com uma perda de audição súbita ou que esteja a comprometer o seu dia-a-dia. A observação médica e eventuais exames adicionais são fundamentais para o seu diagnóstico.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Presbiacusia: o envelhecimento do ouvido===<br />
----<br />
'''Presbiacusia''' é a perda auditiva relacionada com o envelhecimento natural de uma pessoa. Este problema afeta mais de metade de todas as pessoas com 75 ou mais anos. Geralmente evolui de '''forma gradual''', podendo afetar um ou os dois ouvidos, inicialmente '''mais nos sons agudos''' (como o chilrear de um pássaro ou o toque de um telefone). Esta perda de audição é frequentemente acompanhada de zumbidos.<br />
<br><br><br />
====O que causa a perda de audição?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Anatomy_of_the_Human_Ear_pt.png|right|300px]]<br />
Existem três tipos de perda auditiva:<br />
* '''Perda auditiva neurossensorial''': ocorre quando os nervos do ouvido que registam sons e enviam sinais para o cérebro estão danificados. A presbiacusia é um tipo de perda auditiva neurossensorial.<br />
* '''Perda auditiva de condução''': quando os sons não chegam ao ouvido interno devido a problemas no ouvido médio ou externo. Por exemplo, pode ocorrer perda auditiva de condução quando existe um “rolhão” de cera a obstruir o canal auditivo, ou quando existe líquido dentro do ouvido.<br />
* '''Perda auditiva mista''': quando ambos os componentes estão presentes ao mesmo tempo.<br />
<br><br />
====Quando procurar um médico?====<br />
----<br />
A '''presbiacusia''' desenvolve-se normalmente de forma lenta ao longo do tempo. Em contraste, caso note uma perda de audição súbita deverá procurar ajuda médica o mais breve possível, de forma a despistar outros problemas, como uma possível infeção, acumulação de cera, ou outro tipo de patologias.<br />
<br><br><br />
====Há necessidade de fazer testes/exames?====<br />
----<br />
Na consulta, o seu médico irá observar o ouvido através de um instrumento chamado "otoscópio". Dessa forma, ele poderá averiguar possíveis alterações, como por exemplo, sinais de inflamação, lesões ou acumulações de cera. Poderá também fazer uns testes sonoros com o chamado “diapasão”. Se indicado, poderá pedir alguns exames, de forma a complementar a sua avaliação, como um audiograma ou um timpanograma. Estes exames irão dar pistas sobre o tipo e o grau de perda auditiva.<br />
<br><br><br />
====Como se trata a perda auditiva?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: hearing_aid.jpg|300px|right]]<br />
Nos casos de '''presbiacusia''', o uso de aparelhos auditivos poderá ajudar a melhorar a capacidade auditiva da pessoa. Mas, em outras situações patológicas, podem ser necessários outros tipos de intervenções.<br><br />
Há ainda muito preconceito no uso de aparelhos auditivos, que, no entanto, devem ser encarados como um tratamento, tal como os óculos nos problemas da visão. Nos últimos anos, os aparelhos auditivos evoluíram de tal forma que a sua utilização passa despercebida. A adaptação aos aparelhos também está mais fácil, dado a produção de moldes personalizados a cada pessoa.<br />
<br><br><br />
====A perda auditiva pode ser evitada?====<br />
----<br />
Algumas formas de perda auditiva '''podem ser evitadas''':<br />
* Evitar a exposição a ambientes com níveis de ruído elevados,<br />
* Utilizar proteções auditivas, como os tampões acústicos ou os auscultadores de cancelamento de ruído.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A perda auditiva relacionada com o envelhecimento é um problema comum e existem opções terapêuticas para minimizar o seu impacto no seu dia-a-dia.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.apmgf.pt/ficheiros/GuiaPraticoSaude.pdf Guia Prático de Saúde. Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria (semFYC) – tradução da APMGF]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/hearing-loss/symptoms-causes/syc-20373072 Hearing loss. Mayo Clinic. 2021]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/hearing-loss/ Hearing loss. NHS – Health A to Z. 2018]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador: Rodrigo_Loureiro|Rodrigo Loureiro]] &bull; [[Utilizador:Daniela_Azevedo|Daniela Azevedo]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Audição]]<br />
[[Categoria:Geriatria]]<br />
[[Categoria:Doenças neurológicas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Cera_nos_ouvidos
Cera nos ouvidos
2021-11-08T11:24:25Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Rodrigo Loureiro, Daniela Azevedo<br />
|Última atualização=2021/11/08<br />
|Palavras-chave=Ouvido, cera, cerúmen, otorrinolaringologia, hipoacusia<br />
|Sigla da Doença=H81<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''acumulação de cera''' no ouvido pode acontecer por diferentes razões. Dificuldade em ouvir, ouvir um zumbido, ter uma sensação de “ouvido tapado” são alguns dos sintomas desta acumulação. Geralmente, o interior dos ouvidos não necessita de ser limpo. Para reduzir a probabilidade de traumatismo do tímpano, não se deve utilizar cotonetes ou introduzir outros objetos ou produtos no ouvido.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Cera nos ouvidos===<br />
----<br />
O termo médico para a cera de ouvido é '''"cerúmen"'''. A cera ajuda a proteger a parte interna do ouvido contra lesões ou infeções. Mas o seu excesso pode causar comichão, dor e problemas auditivos. Dá-se o nome de “rolhão” quando a cera produzida pelo ouvido se acumula o suficiente para obstruir o canal auditivo e causar sintomas. As crianças e os adultos mais velhos têm maior probabilidade de ter estes “rolhões”.<br />
<br><br><br />
====O que causa a acumulação de cera?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Anatomy_of_the_Human_Ear_pt.png|right|300px]]<br />
Existem várias causas da formação destes “rolhões” de cera no ouvido:<br />
* '''Doenças''': Alguns problemas de saúde podem afetar o formato da parte interna do ouvido e dificultar a remoção da cera. Por exemplo, problemas de pele que fazem com que as células da pele descamem mais que o habitual, podem levar à acumulação de cera nos ouvidos.<br />
* '''Canal auditivo estreito''': Os canais auditivos de algumas pessoas são mais estreitos do que os de outras, com maior probabilidade de ter impactação de cera no seu ouvido. Esta alteração pode ser constitucional ou provocada por lesões ou infeções do ouvido.<br />
* '''Alterações na cera e no revestimento do ouvido devido ao envelhecimento''': À medida que as pessoas envelhecem, a cera fica mais dura e espessa, dificultando a sua drenagem.<br />
* '''Maus hábitos de limpeza dos ouvidos''': O uso indevido de cotonetes ou de outros objetos ou produtos pode empurrar a cera para dentro do ouvido, em vez de retirá-la. Com o tempo, isso pode causar acumulação de cera, acabando por obstruir o canal.<br />
* '''Produção excessiva de cera''': Algumas pessoas simplesmente produzem mais cera do que outras. Isso pode acontecer quando há retenção de água ou quando há um traumatismo do ouvido.<br />
<br><br />
====Quais são os sintomas de ouvido obstruído por cera?====<br />
----<br />
Pode apresentar '''dificuldade em ouvir''', ouvir um '''zumbido''' ou ter uma sensação de '''“ouvido tapado”'''. Esses sintomas podem ocorrer em um ou ambos os ouvidos.<br />
<br><br><br />
====Será que deve fazer lavagem do ouvido? ====<br />
----<br />
Geralmente, '''o interior dos ouvidos não necessita de ser limpo'''. O ato de limpar os ouvidos, sobretudo com a utilização de cotonetes, pode aumentar o risco de formação de “rolhões” de cera. <br />
<br><br><br />
====Como se trata a obstrução do ouvido pela cera?====<br />
----<br />
Existem vários tratamentos para remover a cera do ouvido impactada:<br />
* '''Gotas''' para os ouvidos: Ajudam a amolecer a cera do ouvido e a sua drenagem. Este tipo de tratamento não é seguro quando existe infeção ou rutura do tímpano.<br />
* '''Lavagem''': Em alguns casos, um médico ou enfermeiro pode remover a cera do ouvido por lavagem com um líquido adequado.<br />
* '''Instrumentação''': um médico ou enfermeiro pode usar pequenos estiletes, ganchos, colheres ou aspiradores para auxiliar na remoção da cera do ouvido.<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A acumulação de cera nos ouvidos é comum. Evite usar cotonetes para a limpeza do ouvido. Quando obstruído, consulte um profissional de saúde que poderá ajudar sem correr riscos.<br />
<br><br><br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.apmgf.pt/ficheiros/GuiaPraticoSaude.pdf Guia Prático de Saúde. Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria (semFYC) – tradução da APMGF]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/earwax-blockage/symptoms-causes/syc-20353004 Earwax. Mayo clinic. 2021]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/earwax-build-up/ Earwax build-up. NHS. 2021]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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! style="background: #efefef;"|[[file:PRINT_METIS.jpg|30px|link=http://metis.med.up.pt/index.php?title=Especial:Exportar_em_PDF&page=Cera_nos_ouvidos|alt=Alt text|Imprimir como pdf]]<br />
|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador: Rodrigo_Loureiro|Rodrigo Loureiro]] &bull; [[Utilizador:Daniela_Azevedo|Daniela Azevedo]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças dos ouvidos, nariz e garganta (ORL)]]<br />
[[Categoria: Audição]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Perfura%C3%A7%C3%A3o_timp%C3%A2nica
Perfuração timpânica
2021-11-08T11:20:26Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Rodrigo Loureiro, Daniela Azevedo<br />
|Última atualização=2021/11/08<br />
|Palavras-chave=Ouvido, presbiacusia, prótese auditiva, otorrinolaringologia, hipoacusia<br />
|Sigla da Doença=H77<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''rutura do tímpano''' pode ocorrer no seguimento de infeções, mudanças de pressão ou traumatismo físico ou químico. Dor na região do ouvido, perda de líquido claro, pús ou sangue pelo ouvido, zumbido, ou até perda de audição, são alguns dos sintomas possíveis desta lesão. A observação médica e eventuais exames adicionais são fundamentais para o seu diagnóstico. O tratamento varia consoante a origem e a extensão da lesão. Para reduzir a probabilidade de traumatismo do tímpano, não se deve utilizar cotonetes ou introduzir outros objetos ou produtos no ouvido. Evitar a exposição a ambientes com níveis de ruído elevado pode minimizar o risco de ocorrerem estas lesões.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Perfuração timpânica===<br />
----<br />
O '''tímpano''' é uma fina camada de tecido entre o canal auditivo e o ouvido médio. É responsável pela transformação das ondas sonoras em ondas vibratórias que serão posteriormente transmitidas ao restante ouvido para serem interpretadas pelo cérebro. Se o tímpano tiver um rasgo, esta transformação e transmissão do sinal sonoro não é realizada adequadamente.<br />
<br><br><br />
====Quais as causas mais comuns de rutura do tímpano?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Anatomy_of_the_Human_Ear_pt.png|right|300px]]<br />
Há várias causas que podem levar à perfuração do tímpano:<br />
* '''Infeções do ouvido''': Pode fazer com que o fluido se acumule e pressione o tímpano.<br />
* '''Mudanças extremas de pressão''': Pode acontecer durante um episódio de mergulho ou na mudança de altitude, através do chamado "barotrauma".<br />
* '''Agressão física ou química do tímpano''': O tímpano pode ser puncionado por objetos inseridos no ouvido, como um cotonete, ou por objetos ou líquidos que entrem acidentalmente no ouvido.<br />
* '''Trauma acústico''': o excesso de ruído pode também provocar um traumatismo que leve à rutura do tímpano.<br />
<br><br />
====Quais são os sintomas de um tímpano rompido?====<br />
----<br />
Uma rotura do tímpano pode manifestar-se por '''dor''' na região do ouvido, '''perda de líquido''' claro, pús ou sangue pelo ouvido, '''zumbido''', ou até '''perda de audição'''.<br />
<br><br />
Deve procurar o seu médico se sentir sinais ou sintomas de um tímpano rompido. Os ouvidos médio e interno são compostos de estruturas delicadas que são sensíveis a lesões ou doenças. É importante tentar descobrir a causa dos sintomas do ouvido e determinar se ocorreu uma rotura do tímpano e porquê.<br />
<br><br><br />
====Como é que se trata uma rutura de um tímpano?====<br />
----<br />
Na maioria das vezes, uma rutura do tímpano resolve por si só, em horas ou dias. No entanto, há que tratar a causa que a originou. Por exemplo, se a rutura resultou de uma infeção ou agressão direta, poderá necessitar de antibiótico. Alguns casos poderão necessitar de intervenção cirúrgica para corrigir o orifício de rutura.<br />
<br><br><br />
====A rutura do tímpano pode ser evitada?====<br />
----<br />
Para reduzir a probabilidade de traumatismo do tímpano, '''não deverá utilizar cotonetes ou introduzir no ouvido outros objetos ou outros produtos'''. Por outro lado, deverá minimizar a sua exposição a ambientes com níveis de ruído elevado.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A rutura do tímpano é uma lesão que pode ser tratada e prevenida com o aconselhamento médico certo.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.apmgf.pt/ficheiros/GuiaPraticoSaude.pdf Guia Prático de Saúde. Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria (semFYC) – tradução da APMGF]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/doen%C3%A7as-do-ouvido-m%C3%A9dio/perfura%C3%A7%C3%A3o-do-t%C3%ADmpano Perfuração do tímpano. Manual MSD. 2020]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/ruptured-eardrum/symptoms-causes/syc-20351879 Ruptured eardrum (perforated eardrum). Mayo clinic.2019]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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</div> <br />
<br><br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Audição]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Notalgia_parest%C3%A9sica
Notalgia parestésica
2021-11-07T19:01:57Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Bárbara Vaz, Anita Oliveira Marques, Diana Lima Martins<br />
|Última atualização=2021/11/07<br />
|Palavras-chave=Prurido, Dor dorsal, Hiperpigmentação, Notalgia Parestésica<br />
|Sigla da Doença=S99<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
Apesar de pouco conhecida, a '''notalgia parestésica''' é uma doença relativamente comum, mas que parece estar subdiagnosticada. Carateriza-se por comichão e escurecimento da pele no dorso, habitualmente no lado contrário ao da mão dominante. A sensação de comichão é causada pela irritação dos nervos sensitivos e é o ato crónico de coçar que leva ao aparecimento de uma mancha escura. Existem vários tratamentos disponíveis, contudo podem resultar numa melhoria clínica apenas temporária. Compreender o mecanismo da doença pode ser o suficiente para ajudar nos casos em que os sintomas são ligeiros ou descontinuados no tempo. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Notalgia parestésica - uma causa pouco conhecida de comichão ===<br />
----<br />
A '''notalgia parestésica''' é uma doença crónica caraterizada por comichão (prurido) no dorso, habitualmente perto da omoplata. Apesar de ser uma doença relativamente comum, parece estar subdiagnosticada. Afeta principalmente pessoas mais velhas e é duas vezes mais comum em mulheres, podendo persistir durante meses a anos. <br />
<br><br><br />
====Causas====<br />
----<br />
A comichão na '''notalgia parestésica''' resulta da irritação dos nervos sensitivos e tem tendência a agravar com o calor e a presença de suor. A irritação prolongada gerada pela fricção associada ao ato de coçar provoca dano das células da pele, do qual resulta o escurecimento cutâneo. <br />
<br><br><br />
====Sintomas====<br />
----<br />
[[Ficheiro: NP51.jpg|200px|right]]<br />
A '''notalgia parestésica''' caracteriza-se por '''comichão''', habitualmente na região da omoplata, e, frequentemente, uma '''mancha escura na pele''' (hiperpigmentação) no lado contrário à mão dominante. Por vezes coexistem queixas de dor e de alteração da sensibilidade, como sensação de formigueiro, calor ou frio. Na maioria dos casos, os sintomas ocorrem apenas num dos lados do dorso. Pode tornar-se difícil controlar a vontade de coçar a região, mesmo durante o sono ou em momentos de distração. <br />
<br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
Os tratamentos disponíveis para alívio dos sintomas da '''notalgia parestésica''' têm, na sua maioria, benefício temporário. É importante realçar que os medicamentos habitualmente prescritos para diminuir a comichão, como anti-histamínicos e corticosteróides, não atuam nesta doença. <br><br />
Entre os vários tratamentos farmacológicos, pode destacar-se a capsaicina tópica (composto encontrado no extrato do chilli), disponível em creme, loção ou adesivo. Proporciona um alívio imediato da comichão, mas com duração variável (3 dias a 2 meses) e os sintomas tendem a reaparecer com a descontinuação do tratamento. Como efeitos adversos, de destacar o aparecimento de vermelhidão e sensação de ardor na área de aplicação. <br><br />
Os fármacos com melhores resultados são de prescrição médica obrigatória e funcionam através do seu papel na inibição da cadeia da dor provocada por afetação dos nervos sensitivos (dor neuropática). No entanto, estão associados a alguns efeitos adversos, como desconforto ligeiro no estômago, sonolência e cansaço. Embora sejam pouco utilizados, podem também ser aplicados anestésicos tópicos que proporcionam alívio temporário. <br><br />
A fisioterapia usa exercícios de fortalecimento e de alongamento dos músculos torácicos, e permite uma diminuição da irritação dos nervos que provocam a comichão. Técnicas de acupunctura ou de neuroestimulação elétrica transcutânea (corrente elétrica que estimula os músculos e nervos) podem também ter alguma eficácia. Em casos selecionados, pode ser realizada uma cirurgia para descomprimir o nervo afetado.<br />
<br><br><br />
====Evolução ====<br />
----<br />
Independentemente do tratamento escolhido, habitualmente a '''notalgia parestésica''' não resolve na sua totalidade, embora os sintomas possam ser controlados e a remissão completa seja uma possibilidade a longo prazo. <br><br />
Como complicações possíveis, de destacar a infeção secundária da pele ou outras doenças cutâneas que resultam da inflamação crónica da pele devido ao ato repetido de coçar. <br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''notalgia parestésica''' é uma doença crónica benigna associada a comichão e escurecimento localizado da pele, devido ao ato crónico de coçar. A compreensão destes factos pode ajudar a quebrar o ciclo de lesão e pode ser o suficiente para que pessoas com queixas ligeiras ou descontinuadas não necessitem de tratamento adicional. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/315/289 Revista da SPDV 72(4) 2014; Susana Brás, Cristina Amaro, Jorge Cardoso; Prurido crónico.]<br />
* [http://www.pcds.org.uk/clinical-guidance/pruritus-without-a-rash Primary Care Dermatology Society. Pruritus (without a rash). 2020]<br />
* [https://dermnetnz.org/topics/notalgia-paraesthetica/ DermNet NZ. Notalgia paraesthetica. 2016]<br />
<br><br><br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Doenças neurológicas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Espasmo_do_choro
Espasmo do choro
2021-10-25T21:05:09Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Lara Cabral, Joana Sousa, Carolina Nobre<br />
|Última atualização=2021/10/25<br />
|Palavras-chave=espasmo; choro; criança<br />
|Sigla da Doença=N99<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
---- <br />
O '''espasmo do choro''' ocorre quando, após um estímulo negativo, a criança começa a chorar e sustém a respiração involuntariamente, com consequente alteração da coloração da pele e do tónus muscular, podendo ocorrer perda transitória da consciência. Os episódios são habitualmente breves e resolvem-se espontaneamente sem qualquer intervenção. <br><br />
Apesar destes episódios serem assustadores de observar, trata-se de uma condição benigna e comum na infância, que desaparece com o crescimento da criança e que geralmente não afetam o seu normal desenvolvimento. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Espasmo do choro===<br />
----<br />
O '''espasmo do choro''' é um episódio transitório, durante o qual a criança parece suster a respiração, podendo chegar a perder momentaneamente a consciência. Ocorre quando a criança chora na sequência de determinados desencadeantes como dor ou medo. <br><br />
O espasmo do choro não é intencional e resulta de um reflexo involuntário. <br><br />
Trata-se de uma '''condição benigna''', que ocorre em aproxidamente 5% das crianças saudáveis entre os 6 meses e os 6 anos de idade e cujo início ocorre normalmente entre os 6 e os 18 meses. Tende a resolver espontaneamente com o tempo, sendo raro em crianças acima dos 8 anos de idade. <br><br />
Cerca de um terço das crianças com espasmo do choro têm história familiar de episódios semelhantes. <br />
<br><br><br />
====Como são os episódios de espasmo do choro? ====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Crying-g1a21faf1a 1920.jpg|300px|right]]<br />
Os '''espasmos do choro''' surgem normalmente na sequência de fatores desencadeadores como a dor, o medo, a raiva ou a frustração, em que a criança chora e, durante o choro, sustém a respiração até ao ponto de poder perder a consciência. A criança geralmente desperta em menos de um minuto, recupera a respiração normal e não está desorientada ou sonolenta.<br><br />
A sua frequência varia de múltiplos episódios por dia a um por ano. <br />
<br><br><br />
Estão descritos dois tipos de espasmos do choro: <br />
* '''Espasmo do choro cianótico''', em que ao suster a respiração, a criança pode ficar cianótica (pele azulada), rígida e apresentar contrações musculares antes de perder a consciência. É o tipo mais comum e resulta de uma alteração no padrão respiratório habitual da criança.<br />
* '''Espasmo do choro pálido''', causado por uma diminuição da frequência cardíaca da criança, normalmente em resposta a um estímulo doloroso. A criança abre a boca como se fosse começar a chorar, mas não emite qualquer som e pode desmaiar ficando muito pálida. <br />
<br><br />
Por vezes há episódios com características de ambos os tipos, sendo designados episódios mistos. <br />
Em situações raras uma convulsão pode ser testemunhada imediatamente após a criança perder a consciência. <br />
<br><br><br />
====O que fazer durante um episódio de espasmo do choro?====<br />
----<br />
Apesar de estes episódios serem assustadores de observar '''é fundamental manter a calma'''. <br><br />
Num episódio de espasmo do choro, recomenda-se:<br />
* Deitar a criança de lado, num local seguro onde não se magoe;<br />
* Verificar a boca da criança para garantir que não se está a engasgar com um objecto ou comida; <br />
* Não colocar nada na boca da criança; <br />
* Não abanar a criança;<br />
* Controlar o tempo. <br />
<br><br />
As crianças que estão a ter um episódio de espasmo de choro quase sempre reiniciarão a respiração normal em 60 segundos. <br />
<br><br />
Contacte a linha nacional de emergência (112) se não houver um fator desencadeador antes da criança cair inanimada, ou se houver dificuldade em acordar. Se a criança não voltar a respirar normalmente nos primeiros 60 a 90 segundos, devem ser iniciadas manobras de suporte básico de vida com respiração boca a boca.<br><br><br />
Passado o episódio, deve lidar com a criança como faria normalmente e, caso o espasmo do choro tenha ocorrido após uma reprimenda, deve evitar ceder ao comportamento da criança. Estas crianças não têm problemas comportamentais, mas estes podem surgir se a família começar a alterar o padrão de disciplina. <br />
<br><br><br />
====É preciso fazer exames?====<br />
----<br />
Não há nenhum exame diagnóstico específico para o espasmo do choro. Apesar da sua apresentação clínica típica, é importante o diagnóstico diferencial com outras doenças, nomeadamente a epilepsia. Alguns estudos sugerem uma associação entre anemia por deficiência de ferro e espasmo do choro, pelo que pode ser adequado fazer análises para o seu despiste. <br />
<br><br><br />
====A criança pode ficar com sequelas? ====<br />
----<br />
Tipicamente, os espasmos do choro são uma condição benigna, que não deixa sequelas e não afecta o normal desenvolvimento da criança. <br />
<br><br><br />
===Conclusão ===<br />
----<br />
Os '''espasmos do choro''', embora aflitivos para os pais, são acontecimentos benignos, autolimitados e que tendem a resolver-se com o tempo. Desaparecem espontaneamente por volta dos 6 anos de idade. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://repositorio.chporto.pt/bitstream/10400.16/671/1/v19n1artRev.pdf Melo S, Chorão R. Espasmos de Choro:Problema de Comportamento? Rev Nascer e Crescer.2010]<br />
* [https://www.mottchildren.org/health-library/hw31827 Breath-Holding Spells. Healthwise Staff. University of Michigan Health. 2020]<br />
* [https://www.revistasauda.pt/noticias/Pages/Espasmos-de-choro.aspx Espasmos de choro. Revista Saúda. 2020]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<br />
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<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Doenças neurológicas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Les%C3%A3o_dos_meniscos_do_joelho
Lesão dos meniscos do joelho
2021-10-25T12:09:22Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Pedro Alexandre Vieira, Paulo Jorge Barros, Tânia Caseiro, João Arcanjo |Última atualização=2021/10/25 |Palavras-chave=Lesões do menisco tibial; Lesõe...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Pedro Alexandre Vieira, Paulo Jorge Barros, Tânia Caseiro, João Arcanjo<br />
|Última atualização=2021/10/25<br />
|Palavras-chave=Lesões do menisco tibial; Lesões do Joelho; Menisco; Joelho; Articulação do Joelho<br />
|Sigla da Doença=L96<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O menisco é uma estrutura fibrocartilagínea do joelho que amortece e estabiliza a articulação, protegendo os ossos do desgaste. Contudo, pode ser alvo de lesão, com rotura do mesmo, causando dor e dificultando a mobilidade do joelho. Pode também haver bloqueio do movimento do joelho, se existir um fragmento de menisco solto na articulação.<br><br />
A lesão meniscal pode ser traumática (após entorse do joelho) ou degenerativa. Em ambos os casos o tratamento inicial passa por controlo dos sintomas, com repouso, medicação anti-inflamatória e gelo. Caso não haja melhoria destes sintomas, pode ser necessário tratamento cirúrgico para reparação do menisco.<br />
|}<br />
<br><br><br />
=== Lesão dos meniscos do joelho===<br />
----<br />
[[Ficheiro:Joelho(menisco).jpg|right|300px]]<br />
O '''menisco''' é uma estrutura fibrocartilagínea do joelho que amortece e estabiliza a articulação, protegendo os ossos do desgaste.<br><br />
Pode ser alvo de lesão, com consequente dor e limitação da mobilidade do joelho. <br><br />
Existem dois tipos de roturas do menisco:<br />
* '''Traumáticas''': Após entorse do joelho, nomeadamente quando um indivíduo muda de direção subitamente enquanto corre, ocorrendo por vezes em simultâneo com outras lesões do joelho, como a rutura dos ligamentos cruzados. Está muitas vezes relacionada com a prática desportiva. A incidência exata não é conhecida, sendo mais frequente em adultos jovens do sexo masculino.<br />
* '''Degenerativas''': Surgem com a idade e alguns movimentos repetidos, que resultam no desgaste progressivo do menisco. Estima-se que 25 a 35% das pessoas entre 50 e 70 anos irão desenvolver este tipo de roturas. <br />
<br><br />
====Sintomas====<br />
----<br />
A lesão do menisco manifesta-se por '''dor no joelho''', com inchaço, e sensação de “estalido” no momento da lesão. Muitas vezes surge uma dificuldade em dobrar e esticar a perna e pode mesmo acontecer o joelho ficar preso ou bloquear durante o movimento, em relação com a libertação de pequenos fragmentos do menisco que se deslocam para a articulação e a bloqueiam.<br><br />
Nas roturas traumáticas, os sintomas tendem a instalar-se de forma súbita após o traumatismo, sendo possível descrever o momento exato em que aconteceu. Nas ruturas degenerativas o processo é gradual e os sintomas vão surgindo ao longo do tempo. <br><br />
Em qualquer dos casos a avaliação médica é fundamental para permitir estabelecer o diagnóstico e orientar em conformidade.<br><br />
Caracteristicamente, o joelho dói na mobilização e quando se comprime do menisco afetado. O Rx da articulação é importante para excluir fraturas ósseas, e a ressonância magnética é fundamental para o diagnóstico e para definir as opções terapêuticas.<br />
<br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
O tratamento das lesões meniscais varia consoante a extensão e gravidade da lesão. Na primeira fase é fundamental controlar os sintomas:<br />
* '''Repouso''' do joelho: Evitar fazer esforços maiores que uma caminhada, nomeadamente as atividades de impacto como a corrida ou o salto. Podem ser usadas canadianas para aliviar a dor;<br />
* '''Gelo local''': reduz a dor e o inchaço. Aplica-se 15-20 minutos a cada 3-4 horas durante 2-3 dias ou até a dor e o inchaço resolver;<br />
* '''Compressão do joelho''', usando uma ligadura elástica; <br />
* '''Elevação do joelho''': ajuda a reduzir o inchaço e a dor;<br />
* '''Medicação''' anti-inflamatória e analgésica;<br />
* A '''fisioterapia''', a massagem e as infiltrações podem melhorar os sintomas.<br />
Quando estes procedimentos não são suficientes, quando há lesões extensas ou sintomas de bloqueio articular, pode estar indicada a cirurgia, que consiste na reparação do menisco e na remoção dos fragmentos soltos dentro do joelho.<br />
<br><br><br />
<br />
====Quando pode voltar a fazer exercício?====<br />
----<br />
Com ou sem cirurgia, a '''reabilitação é essencial''' para a recuperação da função e mobilidade do joelho, incluindo a fisioterapia.<br><br />
Não devemos apressar a recuperação da lesão, sob pena de agravamento do quadro. O exercício habitual pode ser recomeçado quando for capaz de dobrar e estender o joelho sem dor, não sentir dor nem inchaço em repouso ou ao caminhar, correr ou saltar, e o joelho lesionado estiver com força igual ao outro joelho.<br />
<br><br><br />
====Como prevenir as lesões do menisco?====<br />
----<br />
* Fazer um bom aquecimento antes do exercício e os alongamentos no final;<br />
* Fortalecer a musculatura da coxa com exercícios regulares (treino);<br />
* Promover a flexibilidade da articulação;<br />
* Aumentar a intensidade do exercício gradualmente, evitando intensificação abrupta;<br />
* Dar descanso ao organismo entre as sessões de exercício. Músculos fatigados favorecem a ocorrência de lesão;<br />
* Usar calçado confortável e adequado.<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
As lesões do menisco são uma causa importante de dor e limitação da mobilidade do joelho, geralmente tratadas com medidas gerais de controlo dos sintomas, ou com cirurgia quando necessária. Uma boa condição física e treino apropriado podem prevenir estas lesões.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.trofasaude.pt/noticias-e-eventos/noticias/lesao-dos-meniscos-do-joelho/ Arce C. Lesão dos meniscos do joelho. Trofa Saúde 2018]<br />
* [https://emedicine.medscape.com/article/308054-overview Bhagia SM. Meniscal Injury. Medscape 2020]<br />
* [https://www.cuf.pt/saude-a-z/lesoes-dos-meniscos Lesões dos meniscos. CUF 2020]<br />
* [https://www.sanfil.pt/ruptura-do-menisco/ Ruptura do menisco. Sanfil 2018]<br />
* [https://www.webmd.com/pain-management/knee-pain/meniscus-tear-injury#1 Wheeler T. Meniscus Tear Knee Injury. WebMd 2020]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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<br><br />
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<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Doenças dos ossos e articulações]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Paralisia_de_Bell
Paralisia de Bell
2021-10-25T10:43:29Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ana Luísa Rodrigues Pereira, Joana Rita Soutinho Lopes Pereira, Joana Silva Alegria |Última atualização=2021/10/25 |Palavras-chave=Paralisia de Bell; Par...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Luísa Rodrigues Pereira, Joana Rita Soutinho Lopes Pereira, Joana Silva Alegria<br />
|Última atualização=2021/10/25<br />
|Palavras-chave=Paralisia de Bell; Paralisia Facial; Paralisia Facial Periférica<br />
|Sigla da Doença=N91<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
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===Resumo===<br />
-----<br />
A paralisia de Bell está associada a uma disfunção do nervo facial e manifesta-se como uma diminuição da força dos músculos da face. Um dos lados da face apresenta-se como se estivesse “descaído” e a expressão facial dos doentes fica comprometida. <br><br />
Na maior parte dos casos a causa não é conhecida. <br><br />
O tratamento farmacológico preconizado passa pela utilização de corticoides associados ou não a fármacos antivíricos. Com tratamento adequado, a maior parte dos doentes recupera totalmente em cerca de 3 a 4 semanas. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O que é a paralisia de Bell?===<br />
----<br />
A '''paralisia de Bell''' (ou paralisia facial periférica) é uma doença do foro neurológico com compromisso parcial ou completo do nervo facial, responsável pelos movimentos dos músculos da face (expressão facial), pela formação de lágrimas e também pelo paladar ao nível da língua. <br><br><br />
====Como se manifesta?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Paralisia_bell.jpg|400px|right]]<br />
A '''paralisia de Bell''' manifesta-se como uma diminuição de força nos músculos da face, como se todo um lado da face se encontrasse “descaído”. Há um desvio da boca para o lado saudável, uma dificuldade em encerrar totalmente o olho, em mobilizar a sobrancelha e uma diminuição ou mesmo ausência das rugas da testa. Todos os gestos que envolvam a mímica facial podem estar comprometidos, nomeadamente assobiar, encher as bochechas com ar, sorrir, mostrar os dentes, entre outros como a salivação excessiva, o olho seco, a sensação de dor junto do ouvido do lado afetado, a diminuição do paladar, a intolerância ao ruído, dificuldades na alimentação (sólidos e/ou líquidos – parecem “escorregar” pelo canto da boca), diminuição da clareza da fala e stress psicológico marcado pelo impacto na imagem corporal e pela restrição das atividades sociais e laborais.<br />
<br><br><br />
====Quais as causas?====<br />
----<br />
Em 75% dos casos '''não existe uma causa''' que justifique o seu aparecimento (paralisia primária), ainda que muitas vezes exista uma infeção vírica nas 3-4 semanas anteriores ao início dos sintomas.<br><br />
Um quarto dos casos deriva de causas secundárias como um traumatismo, infeções ''([[Herpes simplex|Herpes simplex]], [[Varicela|Varicela]], [[Infeção por VIH / SIDA|Infeção por VIH / SIDA]], [[Febre da carraça|doença de Lyme]] e [[Sífilis|sífilis]])'', alguns tumores (tumores da glândula parótida e linfomas), certos medicamentos (como o linezolide), a gravidez e a [[Diabetes Mellitus|Diabetes mellitus]].<br />
<br><br><br />
====Tratamento ====<br />
----<br />
A '''paralisia de Bell''' é na maior parte dos casos uma doença autolimitada. Isto significa que resolve totalmente e de forma espontânea, geralmente num período de 3-4 semanas, embora possa prolongar-se por vários meses em alguns doentes. <br><br />
Ainda assim, pode estar indicada a '''terapêutica farmacológica''' pelo impacto na prevenção das possíveis sequelas. A corticoterapia, de prescrição médica obrigatória, é o tratamento mais consensual e com melhor evidência científica, devendo ser iniciada o mais precocemente possível. O benefício da utilização dos antivíricos, quer isoladamente, quer em associação com os corticóides, é ainda alvo de discussão entre a comunidade científica, reservando-se para casos graves. A '''fisioterapia''' pode estar indicada nos casos mais prolongados no tempo e naqueles em que não se verifique uma recuperação total da mímica facial.<br />
Outros cuidados incluem:<br />
* '''Proteção do olho''' – uma vez que existe uma incapacidade para fechar totalmente o olho, é importante mantê-lo hidratado para prevenir o desenvolvimento de lesões oculares. As lágrimas artificiais ajudam, assim como a utilização de óculos de sol durante o dia, para proteção dos raios solares e do efeito traumático do vento. Durante a noite, podem tapar o olho com um penso ocular ou com gaze (presa com fita adesiva);<br />
* '''Realização de massagem facial''' 3 vezes por dia durante, pelo menos, 10 minutos, com o intuito de evitar o enfraquecimento e a atrofia dos músculos da face. A recuperação será mais fácil e mais rápida se os doentes não descurarem esta “ginástica facial”. <br />
<br><br />
====Evolução====<br />
----<br />
Observa-se uma recuperação total em cerca de 80-85% dos casos. Em algumas situações podem permanecer sequelas, tais como:<br />
* Movimentos involuntários/espasmos da face;<br />
* Dor facial crónica;<br />
* Lacrimejo anormal;<br />
* Assimetria facial (com um lado da face mais “descaído);<br />
* Diminuição da audição e/ou zumbido.<br />
É também importante destacar que pode haver recorrência da doença.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''paralisia de Bell''' é na maioria dos casos uma doença benigna e autolimitada. Com tratamento adequado, a maior parte dos doentes recupera totalmente em cerca de 3-4 semanas. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/bells-palsy/symptoms-causes/syc-20370028 Bell's palsy. Mayo Clinic. 2021]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/paralisia-de-bell Paralisia de Bell. Manual MSD. 2020]<br />
* [http://www.apmgf.pt/ficheiros/GuiaPraticoSaude.pdf Guia Prático de Saúde. Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria (semFYC) – tradução da APMGF]<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
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</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Doenças neurológicas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Tabagismo_na_gravidez
Tabagismo na gravidez
2021-10-25T09:22:56Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Catarina Calheno Rebelo, João Nunes Sousa, Leonor Luz Duarte, Maria Francisca Amorim, Maria Inês Ferreira |Última atualização=2021/10/25 |Palavras-chave...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Catarina Calheno Rebelo, João Nunes Sousa, Leonor Luz Duarte, Maria Francisca Amorim, Maria Inês Ferreira<br />
|Última atualização=2021/10/25<br />
|Palavras-chave=Tabagismo, gravidez, cessação tabágica, saúde infantil/bebé<br />
|Sigla da Doença=P17<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O '''tabaco''' e o '''fumo do tabaco''' podem causar inúmeros danos no desenvolvimento e na vida do seu bebé e em si. Por isso, deixar de fumar é uma das mais importantes decisões que pode tomar e uma das melhores formas de proporcionar um início de vida saudável ao seu filho!<br><br />
É, sem dúvida, um processo desafiante para qualquer grávida e, por isso, pode procurar ajuda e acompanhamento junto de profissionais de saúde, a qualquer momento, para que o consiga fazer da forma mais adequada.<br><br />
'''Nunca é tarde demais para parar de fumar''' e dar uma oportunidade a um futuro mais saudável a si e ao seu filho!<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O tabaco na gravidez===<br />
----<br />
'''Fumar antes, durante e após a gravidez é prejudicial para a grávida e para o bebé'''.<br><br />
Apesar da maioria das mulheres fumadoras que engravidam pretendem deixar de fumar, nem sempre é fácil que aconteça. Algumas das razões que tornam o processo de deixar de fumar mais difícil são:<br />
* A maioria das fumadoras está dependente fisiologicamente de nicotina, apresentando sintomas de abstinência marcados quando param de fumar;<br />
* As grávidas apresentam, igualmente, dependência psicológica – a nicotina ajuda a grávida, em alguns casos, a sentir-se menos ansiosa;<br />
* Fumar está frequentemente associado às rotinas diárias da mulher;<br />
* Por vezes, a grávida e o futuro pai estão a atravessar um período mais difícil da sua vida, quer a nível psicológico, familiar ou social, pelo que a cessação tabágica se torna um processo ainda mais difícil.<br />
<br><br><br />
====Consequências do tabaco na gravidez====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Gravidez heart.jpg|300px|right]]<br />
O consumo de tabaco está associado a diminuição da fertilidade com maior dificuldade em engravidar. <br><br />
Cada cigarro fumado contém cerca de 7000 substâncias químicas diferentes, muitas delas com consequências para a grávida e para o bebé, diminuindo o aporte de oxigénio.<br><br />
<br><br />
=====Potenciais riscos do consumo do tabaco para a grávida:=====<br />
* Aborto espontâneo<br />
* Gravidez ectópica (gravidez fora do útero, que não evolui e tem risco de complicações potencialmente graves)<br />
* Aumento do risco de parto pré-termo<br />
* Descolamento da placenta<br />
<br><br />
=====Potenciais consequências negativas para o bebé:=====<br />
* Malformações congénitas em múltiplos órgãos, como por exemplo fissuras orofaciais (fenda do palato e lábio leporino)<br />
* Morte fetal<br />
* Atraso de crescimento intra-uterino<br />
* Síndrome de morte súbita do lactente<br />
* Infeções do trato respiratório superior e inferior<br />
* Redução da função pulmonar no recém-nascido e na criança<br />
* Maior probabilidade de desenvolver asma e agravamento das crises de asma<br />
* Efeitos adversos a nível do desenvolvimento neurológico fetal<br />
<br><br />
====Benefícios de deixar de fumar====<br />
----<br />
'''Deixar de fumar''' é benéfico em qualquer momento da gravidez, tanto para a grávida como para o bebé, e '''quanto mais cedo melhor''':<br />
<br><br><br />
=====Para a grávida=====<br />
* Vai ter mais energia e respirar mais facilmente;<br />
* Vai ter menor risco de desenvolver [[Enfarte agudo do miocárdio|doenças cardíacas]], [[O que é o Acidente Vascular Cerebral (AVC)|acidente vascular cerebral]], cancro do pulmão, [[O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica?|doença pulmonar obstrutiva crónica]] e outras doenças relacionadas com o [[Tabagismo|tabaco]];<br />
* Vai ter mais dinheiro para gastar em outras coisas de que gosta ou que necessite;<br />
* A sua roupa, o seu cabelo e a sua casa vão cheirar melhor;<br />
* A comida vai saber melhor;<br />
* Vai sentir-se bem com o esforço que fez, por si e pelo seu bebé.<br />
<br><br />
=====Para o bebé=====<br />
* Após um dia sem fumar, o seu bebé vai receber mais oxigénio e nutrientes necessários para se desenvolver;<br />
* O bebé irá crescer melhor;<br />
* Há menor risco de o seu bebé nascer antes do tempo;<br />
* Há menor risco de complicações durante ou depois do parto, muitas vezes com necessidade de internamento dos bebés;<br />
* O seu bebé terá menor probabilidade de vir a sofrer de bronquite e asma.<br />
<br><br />
====Tabagismo passivo====<br />
----<br />
A grávida deve '''evitar a [[Tabagismo passivo|exposição ao fumo tabaco]]'''. Além de ser prejudicial à sua própria saúde, o tabagismo passivo parece contribuir para os efeitos negativos no desenvolvimento intrauterino do bebé e na sua vida futura.<br />
Assim, tente '''afastar-se das pessoas que estiverem a fumar''' ou peça mesmo que não o façam na sua presença.<br />
<br><br><br />
====Tabaco e amamentação====<br />
----<br />
'''O tabaco não deve impedir a mulher de amamentar.''' O aleitamento materno traz inúmeros benefícios para o bebé, pelo que deve ser mantido, mesmo que a mãe seja fumadora. Contudo, fumar durante o período da amamentação expõe o bebé à nicotina e a outras substâncias tóxicas que chegam ao bebé através do leite materno.<br />
<br><br />
* Evite fumar imediatamente antes de amamentar – nunca fumar pelo menos 1 a 2 horas antes de o bebé mamar. O corpo terá mais tempo para expelir os compostos tóxicos;<br />
* Não fume dentro de casa, à janela ou no carro;<br />
* Utilize um “casaco para fumar”, que retira quando pega ou cuida do bebé;<br />
* Não fume enquanto está a amamentar.<br />
<br><br />
====E se reduzir o número de cigarros?====<br />
----<br />
Reduzir o número de cigarros pode ser o primeiro passo para deixar de fumar. Contudo, de acordo com o que se sabe atualmente, qualquer mínimo consumo pode prejudicar o seu bebé. '''O ideal é deixar de fumar por completo'''.<br />
<br><br><br />
====Posso fumar cigarros eletrónicos/outro tipo de dispositivos?====<br />
----<br />
Não são conhecidas as consequências do uso destes novos produtos em mulheres grávidas ou a amamentar, nem os seus efeitos na saúde a longo prazo. Cada vez mais são descritos efeito nocivos para a saúde. A sua utilização durante a gravidez ou amamentação não é recomendada, nem em substituição dos cigarros.<br />
<br><br><br />
====Como posso deixar de fumar?====<br />
----<br />
Encare a sua gravidez como uma oportunidade de adaptação e aprendizagem. Muitas coisas vão mudar e o consumo de tabaco deverá ser uma delas. Os profissionais de saúde são parceiros valiosos neste processo e estarão disponíveis para a ajudar e aconselhar. <br />
<br />
* '''Informe-se acerca dos riscos e malefícios''' provocados pelo consumo de tabaco. Questione o seu médico, solicite folhetos informativos e procure informação fidedigna na internet. <br />
* '''Perceba o quão motivada está para parar de fumar'''. Pergunte a si mesma, numa escala de 0 a 10, quão importante para si e para o seu bebé seria deixar de fumar. Analise as suas respostas. Uma nota alta é motivador para deixar de fumar de vez.<br />
* Ainda numa escala de 0 a 10, pergunte-se o '''quão capaz e preparada está para deixar de fumar'''. Uma nota baixa significa que precisa de mais ajuda para ultrapassar os obstáculos e conseguir deixar de fumar. <br />
* '''O seu médico pode ajudar''' a encontrar soluções adequadas ao seu caso.<br />
* Se se sentir motivada para deixar de fumar, '''marque um dia (dia D), que será o primeiro dia sem cigarros!''' Como preparação para este dia, procure elaborar um registo diário (a um dia de semana e num dia de fim de semana) de todos os cigarros que fuma, identificando a hora, o porquê e circunstância: quando toma café, após as refeições, com amigos... De todos estes cigarros, procure perceber quais os que lhe dão mais satisfação e prazer, pois estes serão os mais difíceis, mas não impossíveis, de abandonar.<br />
* No dia anterior ao dia D '''areje a sua casa''' e '''retire todos os maços''', isqueiros e cinzeiros do carro e de casa.<br />
* Peça aos amigos e familiares que '''não fumem próximo de si''', tentando quebrar hábitos e rotinas associados ao tabaco. <br />
* '''Evite frequentar locais onde se fume'''.<br />
<br><br />
====Posso tomar medicação para me ajudar a deixar de fumar se estiver grávida? ====<br />
----<br />
Não há nenhuma medicação para ajudar a deixar de fumar que seja recomendada durante a gravidez ou amamentação.<br><br />
A maioria das opções terapêuticas aprovadas para a cessação tabágica foram pouco estudadas na gravidez. Não se sabe muito sobre a sua eficácia e, principalmente, sobre a sua segurança para o feto. Qualquer intervenção farmacológica deve sempre ser orientada e supervisionada por um médico.<br />
<br><br><br />
====Como posso evitar fumar quando sinto muita vontade de o fazer?====<br />
----<br />
Deve estar preparada para antecipar as situações em que lhe vai surgir uma vontade muito grande de fumar, chamadas de cravings. Quando isto acontecer:<br />
<br />
* Lembre-se que este forte desejo dura apenas alguns minutos;<br />
* Pense novamente no bem que está a fazer a si e ao seu bebé em não fumar;<br />
* Repita frases encorajadoras para si própria: “Eu vou conseguir resistir”, “Vou fazer isto por mim e pelo meu bebé”, “Está-me a apetecer fumar, vou fazer outra coisa”;<br />
* Distraia a mente com pensamentos positivos;<br />
* Respire fundo durante 20 segundos e concentre-se na sua respiração;<br />
* Beba um copo de água;<br />
* Mude a tarefa que está a fazer ou opte por dar um pequeno passeio;<br />
* Ligue a alguém que a encoraje a continuar sem fumar. Ex-fumadores podem ser um grande auxílio pois compreendem a sua situação e poderão partilhar dicas que os ajudaram a ultrapassar os vários obstáculos deste processo. <br />
<br><br />
====Deixar de fumar engorda? ====<br />
----<br />
'''Aumentar de peso durante a gravidez é normal''' e expectável. O aumento de peso aquando da cessação tabágica está principalmente associado à substituição do consumo de tabaco pelo aumento da ingestão de alimentos. Há várias estratégias que pode adotar para evitar que isto aconteça: <br />
* Mantenha-se ativa fisicamente, já que contribui para a sua saúde física e emocional, para além de ajudar a uma melhor recuperação da forma física no pós-parto. As caminhadas em locais seguros são uma excelente opção.<br />
* Evite alimentos ricos em gordura, sal e açúcar, como por exemplo bolachas, massas folhadas, bolos, gelados, alimentos fritos, molhos e queijos ricos em gordura.<br />
* Escolha alimentos pobres em calorias, como pequenos frutos ou legumes, descascados ou muito bem lavados, que possam ser comidos de vez em quando para saciar a fome (por exemplo: tomate cherry, cerejas, bagos de uva, pedaços de cenoura, “cubos” de melancia ou de melão, gomos de laranja, um pouco de pão, ou uma bolacha maria).<br />
* Beba muita água.<br />
<br><br />
====Tentei parar de fumar, mas não resisti e voltei a fumar====<br />
----<br />
'''Cada tentativa é uma aprendizagem''' e uma oportunidade para deixar de fumar. A maioria das pessoas tenta várias vezes até ter sucesso. Não desista, aprenda com os erros e prepare-se para uma nova tentativa, procurando repetir as estratégias que resultaram e reforçar os pontos positivos. Relembre-se dos motivos que a levaram a querer deixar de fumar, do que não correu bem e porquê e das vantagens que lhe vai trazer.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Parar de fumar durante a gravidez é um processo complexo, que envolve a superação de muitos desafios. Os profissionais de saúde estão disponíveis para a ajudar, em qualquer altura da gravidez. Nunca é tarde demais para deixar de fumar e proporcionar um futuro mais saudável a si e ao seu filho.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.nhs.uk/better-health/quit-smoking/ NHS - SMOKE FREE]<br />
* [https://smokefree.gov/ USA – SMOKE FREE]<br />
* [https://www.cdc.gov/tobacco/basic_information/health_effects/pregnancy/index.htm Smoking During Pregnancy. CDC, 2021]<br />
* [https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/publicacoes/conteudos/tabagismo-e-gravidez/ Tabagismo e gravidez. Fundação Portuguesa do Pulmão. 2021]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
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</div> <br />
<br><br />
<br />
[[Categoria:Tabagismo]]<br />
[[Categoria: Gravidez e parto]]<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/COVID_Longa_%E2%80%93_a_viagem_de_recupera%C3%A7%C3%A3o
COVID Longa – a viagem de recuperação
2021-07-22T00:21:21Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ana Vidal, Ângela M. Teixeira |Última atualização=2021/07/21 |Palavras-chave=COVID-longa; sintomas persistentes; efeitos a longo prazo; Covid-19 |Sigla d...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Vidal, Ângela M. Teixeira<br />
|Última atualização=2021/07/21<br />
|Palavras-chave=COVID-longa; sintomas persistentes; efeitos a longo prazo; Covid-19<br />
|Sigla da Doença=A76<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
---- <br />
Algumas pessoas continuam a manifestar sintomas por mais de quatro semanas após o diagnóstico de COVID-19. Vários termos têm sido usados para descrever os sintomas prolongados no tempo: “COVID longa”, “COVID-19 pós-aguda”, “COVID-19 crónica”, “COVID de longo curso” ou “Síndrome pós-COVID”.<br><br />
Esta situação ocorre mais frequentemente nas pessoas que tiveram doença grave, mas pode também surgir naquelas que manifestaram sintomas ligeiros ou que não tiveram qualquer queixa.<br><br />
A fadiga é o sintoma mais frequentemente referido seguido de outros como a falta de ar, a dificuldade de concentração ou a perda do olfato. Na maioria dos casos, os sintomas não se prolongam para além das 12 semanas, mas podem contribuir para a diminuição da qualidade de vida e para o absentismo laboral.<br><br />
A adoção de estilos de vida saudáveis e o retorno gradual às atividades do dia a dia podem contribuir para a recuperação.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O que é a COVID longa?===<br />
----<br />
A '''COVID longa''' refere-se aos sintomas que se mantêm por '''mais de quatro semanas''' após a infeção pelo vírus SARS-Cov-2. Estes podem ter um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas, nomeadamente na realização das atividades do dia a dia e do trabalho. “COVID-19 pós-aguda”, “COVID-19 crónica”, “COVID de longo curso” ou “Síndrome pós-COVID” são outros termos usados para se referirem a esta situação. <br />
<br><br><br />
====Quem pode ser afetado?====<br />
----<br />
Mais de '''um terço das pessoas''' com antecedentes de COVID-19 manifestam mais do que um sintoma após a fase inicial da doença. Esta situação ocorre mais frequentemente nas pessoas que tiveram doença inicial grave, mas pode também surgir em pessoas que manifestaram sintomas ligeiros ou que não tiveram qualquer queixa. <br />
<br><br><br />
====Quais são os sintomas?====<br />
----<br />
Os sintomas da COVID longa são muito variáveis. A '''fadiga''' é a principal queixa após a COVID-19, podendo afetar até 80% das pessoas. Seguem-se a falta de ar, a tosse, a dor no peito, a dificuldade de concentração, a ansiedade, a depressão e a perda de olfato. Menos frequentemente referidos são a congestão nasal, a dor de cabeça, as dores musculares ou nas articulações, as tonturas, as alterações do paladar, as alterações do sono e a queda de cabelo. Além dos sintomas enunciados, outros podem ocorrer. <br />
<br><br><br />
====Qual a duração dos sintomas?====<br />
----<br />
Na maioria dos casos, os '''sintomas são temporários''' e tendem a desaparecer de forma gradual nas primeiras semanas após a doença inicial. A maioria dos sintomas não se prolonga para além das 12 semanas. A sua duração pode ser maior quando a doença inicial é mais grave ou a pessoa tem outros problemas de saúde ou idade mais avançada. Além disso, os sintomas podem sofrer alterações ao longo do tempo surgindo, por vezes, queixas diferentes das manifestadas no início da doença.<br />
<br><br><br />
====Os sintomas graves são frequentes?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Coronavirus.jpg|200px|right]]<br />
As complicações mais graves como alterações da função pulmonar, cardíaca e renal são raras e afetam principalmente pessoas que desenvolveram doença inicial mais grave, têm outros problemas de saúde ou têm idade mais avançada. Uma em cada cinco pessoas que necessitaram de internamento hospitalar na fase inicial da doença podem necessitar de novo internamento devido ao aparecimento de complicações.<br><br />
Se existirem sintomas como falta de ar, dor no peito, paralisia de uma parte do corpo ou confusão mental, deve ser procurada orientação médica.<br />
<br><br><br />
====O que fazer na presença de sintomas após a COVID-19? ====<br />
----<br />
É importante que as pessoas que mantêm sintomas após COVID-19 estabeleçam objetivos realistas, compreendendo que a recuperação é geralmente um processo gradual e transitório. <br><br />
A '''adoção de estilos de vida saudáveis''' e de '''medidas de auto-cuidado''' pode contribuir para a recuperação. O descanso, os hábitos de sono regulares, a alimentação saudável dividida em pequenas refeições ao longo do dia, o retorno gradual à atividade física e o regresso progressivo ao trabalho podem ajudar a ultrapassar a sensação de cansaço e fadiga.<br><br />
A realização de '''exercícios de respiração''' e a '''cessação tabágica''', nos fumadores, são vantajosos na presença de sintomas respiratórios como tosse, falta de ar ou desconforto torácico. A exposição a odores diversificados pode ajudar a estimular o sentido do olfato quando está afetado.<br><br />
A participação em grupos de apoio ou em atividades de lazer pode ser útil quando existem sintomas psicológicos ou dificuldades de concentração. <br><br />
Na presença de sintomas em agravamento ou que não melhoram, deve ser procurada orientação médica. <br />
<br><br><br />
====Como fazer exercícios de respiração?====<br />
----<br />
Os exercícios de respiração podem ajudar na recuperação dos sintomas respiratórios como a tosse, a falta de ar ou o desconforto torácico. Além disso, podem ser úteis também nas pessoas que apresentam fadiga:<br><br />
<br> <br />
* Exercício sentado:<br />
** Na posição sentada, relaxe os músculos dos ombros e do pescoço.<br />
** Com a boca fechada, inspire pelo nariz ao longo de 2 segundos, como se estivesse a cheirar uma flor.<br />
** Expire lentamente, ao longo de 4 segundos, com os lábios quase fechados, como se estivesse a soprar uma vela.<br />
** Repita estes ciclos de inspiração/expiração durante 2 minutos várias vezes por dia.<br />
<br><br />
* Exercício deitado:<br />
** Deite-se num sofá ou numa cama com uma almofada debaixo da cabeça e outra debaixo dos joelhos. <br />
** Coloque uma mão sobre o abdómen e outra sobre o tórax. <br />
** Inspire devagar pelo nariz, deixando que os seus pulmões se encham de ar e permitindo que o seu abdómen aumente de volume (a mão sobre o abdómen deve subir mais alto que a do tórax). <br />
** Expire pelo nariz e, durante o processo, sinta o seu abdómen a diminuir de volume.<br />
** Repita estes ciclos de inspiração/expiração durante 2 a 5 minutos várias vezes por dia. Se não for possível deitar-se, pode fazer estes exercícios na posição sentada.<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Algumas pessoas mantêm sintomas por mais de 4 semanas após a COVID-19. A adoção de estilos de vida saudáveis e medidas de auto-cuidado podem contribuir para a recuperação.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/3000201/complications Doença do coronavírus 2019 (COVID-19): complicações. BMJ Best Practice. 2021]<br />
* [https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/long-term-effects.html Late Sequelae of COVID-19. CDC. 2021]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/coronavirus-covid-19/long-term-effects-of-coronavirus-long-covid/ Long-term effects of coronavirus (long COVID). NHS choices. 2021]<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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<br><br />
<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria:Doenças Respiratórias]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Alergia_a_prote%C3%ADnas_do_leite_de_vaca
Alergia a proteínas do leite de vaca
2021-07-19T23:20:12Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Teresa Raquel Vaz, Catarina Sofia Pinto<br />
|Última atualização=2021/07/19<br />
|Palavras-chave=alergia alimentar; alergia à proteína do leite de vaca; Alergia a Proteínas do Leite de Vaca<br />
|Sigla da Doença=A92<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
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===Resumo===<br />
----<br />
A alergia a proteínas do leite de vaca é a alergia alimentar mais comum durante a infância.<br><br />
Pode surgir quando o bebé inicia o aleitamento artificial, ou mesmo durante o aleitamento materno exclusivo. <br><br />
As suas manifestações dependem do mecanismo envolvido e incluem sinais e sintomas na pele, gastro-intestinais e, em casos mais graves, respiratórios. <br><br />
Geralmente é uma condição transitória, que tende a desaparecer com o tempo. No entanto, implica uma evicção total de alimentos contendo proteínas do leite de vaca, que é o único tratamento eficaz. Além dos lacticínios, muitos outros alimentos e produtos cosméticos contêm essas proteínas, pelo que é fundamental que os cuidadores aprendam a ler os rótulos. <br />
Este conhecimento é essencial no processo de diversificação alimentar. <br><br />
Além dos pais e cuidadores, também educadores, professores e outros conviventes devem conhecer a condição para garantir a segurança da criança.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Alergia a proteínas do leite de vaca===<br />
----<br />
A '''alergia a proteínas do leite de vaca''' é uma alergia alimentar que ocorre nas crianças. Geralmente manifesta-se nos primeiros meses de vida, quando se inicia a alimentação com leite adaptado (“leite de lata/artificial”). Surge quando o sistema imune do bebé reage de forma anómala contra certas proteínas presentes no leite.<br />
<br><br><br />
====O meu filho está em aleitamento materno exclusivo. Como é possível que apresente alergia a proteínas do leite de vaca?====<br />
----<br />
Quando está a amamentar, se consumir lacticínios ou outros alimentos contendo leite, as proteínas do leite de vaca ingeridas podem passar para o seu leite. O bebé, ao ingerir o leite materno com essas proteínas, pode reagir contra elas.<br />
<br><br><br />
====Devo deixar de amamentar?====<br />
----<br />
'''Não precisa de deixar de amamentar'''. Aliás, o aleitamento materno exclusivo até aos 4-6 meses é um fator protetor das alergias alimentares. Caso esteja a amamentar e o bebé apresente uma alergia a proteínas do leite de vaca, é necessário que exclua da sua alimentação o leite de vaca e derivados, para evitar a passagem das proteínas para o leite materno. É fundamental manter uma alimentação diversificada para não haver prejuízo nutricional, nem para si, nem para o bebé.<br />
<br><br><br />
====Como é feito o diagnóstico?====<br />
----<br />
Normalmente, a presença de sintomas e a sua relação com a ingestão de leite de vaca ou derivados é muito sugestiva do diagnóstico. <br />
* '''Reação imediata''' (sintomas até 2h após a ingestão):<br />
** Urticária (placas vermelhas disseminadas, geralmente com comichão);<br />
** Inchaço dos lábios e olhos (angioedema);<br />
** Vómitos e/ou diarreia;<br />
** Respiração difícil com “gatinhos”;<br />
** Anafilaxia<br />
<br />
* '''Reacção tardia''' (sintomas horas ou dias após a ingestão):<br />
** Vómitos;<br />
** Diarreia com ou sem muco e sangue;<br />
** Sangue nas fezes;<br />
** Cólicas e irritabilidade;<br />
** Intestino preso;<br />
** Baixo ganho de peso;<br />
** Assadura e/ou fissura perianal.<br />
Perante a suspeita, pode ser necessário '''realizar alguns testes''', nomeadamente:<br />
* testes cutâneos: consistem na colocação de uma pequena quantidade do alimento na pele através de várias picadas com uma agulha para verificar se ocorre reação;<br />
* prova de provocação oral: consiste na ingestão de quantidades crescentes do alimento suspeito, em ambiente medicamente controlado;<br />
* análises ao sangue: para pesquisa de anticorpos contra o alimento em causa.<br />
<br><br />
====Qual é o tratamento?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: APLV.jpg|500px |right]]<br />
'''O único tratamento que provou ser eficaz é a evicção total dos laticínios'''. Além destes, outros alimentos contêm leite na sua composição, assim como alguns cosméticos e medicamentos, sendo, por isso, importante saber ler os rótulos destes produtos. <br><br />
No caso de uma reação alérgica por ingestão acidental, pode ser necessário usar medicação de urgência consoante as manifestações, com o objetivo de aliviar os sintomas e reverter a reação. <br><br />
Em casos selecionados pode ser introduzida a indução de tolerância alimentar. Esta abordagem é planeada e realizada em ambiente hospitalar e consiste na ingestão de doses crescentes do alimento, neste caso o leite, até alcançar a dose máxima tolerada. O objetivo é permitir que a criança alérgica passe a tolerar o alimento em causa.<br />
<br><br><br />
====O que é que o meu filho pode comer? ====<br />
----<br />
Quando termina o aleitamento materno, existem leites de substituição seguros: as fórmulas extensamente hidrolisadas. A eficácia destas fórmulas ronda os 90-95% e são recomendadas por todas as sociedades científicas internacionais. <br><br />
O leite de soja é uma boa alternativa ao leite vaca mas deve ser utilizado com prudência: não deve ser usado em crianças com idade inferior a 6 meses nem nos casos graves de alergia a proteínas do leite de vaca. Por isso, a sua introdução deve ser ponderada caso a caso, pelo médico.<br><br />
Quase todas as crianças com alergia a proteínas do leite de vaca podem comer carne de vaca: o risco de reação cruzada é muito baixo, sobretudo se a carne estiver bem passada.<br><br />
A criança pode comer quaisquer alimentos que não apresentem a proteína do leite de vaca ou risco de contaminação cruzada, nomeadamente carne, vegetais, frutas, leguminosas, cereais, grãos, etc…<br />
Tanto o leite sem lactose como o de outros animais (cabra, ovelha) não são uma opção, pois pode ocorrer reação cruzada a proteínas neles presentes.<br />
<br><br><br />
====A alergia a proteínas do leite de vaca tem cura?====<br />
----<br />
Habitualmente a alergia a proteínas do leite de vaca é '''transitória'''. Com o tempo, os sintomas tendem a desaparecer e a alergia resolve-se espontaneamente nos primeiros anos de vida. A cura vai depender do tipo de reação e da forma como o organismo da criança reage. É aconselhável o acompanhamento em consulta com o Médico Assistente ou, em alternativa, em consulta de Alergologia ou Gastroenterologia Pediátrica, para avaliar a evolução e reconhecer se a cura foi alcançada.<br />
<br><br><br />
====Que outros cuidados devo ter?====<br />
----<br />
É muito importante '''informar''' os familiares, os cuidadores, os professores e restantes conviventes da criança da sua condição para garantir a sua segurança. O melhor tratamento é evitar o contacto com o alergénio.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''alergia a proteínas do leite de vaca''' é comum e, apesar de transitória, pode ser grave. Evitar o alergénio é a chave do tratamento. Saber ler rótulos é fundamental para a segurança da criança.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://cuidarpediatria.com.br/artigos/aplv-2/ Alergia à proteína do leite de vaca. Cuidar no consultório]<br />
* [https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/ Alergia à proteína do leite de vaca. Danone]<br />
* [https://pt.slideshare.net/marilia0np/folheto-aplv-escolas Folheto APLV escolas]<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Teresa_Raquel_Vaz|Teresa Raquel Vaz]] &bull; [[Utilizador:Catarina_Sofia_Pinto|Catarina Sofia Pinto]] </div> <br />
<br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Doen%C3%A7as_provocadas_pelo_calor
Doenças provocadas pelo calor
2021-07-19T21:36:36Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Sandra Ribeiro, Carolina Andrade<br />
|Última atualização=2021/07/19<br />
|Palavras-chave=Doenças de calor, edema por calor, síncope por calor, cãibras por calor, exaustão por calor, golpe de calor<br />
|Sigla da Doença=A88<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
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===Resumo===<br />
----<br />
Doenças provocadas pelo calor englobam alguns distúrbios cuja gravidade varia de cãibras musculares até ao golpe de calor (que é uma emergência com risco de vida).<br><br />
Estas doenças, embora evitáveis, afetam milhares de pessoas a cada ano e podem ter repercussões importantes na saúde.<br><br />
Normalmente ocorrem quando o sistema de controlo da temperatura corporal do indivíduo deixa de trabalhar deixando de produzir suor para proporcionar o arrefecimento do corpo. A temperatura pode atingir os 39ºC provocando falência de múltiplos órgãos ou até mesmo a morte se o indivíduo não for socorrido de forma rápida.<br><br />
É importante evitar estas situações provocadas pela exposição ao calor intenso e, caso ocorram, saber reconhecer os sintomas de forma a procurar ajuda médica. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Doenças provocadas pelo calor===<br />
----<br />
A '''exposição a temperaturas e humidade elevadas''', particularmente durante vários dias consecutivos, em particular em períodos de Ondas de Calor, pode ocasionar um largo espectro de condições, nomeadamente edema, síncope, cãibras, exaustão por calor e golpe de calor. Estes problemas devem ser considerados como partes sobrepostas de um contínuo, que vão progredindo de um quadro mais ligeiro, até situações que, pela sua gravidade, podem obrigar a cuidados médicos de emergência.<br><br />
[[Ficheiro: Sun-208584 1920.jpg|300px|right]]<br />
O nosso corpo apresenta mecanismos fisiológicos responsáveis por manter a temperatura corporal interna dentro de um intervalo relativamente estreito (35ºC – 39ºC). <br><br />
Durante períodos de calor intenso o corpo humano dissipa o excesso de calor através do aumento do fluxo sanguíneo cutâneo, que permite a transferência de calor do interior do corpo para a pele, e através da produção de suor para a superfície da pele para subsequente evaporação. Quando a temperatura exterior é superior à temperatura da pele, o único mecanismo de libertação de calor disponível é através da evaporação pelo suor. No entanto, qualquer fator que impeça a evaporação, como humidade elevada ou a reduzida passagem do ar (roupas apertadas, ausência de brisa), irão levar ao aumento da temperatura corporal e, consequentemente o aparecimento de doenças relacionadas com o calor. <br><br />
As pessoas mais vulneráveis a estas condições são as crianças nos primeiros anos de vida, os idosos, as grávidas, os doentes crónicos (nomeadamente [[Enfarte agudo do miocárdio|doenças cardiovasculares]], [[O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica?|respiratórias]], [[Doença Renal Crónica|renais]], [[Diabetes Mellitus|diabetes]] e [[Alcoolismo|alcoolismo]]), as pessoas com [[Obesidade|obesidade]], acamados, pessoas com problemas de saúde mental, sem abrigo, trabalhadores de exterior e desportistas. <br />
<br><br><br />
====Doenças provocadas pelo Calor====<br />
----<br />
<br><br />
=====Edema por Calor (“Inchaço”)=====<br />
Condição benigna, autolimitada, que resulta da acumulação de líquido no espaço intersticial das extremidades corporais devido a vasodilatação periférica. <br />
<br><br />
=====Cãibras por Calor=====<br />
Contrações musculares involuntárias, dolorosas, do abdómen, das pernas e braços, provocadas pela perda excessiva de água e de eletrólitos pela sudação.<br />
<br><br />
=====Síncope por Calor (“Desmaio”)=====<br />
Perda transitória da consciência, de início súbito, curta duração e recuperação espontânea completa, que resulta da diminuição do fluxo cerebral causada por vasodilatação periférica, hipotensão ortostática e diminuição do débito cardíaco. A idade avançada, a desidratação e a coexistência de patologias crónicas, como a doença cardíaca isquémica, aumentam a predisposição para a síncope associada ao calor. <br>0<br />
É importante relembrar que esta condição pode também estar associada a quadros mais graves das doenças provocadas pelo calor. <br />
<br><br />
=====Exaustão por Calor =====<br />
A exaustão por calor é uma forma mais grave das doenças provocadas pelo calor, que surge após vários dias de exposição contínua ao calor e resulta da depleção prolongada de água e eletrólitos. Manifesta-se por sede intensa, cefaleias, ansiedade, náuseas, vómitos e fadiga. A pele fica húmida e pode existir hipertermia (temperatura corporal superior a 37º C mas inferior a 40º C). Frequentemente, a pessoa está hipotensa, com taquicardia e polipneica. <br><br />
Sem tratamento, a exaustão pelo calor pode evoluir para o Golpe de Calor. <br />
<br><br />
=====Golpe de Calor=====<br />
O Golpe de Calor é uma emergência médica caracterizada pela instalação súbita de hipertermia (temperatura corporal superior a 40ºC) e disfunção neurológica central. <br><br />
As manifestações neuropsiquiátricas associadas a esta condição clínica são precoces e universais e podem incluir delírios, alucinações, crises convulsivas, disfunção cerebelosa e coma. A nível físico, manifesta-se através de pele quente e seca, taquicardia, hiperventilação, hipotensão arterial ou choque. A ausência de sudação é uma manifestação tardia do golpe de calor.<br><br />
Esta condição clínica pode evoluir rapidamente para disfunção multiorgânica, complicando-se com encefalopatia, insuficiência renal aguda, síndrome de dificuldade respiratória aguda, citólise hepática, isquemia intestinal e coagulação intravascular disseminada.<br />
<br><br><br />
====Medidas preventivas ====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Cup-1177644 1920.jpg|300px|right]]<br />
* '''Aumentar a ingestão de água''', ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede. Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com elevados teores de açúcar. <br />
* Fazer '''refeições leves e frequentes'''. Evitar as refeições pesadas e muito condimentadas.<br />
* Permanecer duas a três horas por dia num '''ambiente fresco''', ou com ar condicionado. Se não tiver ar condicionado, deve visitar centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais de ambiente fresco. <br />
* '''Manter a casa fresca'''. No período de maior calor, correr as persianas ou portadas; ao entardecer, quando a temperatura exterior for mais baixa do que a interior, deixar que o ar circule pela casa. <br />
* No período de maior calor tomar um '''duche de água tépida ou fria'''. Evitar, no entanto, mudanças bruscas de temperatura (um duche gelado, imediatamente depois de se ter apanhado muito calor, pode causar hipotermia, principalmente em pessoas idosas ou em crianças).<br />
* '''Evitar a exposição direta ao sol''', em especial entre as 11 e as 17 horas. Sempre que se expuser ao sol, ou andar ao ar livre, usar um protetor solar com um índice de proteção elevado (igual ou superior a 30) e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas.<br />
* '''Evitar ficar em viaturas expostas ao sol''' nos períodos de maior calor, nas filas de trânsito ou nos parques de estacionamento. Se o carro não tiver ar condicionado, não fechar completamente as janelas e, sempre que possível, viajar de noite. <br />
* Evitar atividades que exigem '''esforço físico''' e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados. <br />
* No exterior '''usar roupa larga''', clara e fresca, de preferência de algodão e, não esquecer do chapéu e dos óculos. <br />
* Ter especial atenção, aos doentes com patologias crónicas, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.<br />
* Conhecer os sinais/sintomas das diversas doenças associadas ao calor, de forma a tomar as medidas necessárias o mais rápido possível. <br />
<br><br />
====O que fazer se uma pessoa apresenta sinais/sintomas de Exaustão ou Golpe de calor?====<br />
----<br />
* Ligar para o número de emergência 112;<br />
* Mover a pessoa para um local fresco ou para uma sala com ar condicionado;<br />
* Aplicar toalhas húmidas ou pulverizar com água fria para arrefecer o corpo; <br />
* Arejar o ambiente com uma ventoinha ou mesmo com um abanador;<br />
* Se a pessoa não estiver consciente, não dar líquidos. Se estiver consciente, oferecer sumos de fruta natural sem açúcar e colocar as pernas ao alto. <br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
As doenças provocadas pelo calor podem manifestar-se de diversas formas, desde as mais ligeiras, como o edema e as cãibras, até às mais graves, como a Exaustão por calor e o Golpe de calor, sendo que esta última, requer assistência médica imediata porque pode resultar em morte.<br><br />
A prevenção é a melhor forma de minimizar os efeitos negativos para a saúde associado a estes fenómenos meteorológicos extremos. Também é importante reconhecer os sinais e sintomas destas condições clínicas, de forma a tomar as medidas necessárias o mais rápido possível. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.dgs.pt/saude-ambiental-calor/recomendacoes.aspx Ondas de Calor – Recomendações para a população. Direção Geral de Saúde]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/heat-exhaustion/symptoms-causes/syc-20373250 Heat exhaustion. Mayo Clinic]<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/heat-exhaustion-heatstroke/ Heat exhaustion and heatstroke. NHS choices] <br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Sandra_Ribeiro|Sandra Ribeiro]] &bull; [[Utilizador:Carolina_Andrade|Carolina Andrade]]<br />
</div> <br />
<br><br><br><br />
<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Geriatria]]<br />
[[Categoria:Doenças endócrinas]]<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Verrugas_plantares
Verrugas plantares
2021-05-03T18:58:20Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Tânia Caseiro, Rita Ferreira, Jéssica Peres, Pedro Vieira, João Arcanjo |Última atualização=2021/05/03 |Palavras-chave=Verruga Plantar; Dermatologia; V...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Tânia Caseiro, Rita Ferreira, Jéssica Peres, Pedro Vieira, João Arcanjo<br />
|Última atualização=2021/05/03<br />
|Palavras-chave=Verruga Plantar; Dermatologia; Vírus do Papiloma Humano<br />
|Sigla da Doença=S03<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
As verrugas plantares são lesões que acometem as plantas dos pés provocando dor ou desconforto ao caminhar. São provocadas pelo Vírus do Papiloma Humano, sendo altamente contagiosas. A transmissão ocorre através das superfícies como o solo, sapatos, toalhas ou material desportivo.<br><br />
Algumas verrugas podem resolver sem tratamento, contudo, na esmagadora maioria são necessários tratamentos médicos para a sua remoção. <br><br />
As pessoas infetadas deverão seguir algumas recomendações de modo a evitar novos contágios.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Verrugas Plantares===<br />
----<br />
[[Ficheiro: Verrugas_01.jpg|right|300px]]<br />
As '''verrugas''' são lesões benignas que podem surgir após a infeção do Vírus do papiloma humano (HPV). Assim, existem vários tipos de verruga, dependendo da sua localização, forma e tipos de HPV. <br><br />
A '''verruga plantar''' é uma lesão localizada na planta do pé atribuída aos tipos 1 e 2 do HPV. Apresenta-se de forma plana, ao contrário de outras verrugas que surgem com aspeto de “couve-flor”.<br><br />
A '''verruga plantar''' habitualmente não forma saliência na planta dos pés, existindo um crescimento de fora para dentro da pele, devido à pressão que ocorre ao caminhar.<br><br />
O diagnóstico é baseado na '''observação'''.<br />
<br><br><br />
====Em quem podem surgir?====<br />
----<br />
A infeção pode '''surgir em qualquer pessoa''', independentemente da idade. <br><br />
Contudo, é '''mais comum em crianças''' acima dos 5 anos e '''adolescentes''', que frequentemente andam '''descalços''', partilhando os mesmos espaços, para além de possuírem um sistema imunitário ainda imaturo. <br><br />
Atletas como ginastas, nadadores ou pessoas que usam balneários diariamente, têm uma maior probabilidade de infeção por caminharem descalços nesses locais.<br />
<br><br><br />
====Quais os sintomas e como se apresentam?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Verrugas_02.jpg |right|150px]]<br />
As '''verrugas plantares''' apresentam-se habitualmente de forma plana, por vezes semelhantes a calosidades. No entanto, diferenciam-se destas últimas por estarem rodeadas por um círculo de pele espessa, podendo também conter pequenos pontos escuros no centro. Estas podem ainda apresentar um aspeto avermelhado quando em ferida. <br><br />
Numa fase inicial podem não dar qualquer sintoma, porém, a queixa mais comum é dor intensa ao caminhar, semelhante a “pedras no sapato”.<br />
<br><br><br />
====Como pode surgir a infeção?====<br />
----<br />
O HPV encontra-se em superfícies, sobrevivendo aí durante meses. <br><br />
O contágio poderá ser direto, através de outra verruga, ou indireto, através de meias, sapatos, pisos, toalhas ou equipamentos desportivos. A infeção ocorre vulgarmente em pontos de elevada “pressão” como a região do calcanhar e metatarsos. Essa pressão provoca microtraumas na pele os quais facilitam a entrada do vírus.<br />
<br><br><br />
====Como se pode resolver?====<br />
----<br />
# '''Medidas de conforto gerais''', como mudar o tipo de calçado (calçado confortável) para reduzir a pressão sobre a verruga, ou utilizar pensos adesivos para aliviar a dor ao caminhar.<br />
# '''Tratamento médico''': queratolíticos durante 4 a 6 semanas, por prescrição médica.<br />
# '''Tratamento cirúrgico''': crioterapia, electrocoagulação, excisão ou laser.<br />
<br><br><br />
====Recomendações:====<br />
----<br />
* '''Não partilhar''' toalhas, meias ou sapatos;<br />
* '''Higienizar''' equipamentos desportivos entre cada utilização com soluções alcoólicas;<br />
* '''Usar''' chinelos em áreas públicas (casas de banho, chuveiros);<br />
* '''Evitar contato'''/manipulação de outras verrugas;<br />
* '''Cobrir as verrugas''' para evitar a sua propagação;<br />
* '''Lavar''' as meias entre cada utilização, bem como arejar e lavar os sapatos com regularidade: de modo a promover a eliminação do vírus;<br />
* Realizar''' tratamento''' adequado.<br />
<br><br />
====Prognóstico====<br />
----<br />
As verrugas plantares são '''lesões benignas'''. Sem tratamento, algumas verrugas têm resolução espontânea no prazo de 2 anos. Em adultos podem permanecer por mais tempo e serem também resistentes ao tratamento. Em casos raros, podem evoluir para cancro da pele.<br />
<br><br><br />
===Conclusão ===<br />
----<br />
A verruga plantar é uma infeção na planta do pé que poderá requerer tratamento médico quando dolorosa e necessita de medidas especiais que evitem o contágio de outras pessoas.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.aad.org/public/diseases/a-z/warts-overview Warts: Overview; American Academy Of Dermatology]<br />
* [https://www.atlasdasaude.pt/artigos/verrugas-plantares-sao-contagiosas Atlas da Saúde: Verrugas Plantares]<br />
* [http://www.apmgf.pt/ficheiros/GuiaPraticoSaude.pdf Guia Prático de Saúde. Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria (semFYC) – tradução da APMGF]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Tânia_Caseiro|Tânia Caseiro]] &bull; [[Utilizador:Rita_Ferreira|Rita Ferreira]] &bull; [[Utilizador:Jéssica_Peres|Jéssica Peres]] &bull; [[Utilizador:Pedro_Vieira|Pedro Vieira]] &bull; [[Utilizador:João Arcanjo|João Arcanjo]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Doenças Infecciosas]]<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Projeto_Mascarilha:_a_m%C3%A1scara_na_retoma_das_escolas
Projeto Mascarilha: a máscara na retoma das escolas
2021-05-02T18:51:19Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Amorim; Inês Rodrigues<br />
|Última atualização=2021/05/02<br />
|Palavras-chave=Crianças; Adolescentes; Máscara; COVID-19; SARS-CoV-2.<br />
|Sigla da Doença=A76<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A utilização das máscaras é fundamental para a prevenção da transmissão do vírus SARS-Cov-2 e para o combate à pandemia. Mesmo nas crianças e jovens, onde a infeção apresenta menor gravidade, é muito importante usar a máscara de forma adequada. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Projeto Mascarilha: Utilização da máscara por crianças e jovens===<br />
----<br />
[[file:Mascarilha_3-5.png|right|200px|link=https://drive.google.com/file/d/1xixMcJxURg24aqj3kQKhFbHSEthpwe2e/view?usp=sharing|alt=Alt text|A máscara para crianças dos 3 aos 5 anos]]<br />
A '''COVID-19''' é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-Cov-2. '''Transmite-se pessoa a pessoa''' através de gotículas respiratórias que são libertadas no ar expirado, quando '''tosse''', quando '''espirra''', ou simplesmente '''quando respira'''. As máscaras funcionam impedindo que uma pessoa que tenha o vírus o transmita aos outros. Mesmo não tendo sinais de estarmos doentes, podemos já estar infetados e transmitir o vírus aos nossos amigos ou familiares sem querer. <br><br />
Por isso, é muito importante que todas as pessoas usem máscara de forma correta.<br><br />
'''A minha máscara protege-te a ti, e a tua máscara protege-me a mim.''' Assim, ficamos todos mais protegidos e teremos menos probabilidade de ficar doentes.<br><br />
<br />
<br><br><br />
====Quando devo usar a máscara?====<br />
----<br />
[[file:Mascarilha_5-8.png|right|200px|link=https://drive.google.com/file/d/1EBcJsaLn9Q-7D7NKlXSedFqqha3MGc64/view?usp=sharing|alt=Alt text|A máscara para crianças dos 5 aos 8 anos]]<br />
A '''máscara''' deve ser usada quando saímos de casa, principalmente quando vamos para espaços públicos onde se encontram outras pessoas, sobretudo quando são espaços fechados, como as escolas. <br><br />
A sua eficácia depende da correta utilização, sem esquecer a necessidade das outras medidas:<br />
* Manter a '''distância de segurança''' (cerca de 2 metros) de outras pessoas; <br />
* '''Lavar''' frequentemente as mãos; <br />
* Ao espirrar ou tossir devemos '''cobrir a boca e o nariz''' (com o antebraço ou com um lenço de papel), sem tirar a máscara; <br />
* Não devemos ir para a escola se estivermos doentes;<br />
* Quando precisamos de usar lenços, estes devem ser''' descartáveis''' (de papel) e assim que terminarmos de o utilizar devemos deitá-lo ao lixo e lavar as mãos. <br />
<br><br />
====Quando devemos trocar a máscara? ====<br />
----<br />
A máscara deve ser '''trocada a cada seis horas''' ou sempre que estiver húmida ou suja.<br />
<br><br><br />
====O que nunca devemos fazer com a máscara?====<br />
----<br />
[[file:Mascarilha_8-11.png|right|200px|link=https://drive.google.com/file/d/1eXcdia3oUeJPxm_hnzzp3aJ77lBiV3H2/view?usp=sharing|alt=Alt text|A máscara para crianças dos 8 aos 11 anos]]<br />
* Cobrir apenas o nariz; <br />
* Deixar o nariz de fora da máscara; <br />
* Deixar o queixo exposto; <br />
* Apoiar a máscara no pescoço, abaixo do queixo; <br />
* Usar uma máscara muito larga; <br />
* Transportar a máscara pendurada no braço; <br />
* Transportar a máscara pendurada apenas numa orelha; <br />
* Tocar na parte da frente da máscara; <br />
* Guardar a máscara desprotegida.<br />
<br><br />
====Como devo colocar a máscara?====<br />
----<br />
[[file:Mascarilha_12+.png|right|200px|link=https://drive.google.com/file/d/1Efqs6C6t0idy7lj1zD2iLT1udeS17h9h/view?usp=sharing|alt=Alt text|A máscara para adolescentes]]<br />
'''Usar bem a máscara é muito importante''' para que seja eficaz. Devemos seguir os seguintes passos para colocar a máscara:<br />
# Lavar bem as mãos antes;<br />
# Observar a máscara e não usar se estiver suja, rasgada ou estragada;<br />
# Ver a posição correta (geralmente há um arame, elástico ou reforço na parte de cima da máscara, na zona do nariz) e, habitualmente, o lado colorido é virado para fora. <br />
# Pegar na máscara pelos atilhos ou elásticos;<br />
# Tapar sempre a boca, o nariz e o queixo;<br />
# Ajustar bem a máscara à cara, para que não haja espaços laterais.<br />
Quando já temos a máscara colocada, não a devemos tirar para falar, tossir ou espirrar. <br><br />
Além disso, devemos ter o cuidado de não tocar nos olhos, na cara ou na máscara e, se por algum motivo tocarmos, devemos lavar as mãos logo a seguir.<br><br />
Lembra-te: '''a máscara pertence apenas a uma pessoa'''. Não devemos partilhar ou trocar de máscara com ninguém, mesmo que sejam nossos amigos ou familiares.<br />
<br><br><br />
====Quando e como devo retirar a máscara?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Lavagem_das_mãos.jpg|right|200px|right|link=https://drive.google.com/file/d/1TjUJicuTorKVyXizsoBIXalgcyVEcrQ_/view?usp=sharing|alt=Alt text|Lavagem das mãos]]<br />
Pode haver a necessidade de retirarmos a nossa máscara como, por exemplo, quando vamos almoçar ou lanchar. Devemos seguir alguns passos simples para o fazermos em '''segurança''':<br />
* Lavar bem as mãos antes de tirar a máscara;<br />
* Pegar na máscara pelos atilhos ou elásticos e afastá-la da nossa cara;<br />
* Guardar a máscara num local fechado, limpo e seco (por exemplo, um envelope);<br />
* Lavar novamente as mãos.<br />
Atenção: Algumas máscaras são descartáveis e, por isso, só as devemos usar uma vez e, de seguida, devemos deitá-las no lixo. <br />
<br><br><br />
====Por que é que tenho de lavar as mãos e como devo lavá-las?====<br />
----<br />
As nossas mãos tocam em muitos objetos e superfícies. Esses objetos e superfícies podem estar contaminados com vírus e bactérias. Por isso, quando mexemos em muitas coisas e depois levamos as nossas mãos à cara, olhos e boca, podemos estar a dar a esses vírus e bactérias uma forma de entrarem no nosso corpo, o que depois pode levar a que fiquemos doentes. <br><br />
É muito importante que as nossas mãos sejam lavadas frequentemente e de forma correta.<br><br />
Para lavarmos as mãos devemos usar água e sabão ou, em alternativa, podemos utilizar uma solução à base de álcool).<br><br />
Para '''lavares as mãos corretamente''' segue os seguintes passos: <br />
# Molha as mãos com água; <br />
# Coloca o sabão; <br />
# Esfrega as palmas das mãos uma na outra, com os dedos esticados; <br />
# Esfrega as palmas das mãos com os dedos entrelaçados; <br />
# Esfrega a palma da mão direita sobre o dorso da mão esquerda com os dedos entrelaçados e depois repete o movimento esfregando a palma da mão esquerda no dorso da mão direita; <br />
# Esfrega a parte de trás dos dedos nas palmas opostas com os dedos entrelaçados;<br />
# Esfrega o polegar esquerdo em sentido rotativo, entrelaçado na palma da mão direita e depois repete para a outra mão;<br />
# Esfrega rotativamente a ponta dos dedos da mão direita na palma da mão esquerda e repete o procedimento com a outra mão;<br />
# Esfrega o punho esquerdo com a mão direita e repete o mesmo para o punho direito;<br />
# Passa novamente as mãos por água;<br />
# Seca as mãos com um toalhete descartável e depois coloca-o no lixo. <br />
Lavar corretamente as mãos deve demorar pelo menos 20 segundos. Um truque para demorar o tempo adequado é cantar a música “Parabéns” enquanto lavas as mãos.<br />
<br><br><br />
====E nas aulas de educação física, devo usar máscara?====<br />
----<br />
Apesar de não existir uma contraindicação formal à utilização da máscara, não é prático fazê-lo durante as '''aulas de educação física''' ou durante a '''prática desportiva'''.<br><br />
Devemos usá-la até a aula começar e voltar a colocá-la no final da atividade física, e respeitar a distância de segurança entre todos (2 metros), bem como as indicações dadas pelo professor.<br><br><br />
====Também devo usar a máscara na cantina?====<br />
----<br />
A cantina é o local onde nós vamos para almoçar. <br><br />
Na cantina, enquanto estamos a circular, devemos '''usar sempre a nossa máscara'''. Nunca nos podemos esquecer que devemos lavar sempre as mãos à entrada e à saída da cantina, de preferência com água e sabão. <br><br />
Depois, enquanto esperamos na fila, devemos manter sempre a distância de segurança dos restantes colegas (2 metros). Devemos cumprir as regras de distanciamento, mesmo quando nos sentamos à mesa (2 metros dos restantes colegas ou cumprir as regras dos lugares marcados).<br><br />
Quando já estivermos sentados na cadeira e prontos para começar a refeição, então podemos retirar a máscara, e guardá-la num local seguro (limpo, seco e de preferência fechado). <br><br />
Quando terminarmos de comer, devemos voltar a colocar a nossa máscara de imediato.<br><br />
Não esquecer que não devemos partilhar alimentos, pratos, talheres, copos ou guardanapos com outras pessoas.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A máscara utilizada de forma adequada é eficaz na prevenção da propagação da infeção pelo vírus SARS-Cov2 e as crianças e jovens devem saber como usá-la. <br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-public/when-and-how-to-use-masks World Health Organization. 2020. How to use masks]<br />
* [https://www.ecdc.europa.eu/en/publications-data/using-face-masks-community-reducing-covid-19-transmission European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC). 2020. Using face masks in the community]<br />
<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Ana_Amorim|Ana Amorim]] &bull; [[Utilizador:Inês_Rodrigues|Inês Rodrigues]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria:Doenças Respiratórias]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/O_que_s%C3%A3o_os_tiques
O que são os tiques
2021-02-27T00:56:35Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Sofia Pires; Ana Vera Costa; Sara Pinto; Marta Vila-Real; Fátima Santos<br />
|Última atualização=2021/02/26<br />
|Palavras-chave=Tiques; criança; criança (pré-escolar); adolescente<br />
|Sigla da Doença=P10<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
Os tiques são comuns nas crianças em qualquer fase do desenvolvimento. Existem múltiplos tipos de tiques diferentes e uma criança pode ter uma expressão variada no que toca a localização, frequência e intensidade ao longo da vida.<br><br />
No tratamento é importante interromper o ciclo de recriminação e culpabilidade que conduz ao agravamento do sintoma e aparecimento de problemas emocionais e comportamentais consequentes. O controlo dos tiques está além do controlo da criança e os movimentos disruptivos não são propositados. <br><br />
Algumas crianças deverão ser alvo de tratamento específico, sobretudo se os tiques interferirem significativamente nas atividades normativas do desenvolvimento ou se estiverem na origem de problemas emocionais, relacionais e sociais. O tratamento farmacológico deverá ser ponderado de acordo com as necessidades individuais e quando a intensidade e frequência dos sintomas assim o justificam.<br />
|}<br />
<br><br><br />
=== O que são os tiques===<br />
----<br />
'''Tiques''' são uma entidade benigna, caracterizada por movimentos breves, repentinos, inoportunos e não voluntários, irresistíveis, sem finalidade aparente e que envolvem qualquer grupo muscular do corpo. <br><br />
Tanto podem ser '''vocais''' como '''motores'''. <br><br />
Por vezes os tiques podem parecer voluntários e propositados, como por exemplo, o uso de gestos obscenos ('''copropraxia'''), ou a imitação de gestos de terceiros ('''ecopraxia'''). Podem ter um elemento '''auto-lesivo''' (em 5% dos casos). <br><br />
Alguns tiques vocais incluem o uso de sílabas, palavras ou frases; podem ser a repetição dos próprios sons ou linguagem ('''palilália'''), dos sons ou palavras de terceiros ('''ecolália''') ou uso de linguagem obscena, calúnias religiosas, racistas ('''coprolália'''). A coprolália, distingue-se do insulto propositado, por ser abrupta, e lhe faltar a acentuação observada nas interações insultuosas. <br><br />
<br><br />
A sua manifestação varia ao longo do tempo em termos de frequência, intensidade, localização e tipo de expressão. <br><br />
Com o aumento da idade, as crianças começam a reportar sensações (pressão, comichão, irritação, energia) que anunciam a ocorrência eminente de concretização do tique; ocorrendo alívio da tensão após a sua realização.<br><br />
A sua apresentação pode variar de formas discretas a formas incapacitantes, dolorosas, humilhantes, com prejuízo na relação com os pares, na relação cuidador-criança e diminuição da qualidade de vida. <br><br />
Pode ser associada frequentemente a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, a Perturbação Obsessivo Compulsiva, perturbações emocionais como Ansiedade e Depressão. <br><br />
Circunstâncias específicas estão associadas a variação do sintoma. Estados emocionais de medo, stress, tensão, variações térmicas e excesso de estímulos externos podem levar a um aumento de frequência e intensidade. Distrações e ocupações que exijam concentração reduzem a expressão do sintoma.<br />
<br><br><br />
====Causa====<br />
----<br />
Os '''tiques''' podem ser primários (sem causa estabelecida) ou secundários (quando aparecem no contexto de uma outra doença).<br><br />
O aparecimento do sintoma está ligado a um desequilíbrio dos neurotransmissores das vias cerebrais que controlam os movimentos. Parece existir uma interação entre fatores genéticos, psicológicos e sociais.<br />
<br><br><br />
====Epidemiologia, curso e prognóstico====<br />
----<br />
Os '''tiques''' afetam 3 a 12% das crianças em qualquer fase do seu desenvolvimento.<br><br />
O pico de intensidade ocorre geralmente entre os 10 e os 12 anos. A maior parte das vezes, o sintoma é autolimitado e a sua expressão diminui com o crescimento tanto em termos de frequência como de severidade, desaparecendo ao longo do primeiro ano.<br><br />
<br><br><br />
====Diagnóstico====<br />
----<br />
O diagnóstico baseia-se na '''observação direta''' dos tiques. As gravações em vídeo podem ser importantes para ajudar a definir os padrões. <br />
<br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
A abordagem chave nestes casos centra-se na '''compreensão e aceitação do sintoma''', uma vez que este está para além do controlo da criança. É fundamental desfocar do sintoma. A crítica, a recriminação, a punição e comentários do género “já estás a ter outro tique” ou “está quieto” não ajudam a controlar os tiques e podem contribuir para problemas emocionais e aumentar o stress.<br><br />
Quando há '''interferência significativa''' nas rotinas escolares, familiares, sociais e relacionadas com o desenvolvimento (por exemplo vitimização, isolamento, conflitos interpessoais, alteração da performance académica, alteração da qualidade do sono), desconforto (lesões físicas, dor) poderá ser proposto um tratamento específico de acordo com as características individuais e necessidades da criança e família, assim como disponibilidade local. O tratamento farmacológico é puramente sintomático, devendo usar-se apenas quando a intensidade e frequência dos sintomas assim o justificam. Com o tratamento não é expectável a supressão dos tiques, mas a minimização do seu impacto.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Tiques são frequentes nas crianças. São movimentos involuntários, não controlados, não propositados e geralmente transitórios. É importante avaliar a necessidade de tratamento farmacológico segundo o seu impacto no desenvolvimento da criança e a interferência a nível emocional, relacional e social.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.aacap.org/aacap/families_and_youth/facts_for_families/fff-guide/Tic-Disorders-035.aspxAmerican Academy of Child and Adolescent Psychiatry. Tic Disorders. July 2017]<br />
* [https://www.healthychildren.org/English/health-issues/conditions/emotional-problems/Pages/Tics-Tourette-Syndrome-and-OCD.aspx American academy of Pediatric. Healthy Children. Powered by pediatricians. Trusted by parents]<br />
* [https://www.cdc.gov/ncbddd/tourette/families.html CDCs on Tourette Syndrome] <br />
* [https://tourette.org/ The Tourette Association of America (formerly known as the Tourette Syndrome Association)]<br />
* [https://neuropediatria.pt/index.php/pt/para-os-pais/tiques-na-crianca Sociedade Portuguesa de Neuropediatria]<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Ana_Sofia_Pires|Ana Sofia Pires]] &bull; [[Utilizador:Ana_Vera_Costa|Ana Vera Costa]] &bull; [[Utilizador:Sara_Pinto|Sara Pinto]] &bull; [[Utilizador:Marta_Vila-Real|Marta Vila-Real]] &bull; [[Utilizador:Fátima_Santos|Fátima Santos]] </div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria: Saúde da criança]]<br />
[[Categoria: Saúde mental]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/A_dieta_mediterr%C3%A2nica
A dieta mediterrânica
2021-01-17T17:20:46Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Alexandra Dias, Cláudia Pinto, Daniel Lopes, Filipe Pinto, Inês Lourenço, João Almeida, Maria Raquel Sargo, Mariana Castanheiro, Mariana Marques, Mariana...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Alexandra Dias, Cláudia Pinto, Daniel Lopes, Filipe Pinto, Inês Lourenço, João Almeida, Maria Raquel Sargo, Mariana Castanheiro, Mariana Marques, Mariana Bezerra, Mariana Almeida, Nádia Almeida, Pedro Vaz, Raquel Casais<br />
|Última atualização=2021/01/17<br />
|Palavras-chave=Dieta mediterrânica; Alimentação; Prevenção; Azeite<br />
|Sigla da Doença=T05<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
-----<br />
A dieta mediterrânica é um modelo alimentar que deriva da tradição gastronómica da bacia do Mediterrâneo, onde a produção de azeite constitui uma atividade importante do setor primário. O seu sucesso deriva da capacidade de integrar fatores alimentares e nutricionais numa estrutura de hábitos culturais, sociais, históricos e económicos, potenciadores de efeitos benéficos sobre a saúde, com reflexo positivo na prevenção de doenças cardiovasculares, metabólicas, neurodegenerativas e algumas formas de cancro.<br><br />
Baseia-se numa ingestão predominante de alimentos de origem vegetal como cereais, legumes e frutas, complementados pelo azeite, sementes e frutos secos, e por uma ingestão menor de proteína animal, onde a preferência é dada ao peixe fresco e aos laticínios. Uma boa ingestão hídrica, onde o vinho, consumido de forma moderada, ocupa um lugar importante, e a prática regular de atividade física completam a recomendação. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===A dieta mediterrânica===<br />
----<br />
<br />
====O que é a dieta mediterrânica====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >afEkDa1DOkk|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====Dieta mediterrância e prevenção de doenças====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >0gTpJEVC_hw|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====As refeições====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >NlcMH57cMPg|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====O pequeno-almoço====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >2CdpM_7C6Fw|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====O lanche====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >29HCK1Zvseo|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====A refeição principal====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >00QuJN6mUg4|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====A importância das fibras====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >asdQvfX59ek|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====As nozes e os frutos secos====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >auNGTATMUxU|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
Veja mais em [[Dieta Mediterrânica|Dieta Mediterrâncica]]<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A dieta mediterrânica é uma opção de vida que junta os benefícios de uma alimentação saudável com os da prática regular de atividade física, integrados num ambiente sociocultural potenciador de benefícios na saúde. <br><br />
'''''A escolha é sua. Escolha a saúde!'''''<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://insanemedicine.com/wp-content/uploads/2016/04/Mediterranean-diet-pyramid-today.-Science-and-cultural-updates.pdf Bach-Faig A et al. Mediterranean diet pyramid today. Science and cultural updates. Public health nutrition. 2011 Dec;14(12A):2274-84]<br />
* [http://dietamediterranea.com/ Fundación Dieta Mediterránea]<br />
* [http://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp/wp-content/files_mf/1444921236ebookdietamediterranicaapncopia.pdf DGS - Dieta Mediterrânica um padrão de alimentação saudável]<br />
* [http://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/nutrition-and-healthy-eating/in-depth/mediterranean-diet/art-20047801 Mediterranean diet: A heart-healthy eating plan. Mayo Clinic, USA]<br />
* [http://www.nhs.uk/Livewell/Goodfood/Pages/what-is-a-Mediterranean-diet.aspx What is a Mediterranean diet? – NHS choices, UK]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria:Doenças cardiovasculares]]<br />
[[Categoria:Doenças endócrinas]]<br />
[[Categoria:Geriatria]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Queratose_act%C3%ADnica
Queratose actínica
2021-01-12T11:45:40Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Tatiana Bastos, Sara Moniz, Ana Rita Macedo, Ana Sofia Marafona, Márcio Carvalhosa<br />
|Última atualização=2021/01/12<br />
|Palavras-chave=Queratose actínica, pele, exposição solar<br />
|Sigla da Doença=S80<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''queratose actínica''' é das lesões mais frequentes encontradas na pele, maioritariamente despoletadas pela exposição prolongada, repetida e desprotegida à radiação ultravioleta. As primeiras lesões cutâneas frequentemente são de pequenas dimensões com características rugosas e com a progressão temporal têm capacidade de aumentar o seu volume e alteração da coloração. O tratamento pode variar consoante a localização, tipo e extensão da lesão, bem como existência de sinais que sugiram malignidade da lesão. A melhor forma de prevenir o seu aparecimento incide na diminuição frequente e diária de exposição solar, adicionalmente uso de protetor solar com fator de proteção elevado, bem como utilização de chapéu, óculos e roupa adequada.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Queratose actínica===<br />
----<br />
A '''queratose actínica''', muitas vezes referida como '''queratose solar''', é uma doença cutânea causada pela exposição prolongada e repetida à radiação ultravioleta. <br><br />
É uma das lesões da pele mais frequentes e aparece sobretudo em áreas da pele com exposição solar prolongada e desprotegida como o couro cabeludo (sobretudo nos calvos), face, pescoço, decote, dorso das mãos, antebraços e pernas. <br />
<br><br><br />
====Quais as causas e os fatores de risco para o seu aparecimento?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: SolarAcanthosis.jpg|300px|right]]<br />
A '''exposição solar crónica''' é a principal causa do aparecimento de lesões típicas de queratose actínica. A radiação ultravioleta proveniente de fontes artificiais, tais como solários, pode trazer alterações cutâneas ainda mais nefastas, não sendo recomendado a utilização desta forma de radiação sem vigilância e acompanhamento médico especializado.<br><br />
Existem fatores de risco importantes para o desenvolvimento destas lesões:<br />
* Ter mais de 40 anos de idade;<br />
* Viver em locais com muitas horas de exposição solar;<br />
* Ter fotótipos de pele e olhos de cor clara, cabelo loiro ou ruivo;<br />
* Tendência para o aparecimento de sardas ou queimaduras solares após exposição solar;<br />
* Ter atividades profissionais ao ar livre;<br />
* Apresentar história pessoal de exposição solar intensa ou frequente, queimaduras solares ou outras queimaduras e realização de tratamentos como a radioterapia ou fármacos imunossupressores. <br />
<br><br />
====Como reconhecer uma queratose actínica?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Actinic_keratosis_on_balding_head.jpg|300px|right]]<br />
O aparecimento das primeiras lesões cutâneas pode ser reconhecido apenas pelo toque e não pela visão, dado serem de pequenas dimensões (<2cm), mas com sensação tátil rugosa e áspera. <br><br />
Com a evolução temporal da lesão, tendem a aparecer manchas mais volumosas, com mais rugosidade e por vezes descamativas, com cerca de 2 cm de diâmetro, com cor variável entre rosa, vermelho e castanho. <br><br />
Ocasionalmente pode ocorrer prurido, ardor ou outros sinais inflamatórios na zona afetada. <br />
<br><br><br />
====Como Diagnosticar?====<br />
----<br />
A simples observação das lesões permite o diagnóstico. Na dúvida poderá ser necessária uma biópsia da pele. <br><br />
A regra dos '''“5R + R”''' permite a avaliação da gravidade das lesões observadas: '''Ruborizadas''', '''Rugosas''', '''Recorrentes''', em '''Regiões expostas''' e a existência de '''Radiação solar''' repetida e prolongada. O último '''“R”''' que é o que nos leva a querer fazer um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, corresponde a '''Risco de evolução'''. <br />
<br><br><br />
====Qual o Tratamento?====<br />
----<br />
A maioria dos doentes apresenta várias lesões com diferente espessura e tamanho, havendo necessidade de tratar cada uma individualmente.<br><br />
Na remoção destas lesões podem ser utilizados vários tratamentos, que podem incluir:<br />
* Colocação de cremes e géis: são aplicados diariamente durante várias semanas e causam a morte de células cutâneas anormais.<br />
* Congelamento com nitrogénio líquido (crioterapia): provoca a descamação das áreas da pele afetadas. <br />
* Curetagem (raspagem): consiste em raspar a superfície da pele com uma curete, realizado sob anestesia local. <br />
* Excisão: remoção do fragmento de pele.<br />
* Terapia fotodinâmica: colocado creme que é ativado pela radiação e elimina células anómalas;<br />
* Terapia laser: raio laser que remove as placas anormais da pele;<br />
* Dermabrasão: usados instrumentos abrasivos para remover placas anormais da pele;<br />
* Descamação química: aplicado líquido corrosivo na pele removendo as manchas anormais. <br />
<br><br />
====Qual é o prognóstico?====<br />
----<br />
As queratoses actínicas que são tratadas adequadamente, por norma, '''desaparecem'''. É usual o aparecimento de novas manchas que necessitam de tratamento adicional. <br><br />
Quando não tratadas, as lesões de queratose actínica podem evoluir para '''[[Cancro da pele|cancro da pele]]'''.<br />
<br><br><br />
====O que fazer para prevenir?====<br />
----<br />
A melhor maneira de prevenir a queratose actínica é utilizar uma '''proteção solar alta e adequada''' como parte da rotina de cuidados diários. Adicionalmente:<br />
* '''Evitar exposição solar''' nas horas de maior calor e exposição;<br />
* '''Cobrir as partes mais expostas''' do corpo com roupas, chapéu e óculos de sol;<br />
* '''Observar''' regularmente a própria '''pele''', procurando alterações suspeitas;<br />
* Estar especialmente atento quando existe '''história pessoal ou familiar''' de cancro da pele ou exposição solar crónica.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
É fundamental a observação frequente da pele, bem como a monitorização de novas lesões, pois o diagnóstico precoce desta patologia é essencial para evitar a sua progressão para cancro da pele.<br />
<br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.spdv.pt/_doencas_de_peleSociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia. Doenças da Pele]<br />
* [https://cancerdepiel.org/cancer-de-piel/queratosis-actinicas Skin Cancer Fondation]<br />
* [https://www.aad.org/public/diseases/skin-cancer/actinic-keratosis-treatmentAmerican Academy of Dermatology / Associeation.Actinic Keratosis]<br />
* [http://www.apcancrocutaneo.pt/Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo ]<br />
<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<br />
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[[Utilizador:Tatiana_Bastos|Tatiana Bastos]] &bull; [[Utilizador:Sara_Moniz|Sara Moniz]] &bull; [[Utilizador:Ana_Rita_Macedo|Ana Rita Macedo]] &bull; [[Utilizador:Ana_Sofia_Marafona|Ana Sofia Marafona]] &bull; [[Utilizador:Márcio_Carvalhosa|Márcio Carvalhosa]] </div> <br />
<br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Cancro]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Ortorexia_nervosa
Ortorexia nervosa
2021-01-12T09:24:08Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ana Luísa Vale, Alexandra Ponte, Benedita Cruz, Daniela Soberano, Dinis Baltazar, Inês Santos, Joana Ramos, Luísa Fernandes, Mariana Almeida, Miguel Ferna...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Luísa Vale, Alexandra Ponte, Benedita Cruz, Daniela Soberano, Dinis Baltazar, Inês Santos, Joana Ramos, Luísa Fernandes, Mariana Almeida, Miguel Fernandes, Nélson Freitas, Pedro Serrano, Tiago Almeida<br />
|Última atualização=2021/01/12<br />
|Palavras-chave=ortorexia nervosa, medicina preventiva, alimentação, redes sociais<br />
|Sigla da Doença=P86<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''ortorexia nervosa''' refere-se a um conjunto de atitudes e de comportamentos relacionados com a tentativa de o indivíduo apenas ingerir alimentos “saudáveis” e “puros”, tendo como motivação a obtenção de um corpo e mente livres de impurezas. O que, à partida, não terá problema de maior e poderá até parecer saudável, pode transformar-se num exagero e afetar de forma significativa o bem-estar e a saúde física, psicológica e social destas pessoas.<br><br />
É um problema crescente tanto em número de afetados como na gravidade da apresentação. Embora ainda não seja considerada uma perturbação do comportamento alimentar, tem merecido a atenção da investigação médica pelas suas possíveis consequências para a saúde. O acompanhamento nutricional e a psicoterapia poderão estar indicados na orientação deste problema. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Ortorexia nervosa===<br />
----<br />
A '''ortorexia nervosa''' é um conceito médico relativamente recente (1996), que refere um conjunto de atitudes e de comportamentos relacionados com a tentativa de o indivíduo apenas ingerir alimentos “saudáveis” e “puros”, podendo constituir uma obsessão patológica.<br><br />
Oficialmente, a ortorexia nervosa ainda não é considerada uma perturbação do comportamento alimentar. Não obstante, é um problema de saúde com crescente relevância na comunidade médica. Os riscos deste padrão de comportamento alimentar decorrem da subjetividade do conceito de “saudável”. Não há limites bem definidos para o que é um estilo de vida saudável seja na alimentação, na prática de atividade física ou noutros comportamentos, pelo que o que uns consideram saudável pode de facto ser desadequado ou mesmo um exagero. <br><br />
Trata-se de um problema ainda mal conhecido, sem uma estimativa real da prevalência na população, parecendo ser mais frequente no sexo feminino.<br />
<br><br><br />
<br />
====Qual é o comportamento caraterístico?====<br />
----<br />
As atitudes e os comportamentos destes indivíduos têm como propósito a '''obtenção de um corpo saudável''' e “libertar o corpo e a mente de impurezas”.<br><br />
O padrão de comportamento caracteriza-se pelo planeamento rigoroso das refeições, adotando escolhas restritas baseadas na composição e nas qualidades dos alimentos, excluindo os que consideram nefastos para a saúde. As preocupações de pessoas com ortorexia nervosa podem estender-se à forma de preparação dos alimentos e motivar a ingestão exclusiva de alimentos confecionados pelo próprio. <br />
<br><br><br />
====Como distinguir ortorexia de anorexia? ====<br />
----<br />
Tanto na ortorexia como na anorexia existe uma alteração do padrão alimentar derivada de uma obsessão. '''A diferença está na causa desta obsessão'''.<br><br />
Na anorexia, existe uma perceção distorcida do próprio corpo, evitando os alimentos de forma a diminuir o peso que se encontra sempre alterado na sua própria perceção. Na ortorexia, há uma busca incessante por um padrão alimentar que o próprio considera de excelência, uma dieta natural e pura, capaz de evitar a doença e promover a saúde. Trata-se de uma obsessão pela qualidade e não pela quantidade como na anorexia. <br><br><br />
====Qual a influência das redes sociais na ortorexia nervosa?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Fitness-3168246_1280.jpg|300px|right]]<br />
As '''redes sociais''' possibilitam a discussão e a partilha de informações de fontes que não estão muitas vezes validadas do ponto de vista científico. Há demasiados erros na informação o que tem a ver com a falta de sistemas de verificação da informação presente nas redes, pela utilização de uma linguagem pouco clara e pelo enviesamento da mensagem com fins comerciais e publicitários. <br><br />
A alimentação não é exceção a este fenómeno. <br><br />
Há muitas páginas dedicadas aos mais variados tipos de “alimentação saudável” e muitos influencers que partilham os seus próprios hábitos alimentares como se de padrões se tratassem. Toma-se a parte pelo todo e a experiência pessoal sobrepõe-se a um estudo válido e estruturado, demasiadas vezes sem uma base credível. No entanto, as recomendações encontradas nestas páginas são adotadas por um amplo conjunto de pessoas que os têm como referência, sem qualquer espírito crítico, muitas vezes com riscos para a saúde significativamente superiores aos propagados benefícios.<br><br />
Os jovens são particularmente vulneráveis ao previamente referido, sendo, portanto, considerados um grupo de risco para a ortorexia nervosa.<br><br><br />
====Quando suspeitar de Ortorexia Nervosa?====<br />
----<br />
Segundo ''Bratman'', investigador que identificou ortorexia nervosa pela primeira vez, a ortorexia nervosa está associada a:<br />
* Sentir que a dieta é principal preocupação;<br />
* Planear as refeições com mais de 24h de antecedência;<br />
* Recusar fazer refeições fora de casa e isolar-se às refeições;<br />
* Eliminar cada vez mais alimentos da dieta, tendo em vista a melhoraria da saúde;<br />
* Sentir-se com mais autoestima, ou superior às outras pessoas, devido a alimentação adotada.<br />
<br><br />
====Possíveis Consequências====<br />
----<br />
* Alocação de tempo excessivo para a preocupação e/ou obsessão com a alimentação;<br />
* Perturbação da vida social, por privação de refeições em contextos que não sejam considerados adequados ou ideais;<br />
* Sofrimento psicológico;<br />
* Défices nutricionais – perda ponderal excessiva, alterações hormonais, anemia, alterações dos ciclos menstruais, queda de cabelo, morte (casos extremos). <br />
<br><br />
====Abordagem e tratamento====<br />
----<br />
Sempre que suspeite de ortorexia nervosa deverá ser procurado apoio médico.<br><br />
A estratégia de tratamento pode incluir:<br />
* Acompanhamento nutricional, para adoção de um padrão alimentar efetivamente saudável;<br />
* Acompanhamento psicológico, de modo a integrar e orientar os possíveis fatores emocionais, cognitivos e comportamentais subjacentes e/ou concomitantes;<br />
* Correção de problemas de saúde físicos decorrentes, nomeadamente correção de défices nutricionais.<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Num tempo moldado pela imagem, a busca de uma dieta de excelência em obter um corpo “saudável” e puro torna-se uma obsessão. A ortorexia nervosa é uma perturbação do comportamento alimentar causadora de sofrimento e mal estar nas pessoas afetadas.<br />
Mais do que idílico estado de completo bem estar, ser saudável é ter a capacidade de se adaptar e interagir de forma mutuamente benéfica com o meio envolvente e isso inclui um padrão alimentar adequado, adaptado às necessidades de cada um e aberto às características locais.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.orthorexia.com Ortorexia: Steven Bratman site]<br />
* [https://www.nationaleatingdisorders.org/learn/by-eatingdisorder/other/orthorexia NEDA, National Eating Disorders Associations]<br />
* [https://link.springer.com/article/10.1007/s40519-017-0364-2 Turner, P.G., Lefevre, C.E. (2017) Instagram use is linked to increased symptoms of orthorexia nervosa. Eat Weight Disord 22, 277-284] <br />
* [https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732011000200015 Martins M et al. (2011). Ortorexia nervosa: reflexões sobre um novo conceito. Revista de Nutrição, 24(2), 345-357]<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Saúde mental]]<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Pitir%C3%ADase_alba
Pitiríase alba
2021-01-02T18:03:29Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Isabel Abreu; Catarina Antunes |Última atualização=2020/12/31 |Palavras-chave=Pitiríase; Terapêutica |Sigla da Doença=S99 }} <br><br> {|border=1 ! st...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Isabel Abreu; Catarina Antunes<br />
|Última atualização=2020/12/31<br />
|Palavras-chave=Pitiríase; Terapêutica<br />
|Sigla da Doença=S99<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A pitiríase alba é uma alteração benigna da pele, comum, que ocorre principalmente em crianças e adultos jovens. Embora a causa seja desconhecida, pensa-se que possa estar relacionado com atopia e inflamação.<br> <br />
A pitiríase alba manifesta-se sob a forma de manchas avermelhadas, rosadas ou da cor da pele (ligeiramente mais claras que a pele envolvente), de forma redonda, oval ou irregular e que, normalmente desaparecem espontaneamente dentro de alguns meses a vários anos.<br><br />
Sendo uma condição benigna não exige tratamento específico. É recomendado o uso de emolientes, que podem acelerar o desaparecimento das lesões. Podem ser usados outros tratamentos, de acordo com a avaliação clínica das lesões. <br />
|}<br />
<br><br><br />
===Pitiríase alba===<br />
----<br />
A '''pitiríase alba''' é uma alteração benigna da pele, comum, que ocorre principalmente em crianças e adultos jovens. <br />
<br><br><br />
====O que é a pitiríase alba?====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Pityriasis-alba-pictures(01).jpg|300px |right]]<br />
A '''pitiríase alba''' aparece como manchas escamosas de cor rosa ou esbranquiçada, por vezes com crostas,que mais tarde deixam áreas pálidas na pele:<br />
* Placas redondas, ovais ou de forma irregular de coloração avermelhada, rosada ou então da cor da pele (ligeiramente mais clara), com margens mal definidas e associadas a descamação fina ou farinácea, conferindo-lhes um aspeto geralmente rugoso e seco; <br />
* Apresentam entre 1 a 4 centímetros de diâmetro;<br />
* Mais comumente variam em número entre 4 ou 5 a 20 ou mais;<br />
* Aparecem mais frequentemente na face (sendo a bochecha um local particularmente comum), pescoço, braços e ombros. As pernas e o tronco estão menos afetados; em aproximadamente metade de todos os pacientes, as lesões são limitadas à face;<br />
* A sua duração pode variar entre vários meses e anos, podendo as lesões aparecer várias vezes ao longo da vida. <br />
Normalmente são mais percetíveis nos meses de verão, quando a pele ao redor fica bronzeada, uma vez que as manchas de pitiríase não se bronzeiam como a pele normal. As manchas claras também são mais visíveis em pessoas com pele mais escura.<br />
<br><br><br />
====Causas====<br />
----<br />
A causa exata da pitiríase alba não é conhecida. Não é uma doença infeciosa nem contagiosa para outras pessoas.<br><br />
É frequentemente considerada uma forma leve de dermatite atópica, um tipo de eczema. As principais teorias defendem que a origem das lesões na '''pitiríase alba''' envolvem alterações atópicas e pós-inflamatórias, apresentando a maioria das pessoas uma história de doença atópica. <br />
<br><br><br />
====Quem corre risco de ter pitiríase alba====<br />
----<br />
A '''pitiríase alba''' é mais comum em crianças, entre 6 e 12 anos, e adolescentes.<br><br />
Aparece frequentemente em crianças que tomam banhos quentes com frequência ou que ficam expostas ao sol sem protetor solar. No entanto, ainda não está definido o papel patogénico destes fatores.<br />
<br><br><br />
====Tratamento====<br />
----<br />
A '''pitiríase alba''' é geralmente '''autolimitada''', desaparecendo espontaneamente dentro de poucos meses a vários anos, pelo que não necessita de nenhum tratamento específico. Apresenta um prognóstico bom com possibilidade de repigmentação completa da pele envolvida. <br><br />
A '''aparência estética''' pode representar um problema e justificar algumas soluções de dermocosmética.<br><br />
O tratamento consiste principalmente em cuidados gerais com a pele, como um creme emoliente suave para reduzir a descamação das lesões, especialmente no rosto. Se indicado, pode ser prescrito um creme anti-inflamatório, contendo um corticosteroide de baixa potência ou o pimecrolimo, que ajuda com a vermelhidão e comichão associados às lesões iniciais e pode acelerar a repigmentação das lesões existentes, tendo em atenção o risco de atrofia da pele quando usado por longos períodos.<br><br />
O risco de queimaduras solares aumenta ligeiramente nas lesões de pitiríase alba, aconselhando-se a utilização regular de um '''protetor solar'''. <br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''pitiríase alba''' apresenta um bom prognóstico, desaparecendo espontaneamente dentro de poucos meses a vários anos. O tratamento pode ser considerado, adaptado a cada caso. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.aafp.org/afp/2017/1215/p797.html Plensdorf S, Livieratos M, Dada N. Pigmentation Disorders: Diagnosis and Management. Am Fam Physician. 2017 Dec 15;96(12):797-804. PMID: 29431372]<br />
* [https://emedicine.medscape.com/article/910770-overview#a1 Pinney SS, et al. Pityriasis Alba. Medscape]<br />
* [https://www.healthline.com/health/pityriasis-alba Pityriasis Alba. Mayo Clinic]<br />
* [https://www.bad.org.uk/shared/get-file.ashx?id=3711&itemtype=document Pityriasis Alba. British Association of Dermatologists]<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Isabel_Abreu|Isabel Abreu]] &bull; [[Utilizador:Catarina_Antunes|Catarina Antunes]] </div> <br />
<br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Uso_correto_dos_m%C3%A9todos_contracetivos_de_barreira
Uso correto dos métodos contracetivos de barreira
2021-01-01T20:04:04Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Diana Pacheco, Raquel Lobo Cardoso<br />
|Última atualização=2020/12/31<br />
|Palavras-chave=Infeções sexualmente transmissíveis, Preservativos, Prevenção, Transmissão, Saúde Sexual<br />
|Sigla da Doença=W14,<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
Os métodos de barreira são os únicos que protegem contra as infeções sexualmente transmissíveis no contexto de uma relação sexual: preservativo masculino e o preservativo feminino, para o sexo vaginal, e anal e oral, e os dental dam (barra de látex) para o sexo oral. <br><br />
O preservativo masculino deve ser colocado no pénis ereto, no início da relação sexual , antes de qualquer contato genital. O preservativo feminino deve ser colocado na vagina, podendo ser inserido até 8 horas antes da relação sexual. Os dental dam colocam-se sobre a vulva ou o ânus antes do sexo oral.<br><br />
A par da abstinência sexual, os métodos de barreira reduzem significativamente o risco de contrair uma infeção quando usados corretamente.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Uso correto dos métodos contracetivos de barreira===<br />
----<br />
As [[Infeções sexualmente transmissíveis|'''infeções sexualmente transmissíveis''']] são infeções que passam de pessoa para pessoa através doa contacto íntimo, incluindo as relações sexuais (vaginal, anal ou oral), especialmente se não protegida s , e constituem um importante problema de saúde pública.<br><br />
Na relação sexual, os únicos métodos contracetivos que protegem contra as infeções são os '''métodos de barreira''': '''preservativo masculino''' e '''preservativo feminino''' para o sexo vaginal, e anal e oral (sempre que os genitais estejam cobertos pelo preservativo) e os '''''dental dam''''' (barra de látex) para o sexo oral (necessários, por exemplo, quando se pratica sexo oral com a mulher, estando a usar um preservativo masculino).<br> <br />
Os '''métodos de barreira''' podem ser utilizados conjuntamente com outros métodos contracetivos para a prevenção de uma gravidez indesejada. Os preservativos já contêm um espermicida que funciona também como lubrificante. A associação com outros espermicidas deve ser evitada pelo risco de ruturas. <br><br />
Quando usados corretamente e consistentemente em todos os contatos sexuais, os métodos de barreira reduzem significativamente o risco de transmissão das infeções sexualmente transmissíveis.<br />
<br><br><br />
====Que cuidados deve ter com os métodos de barreira?====<br />
----<br />
=====O que deve fazer:=====<br />
* Usar em '''todas as relações sexuais''', desde o início do contato sexual até ao fim;<br />
* '''Utilizar um novo''', sempre que houver novo contacto;<br />
* Verificar a embalagem e a '''data de validade''';<br />
* Assegurar que '''não apresentam defeitos''';<br />
* '''Guardar em lugar''' fresco e seco;<br />
* Usar preservativo de '''látex''' ou '''poliuretano''';<br />
* Se necessário, utilizar '''lubrificante à base de água'''.<br />
<br><br />
=====O que NÃO deve fazer:=====<br />
* '''NÃO''' guardar na carteira ou bolso;<br />
* '''NÃO''' adicionar espermicidas ;<br />
* '''NÃO''' usar produtos à base de óleo , como por exemplo, vaselina;<br />
* '''NÃO''' usar mais de um preservativo de cada vez;<br />
* '''NÃO''' usar preservativo masculino juntamente com feminino;<br />
* '''NÃO''' reutilizar;<br />
* '''NÃO''' deitar na sanita.<br />
<br><br />
<br />
====Como usar o preservativo masculino?====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Barreira_preservativo_masculino.jpg|300px|right]]<br />
# Verificar a embalagem unitária e o prazo de validade. Se estiver danificada ou fora da validade, deve rejeitar o preservativo e escolher outro;<br />
# Abrir a embalagem, não utilizando as unhas, os dentes ou objetos cortantes e retirar o preservativo;<br />
# Segurar o preservativo pelo depósito, utilizando dois dedos para extrair o ar. Verificar que a parte a desenrolar está na zona exterior;<br />
# Colocar sobre o pénis ereto mantendo o depósito comprimido e desenrolando até cobrir a totalidade do pénis;<br />
# Depois da ejaculação retirar imediatamente o pénis ainda ereto do parceiro, mantendo o preservativo no sítio, segurando-o firmemente sobre a base do pénis;<br />
# Eliminar o preservativo, dando um nó na sua base assim que seja retirado.<br />
Os preservativos masculinos estão disponíveis para distribuição em muitos Centros de Saúde, nas consultas de Planeamento Familiar e para venda em múltiplos pontos, incluindo supermercados, lojas de conveniência e farmácias.<br />
<br />
<br><br><br />
====Como usar o preservativo feminino?====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Barreira_preservativo_feminino.jpg|300px|right]]<br />
# Abrir e remover o preservativo da embalagem;<br />
# O anel interno espesso e com extremidade fechada é usado para colocar na vagina e mantém o preservativo no local correto. O anel externo fino permanece fora do corpo, cobrindo a abertura vaginal;<br />
# Segurar a extremidade fechada, apertar as laterais do anel interno com o polegar e o indicador, e inserir na vagina. É semelhante a inserir um tampão;<br />
# Usando o dedo, empurrar o anel interno o máximo possível até que encoste no colo do útero. O preservativo expande-se naturalmente e poderá não sentir isso;<br />
# Certificar que o preservativo não está torcido. O anel externo fino deve permanecer fora da vagina;<br />
# Guiar o pénis do parceiro para a abertura do preservativo feminino. Interromper a relação se sentir o pénis deslizar entre o preservativo e as paredes da vagina ou se o anel externo for empurrado para dentro da vagina;<br />
# Para remover, girar suavemente o anel externo e puxar o preservativo feminino para fora da vagina.<br />
Os preservativos femininos estão disponíveis para distribuição em muitos Centros de Saúde, nas consultas de Planeamento Familiar e para venda em múltiplos pontos, incluindo supermercados, lojas de conveniência e farmácias.<br />
<br><br><br />
====Como usar um ''dental dam'' (barra de látex)?====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Barreira_dental_dam.jpg|300px|right]]<br />
Os '''''dental dam''''' são folhas de látex ou poliuretano que se colocam na vulva ou no ânus antes e durante do sexo oral e que funcionam como proteção para o sexo oral. Podem ser comprados nas farmácias.<br />
# Retirar da embalagem<br />
# Colocar sobre a vulva cobrindo a vagina e o ânus<br />
# Colocar no lixo após utilização<br />
<br><br />
[[Ficheiro:Barreira_dental_dam_(rec).jpg|300px|right]]<br />
Se não conseguir encontrar na farmácia, '''podem ser feitos a partir de preservativos''' masculinos: <br />
# Abrir a embalagem, remover o preservativo e desenrolar;<br />
# Cortar a ponta, a parte inferior e um lado do preservativo, permitindo obter uma película; <br />
# Posicionar-se horizontalmente para cobrir a abertura vaginal ou o ânus.<br />
<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Quando usados corretamente e em todos os contatos sexuais, os métodos de barreira reduzem significativamente o risco de IST. É fundamental aprender a utilizar e não assumir que é simples e que todos saberão quando for necessário.<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.apf.pt/infecoes-sexualmente-transmissiveis Infeções Sexualmente Transmissíveis | Associação para o Planeamento da Família. Apf.pt]<br />
* [https://pensapositivo.pt/o-vih/prevenir/o-vih/ Como prevenir o VIH/HIV - #PENSAPOSITIVO™] <br />
* [https://www.cdc.gov/condomeffectiveness CDC. Condom effectiveness]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Diana_Rodrigues_Pacheco|Diana Rodrigues Pacheco]] &bull; [[Utilizador:Raquel_Lobo_Cardoso|Raquel Lobo Cardoso]] </div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Higiene]]<br />
[[Categoria:Infeções sexualmente transmissíveis]]<br />
[[Categoria:Sexualidade e afectos]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Vacina_anti-HPV_no_sexo_masculino
Vacina anti-HPV no sexo masculino
2020-12-31T12:17:38Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Angélica Martins, Alexandra Santiago, Catarina Brito, Cleiton Faife, Cristiana Gonçalves, Emanuel Pinheiro, Joana Carvalho, José Miguel Correia, Mariana Santos, Matilde Ferreira, Rita Finisterra, Rui Campos, Sílvia Costa, Teresa Tavares<br />
|Última atualização=2020/12/31<br />
|Palavras-chave=Papilomavírus humano; Vacina;<br />
|Sigla da Doença=X91<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A vacina contra o papilomavírus humano está aprovada para utilização tanto em mulheres como em homens.<br><br />
Desde 2020, em Portugal, passou a estar incluída no [[Programa Nacional de Vacinação|Programa Nacional de Vacinação]] para ambos os sexos.<br />
|}<br />
<br><br><br />
===Vacina anti-HPV no sexo masculino===<br />
----<br />
O [[Infeção por Papilomavírus Humano|Vírus do Papiloma Humano (HPV)]] é considerado um dos carcinogéneos mais importantes, sendo responsável por diversos cancros, nomeadamente do colo do útero e do pénis. Este vírus transmite-se sobretudo por via sexual e afeta 75-80% da população. Ambos os sexos podem transmiti-lo, mesmo de forma assintomática.<br><br />
Apesar de métodos de barreira serem importantes na prevenção da transmissão do vírus, o meio mais eficaz para combater a infeção é a vacinação. O preservativo, por exemplo, confere uma proteção de 60 a 80%.<br><br />
Inicialmente, a vacina contra o HPV foi recomendadas para administração a raparigas antes do início da atividade sexual, entre os 10 e os 12 anos. Mais tarde, a investigação veio demonstrar a eficácia da vacina até aos 45 anos nas mulheres e aos 26 anos nos homens, o que alterou as recomendações.<br><br />
Desde 1 de outubro de 2020, o [[Programa Nacional de Vacinação|Programa Nacional de Vacinação (PNV)]] alargou a vacinação contra o HPV aos rapazes, sendo administrada aos 10 anos. Todos os jovens até aos 26 anos que não tenham completado o esquema de vacinação, poderão fazê-la gratuitamente nos Centros de Saúde.<br />
<br><br><br />
====HPVaccine====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >FJsOd5ruk4U|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
=== Conclusão ===<br />
----<br />
A infeção por HPV é muito comum nos adolescentes e pode provocar cancro. A prevenção passa pela '''vacinação''' e por alterar comportamentos, se for o caso disso:<br />
<br />
* Utilizar sempre o preservativo<br />
* Diminuir o número de parceiros sexuais<br />
* Iniciar a vida sexual ativa mais tarde na vida<br />
<br><br />
<br />
E não se esqueça de avisar as '''amigas''' e os '''amigos'''!<br />
<br />
<br />
=== Referências Recomendadas ===<br />
----<br />
* [https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0182020-de-27092020-pdf.aspx Programa Nacional de Vacinação 2020]<br />
* [http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/hpv-infection/basics/definition/con-20030343 HPV infection]<br />
* [http://www.cdc.gov/hpv) Human papillomavirus (HPV)]<br />
* [http://www.who.int/immunization/diseases/hpv/en Human papillomavirus (HPV)]<br />
<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria:Vacinação]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/O_uso_de_m%C3%A1scara_na_preven%C3%A7%C3%A3o_da_COVID-19
O uso de máscara na prevenção da COVID-19
2020-12-31T02:54:16Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ana Teixeira, João Bastos, João Silva, Mafalda Silva, Maria João Barbosa, Mariana Caldeira, Mariana Vilela, Marlene Teixeira, Natália Pacheco, Patrícia...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Teixeira, João Bastos, João Silva, Mafalda Silva, Maria João Barbosa, Mariana Caldeira, Mariana Vilela, Marlene Teixeira, Natália Pacheco, Patrícia Malheiro, Tiago Morais<br />
|Última atualização=2020/12/30<br />
|Palavras-chave=Máscara, COVID-19; SARS-CoV-2;<br />
|Sigla da Doença=A76<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
Desde dezembro de 2019 que o mundo atravessa a pandemia Covid-19, alterando os hábitos da população.<br><br />
A evidência científica atual demonstra que o vírus SARS-CoV-2 propaga-se de '''forma direta''' pela dispersão de gotículas respiratórias quando um infetado tosse/espirra ou fala e são captadas por outrem, ou '''indireta''' pelo contacto com objetos ou superfícies contaminados e posterior contacto com olhos, nariz ou boca. <br><br />
O European Centre for Disease Prevention and Control recomenda o uso de máscara para conter a emissão de gotículas respiratórias potencialmente contaminadas e diminuir a sua dispersão.<br><br />
É também fundamental um correto manuseamento da máscara.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O uso de máscara na prevenção da COVID-19===<br />
----<br />
<br />
====A importância do uso da máscara====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >Qpr9DEgV7Wg|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====Que máscara devo utilizar?====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >t4l1pQYIE48|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====Como manusear a máscara?====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >jQXdVQfIcio|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====Como descartar a máscara?====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >NNHGBhhbKDA|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====A máscara altera as trocas gasosas?====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >VWLQPSyrHkA|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====Outras dúvidas frequentes sobre a máscara====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >8m9VuSQCMzs|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
<br />
====Juntos vamos controlar a pandemia COVID-19====<br />
----<br />
<center><br />
<div style="height:400px; align:center;" ><br />
<video type="Youtube" >q8Ijv_wdIjk|600|400</video><br />
</div><br />
</center><br />
<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
As medidas de contenção são fundamentais para lidar com a transmissão do vírus e prevenir a doença.<br><br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 New coronavirus. WHO. 2020]<br />
* [https://www.ecdc.europa.eu/en/novel-coronavirus-china Novel coronavirus in China: European Centre for Disease Prevention and Control]<br />
* [https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-nCoV/index.html 2019 Novel Coronavirus, Wuhan, China. CDC, USA. 2020]<br />
* [https://www.dgs.pt/corona-virus.aspx Coronavirus, DGS, Portugal. 2020]<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria:Doenças Respiratórias]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/O_pequeno_almo%C3%A7o_das_crian%C3%A7as
O pequeno almoço das crianças
2020-12-28T23:00:09Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Ana Moura; Clara Delgado; Diogo Cristino; Jéssica Amorim; Joana Monteiro; João Marques; Lia Costa; Maria Carolina Bastos; Maria Eduarda Raposo; Mariana Con...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Moura; Clara Delgado; Diogo Cristino; Jéssica Amorim; Joana Monteiro; João Marques; Lia Costa; Maria Carolina Bastos; Maria Eduarda Raposo; Mariana Constante; Pedro Machado; Rui Alves; Sara Neto; Tiago Guimarães<br />
|Última atualização=2020/12/27<br />
|Palavras-chave=Pequeno-almoço; Alimentação; Criança<br />
|Sigla da Doença=T04<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O pequeno almoço é a primeira refeição do dia após o jejum prolongado. É uma refeição fundamental na alimentação tanto das crianças como dos adultos.<br><br />
Um pequeno almoço de má qualidade ou mesmo inexistente aumenta o risco de obesidade.<br><br />
Estima-se que existam cerca de 398 000 crianças com obesidade severa na Europa. Em Portugal, o excesso de peso atinge cerca de 30% das crianças e a obesidade 12%. A obesidade infantil está associada a um maior risco de obesidade, incapacidade e morte prematura no adulto, além de estar associado a maior probabilidade de dificuldade respiratória, fraturas, e hipertensão na criança, entre outros.<br><br />
Um pequeno-almoço equilibrado está associado a um estilo de vida saudável, garantindo um consumo regrado de macro e micronutrientes e melhora a capacidade para uma atividade física regular.<br><br />
Infelizmente, nem sempre se faz um bom pequeno-almoço pela modificação dos hábitos alimentares das crianças, com maior consumo de produtos açucarados e diminuição da fruta.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Children’s breakfast – Break<small> bad habits </small>fast===<br />
----<br />
A '''promoção de hábitos alimentares saudáveis''' no pequeno-almoço das crianças com uma correta seleção dos alimentos é essencial para mais e melhor saúde, aumento do rendimento escolar, maior capacidade para a atividade física, e menor probabilidade de ocorrência de excesso de peso e obesidade, bem como as suas consequências.<br />
<br><br><br />
====O que deve incluir um pequeno almoço equilibrado, variado e completo?====<br />
----<br />
Um '''pequeno-almoço saudável''' deve assegurar que as crianças recebem uma variedade de nutrientes e fibras. Inclui quatro grupos específicos da roda dos alimentos:<br />
[[Ficheiro: Roda dos alimentos.png|right|300px]]<br />
* '''Lacticínios''': contar com a presença de leite, iogurte ou queijo, por exemplo, de modo a obter os elementos necessários a um bom funcionamento do organismo, como cálcio, vitaminas e proteínas. É importante realçar que deve ser evitada a adição de açúcares e produtos açucarados como acompanhamento.<br />
* '''Fruta''': preferencialmente fresca e da época ou sumo de fruta natural para obtenção de vitaminas, minerais e fibras.<br />
* '''Cereais e derivados''': como pão e cereais integrais, sendo importante evitar o excesso de sal. Este grupo é essencial na medida em que fornece, para além do que foi referido anteriormente, hidratos de carbono.<br />
* '''Água'''.<br />
<br />
Adicionalmente, a Federação Internacional da Diabetes (IDF) desaconselha a ingestão de bebidas açucaradas, produtos de pastelaria, cereais açucarados, leite achocolatado, iogurtes açucarados, alimentos fritos e gordurosos (como ovos mexidos e bacon) e produtos doces para acompanhamento (geleias, chocolate para barrar e mel). Estes produtos, para além de apresentarem uma densidade calórica muito elevada, provocam uma falsa sensação de saciedade imediata, uma vez que são produtos de absorção rápida, mas que desaparece rapidamente, levando a um aumento da ingestão total de alimentos.<br><br />
Nas pessoas com intolerâncias alimentares (lactose, glúten ou outras), mantêm-se o princípio, mas substituem-se os alimentos por outros do mesmo grupo, como os leites vegetais (soja, por exemplo) em vez do leite de vaca, ou os produtos de milho, em vez do trigo. Muitas vezes não é fácil e pode ajudar um apoio profissional especializado, para manter o equilíbrio nutricional.<br />
<br><br><br />
====Quais as vantagens de um pequeno-almoço completo nas crianças?====<br />
----<br />
Um pequeno almoço equilibrado apresenta inúmeros benefícios, como o aumento de energia, uma dentição saudável e a melhoria da capacidade de concentração, memorização e raciocínio. Para além disso, contribui para o reforço do sistema imunológico (tornando mais eficiente a prevenção de doenças), para o fortalecimento muscular (consequência das proteínas ingeridas) e para um peso equilibrado, estável e saudável.<br><br><br />
<br />
====Constrangimentos para um pequeno-almoço saudável====<br />
----<br />
[[Ficheiro: breakfast.jpg|300px|right]]<br />
Esta refeição é muito influenciada pela '''pressão dos horários''', sendo muitas vezes negligenciada ou mesmo eliminada. Um planeamento prévio por forma a criar a rotina e ser possível cumprir horários pode facilitar. Para além disso, é essencial que os pais mostrem às crianças a importância desta refeição e evitem que os seus filhos vão para a escola sem a toma do pequeno-almoço.<br><br><br />
O '''bom exemplo parental''' é fundamental. Como queremos que as crianças percebam a importância se os seus pais a não demonstram? É importante verificar atentamente e todos os dias a toma do pequeno-almoço e, se possível, fazer desta uma refeição em família, num ambiente calmo e descontraído, num momento de convívio em casa, ainda que seja necessário levantar um pouco mais cedo.<br><br><br />
A '''falta de tempo''' leva também a que, cada vez mais, o pequeno-almoço seja consumido nos meios de transporte durante a deslocação para a escola ou para o emprego, diminuindo significativamente a qualidade e seleção dos alimentos ingeridos. Assiste-se ao aumento do consumo de produtos açucarados pré-embalados, pois requerem menor tempo de preparação e são de fácil acesso e consumo.<br><br><br />
A crescente '''publicidade''' a que os pais e as crianças estão constantemente expostos, quer seja na televisão, anúncios na internet, cartazes expostos ou embalagens apelativas, contribui para aumentar exponencialmente este consumo dos produtos açucarados. Uma mensagem apelativa passa a ideia de saúde, sem o assumir diretamente (porque não pode), e transmite uma positividade onde pode não existir. Por outro lado, implementa uma vontade nas crianças que influencia significativamente a escolha dos pais na compra e seleção dos alimentos. Marcas de cereais açucarados, bolos, bolachas e leite achocolatado, vendidas como saudáveis, apresentam excesso de açúcares e potencial risco para a saúde.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O pequeno-almoço é a primeira refeição após o jejum prolongado e é essencial para as crianças. É, por isso, fulcral a correta seleção dos alimentos para um estilo de vida saudável.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://apdp.pt/aprender-a-comer-bem/importancia-do-pequeno-almoco/ Ana Lúcia Narciso APDP. Importância o pequeno-almoço]<br />
* [https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp2020/wp-content/uploads/2020/01/Vantagens-de-um-pequeno-almoc%CC%A7o-completo-e-sauda%CC%81vel_VB.pdf DGS. (2014) Vantagens de um pequeno-almoço completo no teu dia]<br />
* [https://www.cuf.pt/mais-saude/10-regras-para-um-pequeno-almoco-saudavel 10 Regras para um pequeno-almoço saudável]<br />
* [https://www.nhs.uk/live-well/eat-well/healthy-breakfasts-recipes/ NHS: Healthy breakfast]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Talassemias
Talassemias
2020-12-28T00:54:55Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Filipa Miranda; Cláudia Sofia Almeida<br />
|Última atualização=2020/12/27<br />
|Palavras-chave=Anemia Hipocrómica, Anemia Hemolítica, Talassemia, Talassemia alfa, Talassemia beta.<br />
|Sigla da Doença=B78<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
As talassemias são distúrbios genéticos hereditários que resultam de uma alteração na produção da globina, uma proteína que compõe a hemoglobina. Em muitos casos a doença é silenciosa, no entanto pode manifestar-se com cansaço (resultante da anemia), sobrecarga de ferro, alterações ósseas e do crescimento, entre outros. Além disso, podem ser classificadas em diferentes tipos consoante a cadeia de globina que é afetada e, consequentemente, podem apresentar vários níveis de gravidade. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Talassemias===<br />
----<br />
As '''talassemias''' são distúrbios genéticos hereditários comuns na região mediterrânica e que cursam com alterações na produção da hemoglobina. Esta molécula está presente nos glóbulos vermelhos e é responsável pelo transporte de oxigénio aos tecidos. No adulto, é geralmente constituída por dois pares de cadeias proteicas (alfa-globina e beta-globina) e por átomos de ferro, entre outros componentes. <br><br />
As talassemias surgem quando há uma desproporcionalidade na produção destas cadeias, o que faz com que a hemoglobina fique instável. Este fenómeno pode limitar a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea e levar à destruição dos mesmos.<br />
<br><br><br />
====Que tipos de talassemias existem?====<br />
----<br />
Existem diferentes '''tipos de talassemias''' consoante a cadeia de globina que é afetada. As mais frequentes são a talassemia alfa e beta, que se subdividem de acordo a gravidade. Existem outros subtipos mais raros.<br><br><br />
São conhecidos 4 genes responsáveis pela formação das cadeias alfa, sendo que o número de genes afetado define a gravidade dos sintomas:<br />
[[Ficheiro:Red-blood-cell.png|300px|right]]<br />
* '''Portadores assintomáticos''': apenas um gene afetado, frequentemente sem anemia ou sintomas;<br />
* '''Traço talassémico alfa''' (ou talassemia alfa minor): dois genes afetados, com anemia ligeira a moderada, sem outros sintomas;<br />
* '''Talassemia alfa intermédia''' (hemoglobina H): três genes afetados, anemia moderada a grave e outros sintomas;<br />
* '''Hidrópsia fetal''': afetação dos quatro genes, incompatível com a vida.<br />
<br><br />
Na talassemia beta, podem ocorrer mutações nos 2 genes responsáveis pela formação destas cadeias. A gravidade dos sintomas correlaciona-se com a quantidade de hemoglobina normal produzida:<br />
* '''Traço talassémico beta''' (talassemia beta minor): Sem anemia ou anemia ligeira e sem sintomas<br />
* '''Talassemia beta intermédia''': Anemia moderada e sintomas<br />
* '''Talassemia beta major''': Anemia grave (dependente de transfusões) e sintomas<br />
<br><br><br />
====Quais são os principais sintomas ?====<br />
----<br />
A gravidade dos sintomas das talassemias varia de indivíduo para indivíduo e consoante o tipo de talassemia. Os principais sintomas da doença são:<br />
* '''Cansaço''' causado pela anemia (diminuição da hemoglobina no sangue);<br />
* '''Sobrecarga de ferro''', como tentativa de compensação pelo facto da produção de glóbulos vermelhos não ser eficaz ou resultante do tratamento com transfusões;<br />
* Produção de glóbulos vermelhos em '''locais menos habituais''', o que resulta em alterações na estrutura dos ossos (sobretudo da cabeça) e alterações do crescimento;<br />
* '''Aumento das dimensões do baço''', pois é neste órgão que os glóbulos vermelhos são destruídos;<br />
* '''Icterícia''', ou seja, coloração amarela dos olhos e pele e presença de cálculos biliares, mais conhecidos como “pedras da vesícula”, pela acumulação de substâncias que resultam da destruição da hemoglobina.<br />
<br />
Alguns doentes com formas leves podem não ter sintomas e apresentar apenas anemia e alterações do esfregaço de sangue nas análises de rotina. Na suspeita de uma talassemia, é realizada a eletroforese das cadeias de hemoglobina e, em alguns casos, testes genéticos.<br />
<br><br><br />
====Fui diagnosticado(a) com talassemia . De que modo esta doença pode afetar a minha vida?====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Dna-163466 1280.jpg|right|300px]]<br />
Os '''portadores silenciosos''' ou os que apresentam um '''traço talassémico alfa ou beta''', podem apresentar uma ligeira anemia, sem impacto significativo na qualidade ou esperança de vida. Nos casos de '''talassemia intermédia''', o prognóstico é variável e depende da severidade da anemia, dos sintomas e da terapêutica instituída. Nos casos de '''talassemia major''', a realização crónica de transfusões sanguíneas e o controlo do ferro permite melhorar a qualidade e prolongar a esperança de vida até, aproximadamente, à sexta década.<br><br />
Se tiver uma talassemia e pretender ter filhos, é importante proceder ao '''estudo do parceiro(a)''', de modo a determinar a probabilidade de transmitir a doença aos filhos. Se estiver grávida, pode realizar o diagnóstico pré-natal através do '''estudo genético'''.<br />
<br><br><br />
====Quais as opções terapêuticas? ====<br />
----<br />
Quando a gravidade é ligeira, pode não ser necessário tratamento. Em casos mais severos, são realizadas transfusões sanguíneas, terapias quelantes para a sobrecarga de ferro, remoção do baço e, em casos selecionados, poderá ser considerado o transplante de células estaminais hematopoiéticas (ou seja, um tratamento curativo através do transplante de células-mãe saudáveis).<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
As '''talassemias''' são distúrbios genéticos por vezes silenciosos, cuja abordagem e impacto na vida dos doentes e da descendência vai depender do tipo e, consequentemente, da gravidade da anemia e dos sintomas.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.bebeabordo.pt/talassemia-e-gravidez/ Bebé a bordo - Talassemia e gravidez: desafios e cuidados essenciais]<br />
* [https://www.thalassemia.org/ Cooley's Anemia Foundation Website]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/anemia/talassemias Manual MSD – Talassemia]<br />
* [http://www.appdh.org.pt/index.htm Sociedade Portuguesa de Pais e Doente com Hemoglobinopatias]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Doenças do sangue]]<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Vitiligo
Vitiligo
2020-12-27T23:43:11Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Vitor Nogueira Rego; Teresa Raquel Vaz; Inês Dias Almeida<br />
|Última atualização=2020/12/27<br />
|Palavras-chave=vitiligo; melanina; pele<br />
|Sigla da Doença=S99<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
O vitiligo é uma condição que resulta na perda de cor da pele em algumas zonas. A causa não está completamente esclarecida, mas não é uma doença contagiosa, nem é causado por maus hábitos de higiene. Pode aparecer em qualquer idade e por vezes existe associação familiar e com outras doenças autoimunes.<br> <br />
Manifesta-se por manchas descoloradas e indolores na pele com tamanho que pode variar de milímetros a vários centímetros. Afeta mais frequentemente o rosto, a zona genital, as mãos, os pés, os cotovelos e os joelhos.<br><br />
As pessoas com vitiligo devem ter especial atenção à proteção solar, uma vez que as manchas de vitiligo têm maior tendência para queimadura, não se pigmentando após a exposição ao Sol. <br><br />
O vitiligo não tem cura e a sua evolução é imprevisível e variável, podendo ter grande impacto na qualidade de vida da pessoa. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Vitiligo===<br />
----<br />
O '''vitiligo''' é uma condição que resulta na perda de coloração da pele em algumas zonas. <br><br />
Em todo o mundo, estima-se que existam cerca de 100 milhões de pessoas com vitiligo.<br><br />
Pode aparecer em qualquer idade, mas sabe-se que 7 em cada 10 adultos com vitiligo começam a ter sintomas antes dos 30 anos. <br><br />
Afeta tanto homens como mulheres, ocorrendo em todos os tipos de pele. <br />
<br><br> <br />
====Qual é a causa?====<br />
----<br />
A causa do '''vitiligo''' não é totalmente conhecida. Foram propostas várias teorias, nomeadamente a auto-imune, que defende que o nosso sistema de defesa ataca as células saudáveis que produzem melanina, a substância que dá cor à pele. <br><br />
A favor desta hipótese, existe o facto de o vitiligo estar por vezes associado a doenças auto-imunes, como [[Artrite reumatoide|artrite reumatóide]] e [[Alterações funcionais da tiróide|problemas da tiroide]]. <br><br />
O '''vitiligo''' não é uma doença contagiosa. Não é causado por maus cuidados de saúde nem de higiene.<br />
<br><br><br />
====Há algum fator que acelere o aparecimento das lesões da pele?====<br />
----<br />
As pessoas geralmente atribuem o aparecimento do vitiligo a eventos específicos, como traumatismos da pele (ex: coçar), queimaduras, gravidez, menopausa ou stress emocional (ex: perda de emprego ou morte de familiar próximo). Não sendo a causa do vitiligo, estes fatores podem de facto acelerar o aparecimento da doença. <br />
<br><br><br />
====Tenho vitiligo – a sua transmissão é genética?====<br />
----<br />
Uma em cada cinco pessoas com '''vitiligo''' tem um familiar de primeiro grau (ex: irmão ou pais) com esta doença. Apesar de existir uma predisposição genética, o vitiligo não é claramente transmitido pelos genes. <br />
<br><br><br />
====Como é feito o diagnóstico?====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Vitiligo_01.jpg|200px|right]]<br />
O '''vitiligo''' apresenta-se por áreas de pele que se tornam brancas ou perdem a cor. Geralmente manifesta-se através de manchas da pele sem pigmento, com limites bem definidos e rodeadas por pele pigmentada. Não provocam dor e raramente dão comichão. O seu tamanho pode variar de pequenos milímetros a vários centímetros. <br><br />
A distribuição das áreas de pele afetadas depende do tipo de vitiligo que a pessoa tenha. Pode afetar apenas uma zona do corpo, mas frequentemente afeta várias zonas (forma não-segmentar), sobretudo na face, orelhas, zona genital, mãos, pés, cotovelos e joelhos, e nas áreas que rodeiam as aberturas do corpo, como sejam a boca e o nariz.<br><br />
Nas zonas afetadas por vitiligo, os pelos podem crescer sem pigmento. <br />
<br><br><br />
====As lesões têm tendência a aumentar com o tempo?====<br />
----<br />
A evolução clínica é imprevisível. <br><br />
As lesões podem progredir ao longo dos anos ou permanecer estáveis. Em uma em cada dez pessoas com vitiligo, este pode desaparecer espontaneamente. <br />
<br><br><br />
====Tem tratamento?====<br />
----<br />
Embora não exista cura para o vitiligo, estão disponíveis alguns tratamentos, como a terapia com luz ultravioleta e cremes com corticosteroides. <br><br />
A resposta ao tratamento é geralmente lenta. Varia muito entre indivíduos, e entre diferentes partes do corpo numa mesma pessoa. <br><br />
As limitações dos tratamentos fazem com que muitas pessoas prefiram manter-se sem terapêutica. <br />
O disfarce das lesões da pele utilizando alguns produtos cosméticos (ex: cremes ou maquilhagem) é uma opção que está disponível. <br><br />
As tatuagens cosméticas devem ser consideradas com muita cautela. São frequentemente desaconselhadas, pelo curso imprevisível do vitiligo e pelos riscos associados, como seja o de o próprio traumatismo da pele, inerente à realização da tatuagem, poder precipitar o agravamento do vitiligo.<br />
<br><br><br />
====Que cuidados devo ter?====<br />
----<br />
* Evitar a exposição solar prolongada. Isto porque as manchas de vitiligo têm maior tendência para queimadura, não se pigmentando após a exposição solar;<br />
* Aplicar protetor solar com frequência;<br />
* Proteger-se com roupa, chapéu ou guarda-sol.<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O '''vitiligo''' pode aparecer em qualquer idade e ter um impacto significativo na auto-estima da pessoa. A sua evolução é variável e imprevisível, não existindo cura. <br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.nhs.uk/conditions/vitiligo/ Vitiligo: NHS choices]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/vitiligo/symptoms-causes/syc-20355912 Vitiligo: Mayo Clinic]<br />
* [https://vrfoundation.org/ The Vitiligo Research Foundation]<br />
<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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<br />
<br><br><br />
<br />
[[Categoria:Doenças da pele]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Desenho_infantil_%E2%80%93_crescer_a_colorir
Desenho infantil – crescer a colorir
2020-12-27T23:35:23Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Catarina Sofia Pinto; Teresa Raquel Vaz; Sara Pereira Santos; Ângela Teixeira |Última atualização=2020/12/27 |Palavras-chave=Desenho infantil, Desenvolvi...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Catarina Sofia Pinto; Teresa Raquel Vaz; Sara Pereira Santos; Ângela Teixeira<br />
|Última atualização=2020/12/27<br />
|Palavras-chave=Desenho infantil, Desenvolvimento cognitivo, Desenvolvimento psico-motor, Criatividade<br />
|Sigla da Doença=A98<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
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===Resumo===<br />
----<br />
Pegar num lápis e rabiscar num papel parece algo inato na criança.<br><br />
A partir dos 18 meses de idade, a criança começa a fazer rabiscos aleatórios, muitas vezes sem sentido aparente, mas diverte-se na descoberta do mundo das cores e dos traços. Apesar de parecerem apenas uns gatafunhos desordenados, o ato de desenhar apresenta grande importância no desenvolvimento da criança, quer a nível da sua criatividade e habilidades, como para a autoconfiança.<br><br />
O desenho tem várias fases, sendo fundamental que em cada etapa se estimule e valorize a sua realização. O desenho infantil apresenta grande importância para a compreensão da criança, do seu desenvolvimento e da forma como esta se relaciona com o mundo.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Desenho infantil===<br />
----<br />
O '''desenho''' constitui uma das formas mais primitivas de comunicação humana, transversal a todas as idades. Basta pensarmos nas marcas e desenhos deixados em cavernas, árvores e pedras para percebermos a importância que o desenho teve ao longo dos tempos, criando as bases necessárias para a posterior criação da escrita.<br />
<br><br><br />
====Fases do Desenho por idades====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Oekaki-2009817_1920.jpg|right|300px]]<br />
O '''desenho infantil''' não é estático, acompanha a criança e evolui a par do seu desenvolvimento psicomotor e maturidade intelectual.<br><br />
Por volta dos '''18 meses''', as crianças começam a explorar o lápis e a sua capacidade de o usar, realizando movimentos amplos e desordenados, produzindo uma garatuja desordenada. Estes traços vão-se organizando progressivamente e assumindo movimentos longitudinais e circulares. É nesta fase que começam a demonstrar preferência por uma mão.<br><br />
Entre os '''2 e os 4 anos''', as crianças começam a combinar os rabiscos, anteriormente irreconhecíveis, transformando-os na representação de um objeto, progressivamente mais complexo. Ainda não estabelecem relação entre os objetos que desenham, nem têm noção da proporcionalidade do tamanho e posição dos mesmos. Além disso, as cores que utilizam não têm relação com a realidade. <br><br />
A partir dos '''5 anos''' aparece a representação bidimensional respeitando a lógica da proporcionalidade. Nesta altura começam a representar a figura humana, a construir formas diferenciadas para cada categoria de objeto, tornando-se possível reconhecer o conteúdo do desenho.<br><br />
Aos '''10 anos''', as crianças já se preocupam com o tamanho, forma, cor, proporção realista e posicionamento dos objetos, havendo, por isso, menos exageros e distorções nos seus desenhos. Além disso, já conseguem desenhar em diferentes planos e com sobreposições. É nesta fase que se começam a acentuar as diferenças entre os desenhos realizados por crianças do sexo masculino e feminino.<br />
<br><br><br />
====Vantagens do desenho Infantil====<br />
----<br />
O desenho promove:<br />
* '''Desenvolvimento cognitivo''' e da '''capacidade de concentração''' e '''memória''': a criança fica focada no processo de desenhar, atenta aos pormenores, integrando assim informação visual e motora, o que estimula o cérebro;<br />
* Promoção da '''capacidade de resolver problemas''', ao associar figuras, diagramas e cores e criando mapas mentais;<br />
* Desenvolvimento da '''motricidade fina''' e da '''coordenação olho-mão''', ao manipular o objeto de desenho, estabelecendo uma interação entre aquilo que vê e o que desenha;<br />
* Desenvolvimento dos '''conceitos de proporção, distância e texturas''';<br />
* '''Expressão de emoções''': o desenho permite que a criança se expresse para além da fala, afirmando a sua personalidade;<br />
* Desenvolvimento da '''criatividade''' e aumento da '''autoconfiança'''.<br />
<br><br />
====Como estimular a criança a desenhar====<br />
----<br />
[[Ficheiro: Child-drawing-of-all-family-members.jpg|right|300px]]<br />
É importante não impor regras nem pressão e deixar a criança '''dar asas à sua imaginação'''. <br />
* Colocar à disposição da criança vários tipos de suportes materiais onde possa desenhar e de escrita, como lápis de cor, de cera, giz, aguarelas ou marcadores. <br />
* Encorajar a sua exploração, até utilizando as mãos ou os pés.<br />
* Deixar desenhar o que quiser, da forma como quiser, para que este processo seja um momento divertido de aprendizagem.<br />
Cabe depois ao adulto adotar algumas atitudes que irão consolidar a confiança da criança e estimular o desenho:<br />
* Felicitar o desenho, incidindo mais no processo e menos no produto final;<br />
* Escrever o nome da criança nos desenhos que fez;<br />
* Pedir-lhe para explicar o que desenhou, sem tentar adivinhar;<br />
* Expor os seus desenhos preferidos, criando um espaço destinado a este fim, que a própria criança pode mostrar aos familiares e amigos;<br />
* Guardar um portefólio dos desenhos, para que a criança possa comparar os mais recentes com os mais antigos e se aperceber da sua evolução, estimulando assim a sua motivação e autoconfiança.<br />
Ao desenhar em conjunto com a criança, estará a passar tempo de qualidade e a fortalecer a relação entre ambos.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
O '''desenho infantil''' é essencial no desenvolvimento da criança, acompanhando a sua evolução. Com este estímulo, ajudamo-la a desenvolver a sua percepção, emoção e inteligência.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.earlychildhoodcentral.org/childrens-art/developmental-stages Early Childhood Central: developmental stages of children’sdrawings]<br />
* [https://portal.fslf.edu.br/wp-content/uploads/2016/12/tcc_2.pdf Lucimara Santos Melo (2016) O desenho infantil e suas etapas de evolução]<br />
* [https://novakdjokovicfoundation.org/learn-to-decode-childrens-drawings/ Ljiljana Mandrapa (2015) Learn to decode children’s drawings]<br />
* [https://www.nhsggc.org.uk/kids/resources/ot-activityinformation-sheets/drawing-people/ NHS: Greater Glasgow and Clyde. Drawing People]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
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<br><br />
<br />
[[Categoria:Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Vacina_anti-COVID-19
Vacina anti-COVID-19
2020-12-27T00:28:15Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Francisco Barbosa, Paulo Santos<br />
|Última atualização=2021/12/09<br />
|Palavras-chave=Vacina; SARS-Cov-2; COVID-19<br />
|Sigla da Doença=A76<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A '''COVID-19''' é uma doença infeciosa provocada pelo vírus SARS-Cov-2. <br><br />
Menos de um ano depois dos primeiros casos detetados temos uma vacina disponível e várias outras em fase adiantada dos processos de aprovação. <br><br />
Em Portugal a vacinação inicia-se em 27 de dezembro de 2020. <br><br />
A vacina é eficaz e segura, e pode ser a melhor forma de reduzir o impacto da doença na população permitindo estabilizar a situação pandémica.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Vacina anti-COVID-19===<br />
----<br />
Em 31 de dezembro de 2019, as autoridades chinesas notificaram um surto de pneumonia por um novo vírus da família dos Coronavírus, entretanto denominado SARS-Cov-2, causador da [[Coronavírus|COVID-19]]. <br><br />
Trata-se de uma doença respiratória com um amplo espectro de apresentação, desde casos ligeiros com poucos ou mesmo nenhuns sintomas (cerca de 96% em Portugal), até casos muito graves com falência respiratória e multiorgânica com necessidade de internamento em unidades de Cuidados Intensivos (0,6% em Portugal). <br><br />
Os sintomas incluem principalmente a tosse, a febre e a dificuldade respiratória, assim como um conjunto de outros sintomas menos típicos como as alterações do cheiro e do paladar, as dores musculares e de cabeça, as náuseas e vómitos, entre outros. <br><br />
Num esforço enorme, a investigação conseguiu a produção de um conjunto de vacinas num tempo recorde.<br />
<br><br><br />
====Como atuam as vacinas?====<br />
----<br />
A '''imunidade''' é garantida por um sistema complexo de células (glóbulos brancos) e proteínas (anticorpos), presentes no organismo e que continuamente identificam, isolam e eliminam os agentes externos e potencialmente agressores, garantindo a defesa contra infeções e outras doenças. Esta resposta cria normalmente uma '''memória''' capaz de atuar no futuro de forma mais rápida e eficaz. Por isso, a primeira vez que contactamos com uma agressão, a resposta é mais lenta e difícil, com doença mais grave, do que nas reinfeções. Em muitos casos, a imunidade é de tal forma poderosa que evita o aparecimento de novas infeções. <br><br><br />
De uma forma geral, as '''vacinas''' consistem na administração de partes de um agente (que pode ser um vírus, uma bactéria ou outro), para produzir uma resposta do sistema imunológico, capaz de criar uma memória para evitar a infeção quando vier a existir um contacto com o agente no estado completo, protegendo contra a infeção.<br />
<br><br><br />
====Como funciona a vacina contra o COVID-19?====<br />
----<br />
Existem várias vacinas em desenvolvimento contra o SARS-Cov-2. <br><br />
[[Ficheiro: Vacina covid.jpg|right|600px]]<br />
As '''vacinas de vírus vivo''' consistem numa versão enfraquecida do vírus, enquanto as '''vacinas inteiras inativadas''' usam produtos químicos ou radiação para eliminar a replicação viral e inativar o vírus. <br><br />
As '''vacinas baseadas em vetores''' usam outros agentes (vetores) para incorporar um ou mais genes do vírus no genoma que levem à produção de uma partícula capaz de produzir uma reação imunogénica. Podem ser vírus sem capacidade replicativa como os adenovírus ou manter alguma capacidade replicativa como o vírus do sarampo, mas servem apenas para apresentar a partícula alvo às células apresentadoras de antigénio. <br><br />
As '''vacinas de subunidade''' consistem em proteínas virais específicas imunogénicas, administradas e capazes de levar à produção de anticorpos. <br><br />
As '''vacinas de ácido nucleico''' contêm '''DNA''' ou '''RNA''' que irá entrar nas células-alvo que passarão a produzir esta proteína. Neste tipo de vacina, são as células do próprio organismo que irão produzir as proteínas que irão ativar o sistema imunológico.<br />
<br><br><br />
====Que vacinas estão disponíveis?====<br />
----<br />
A vacinação contra a [[Coronavírus|COVID-19]] está coordenada centralmente pela União Europeia, garantindo que as vacinas são de '''alta qualidade''', '''seguras''' e '''eficazes''' e garantindo um '''acesso''' rápido para os Estados Membros e suas populações. <br><br />
Portugal, em conjunto com a União Europeia, efetuou contratos com a BioNTech-Pfizer, com a Moderna, com a AstraZeneca, com a Sanofi-GSK , com a Johnson & Johnson e com a CureVac, garantindo uma carteira diversificada de vacinas a preço justo. <br><br />
[[Ficheiro:Vaccine-shot.jpg|right|350px]]<br />
No dia 21 de dezembro de 2020, foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento a primeira vacina para utilização comercial ([https://www.ema.europa.eu/en/news/ema-recommends-first-covid-19-vaccine-authorisation-eu BioNTech-Pfizer]). <br><br />
A [https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/comirnaty vacina Cominarty ®] é uma vacina tipo RNA mensageiro que '''não provoca a doença'''. Está aprovada para utilização '''acima dos 5 anos'''. É uma vacina injetável, administrada em duas doses com pelo menos 3 semanas de intervalo. <br><br />
Apresenta uma '''eficácia de 95%''' na prevenção da infeção por SARS-Cov-2, incluindo as populações de risco (idosos e doentes com hipertensão arterial, doença respiratória crónica, diabetes e obesidade). Até ao momento, a informação disponível garante a eficácia por um período de cerca de 6 meses, desconhecendo-se por quanto tempo esta eficácia permanece. <br><br />
A [https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/spikevax vacina da Moderna, Spykevax®] também é uma '''vacina tipo RNA mensageiro''' que deve ser administrada com um esquema de duas doses separadas por um período mínimo de 28 dias e em indivíduos '''a partir dos 12 anos'''.<br><br />
A [https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/vaxzevria-previously-covid-19-vaccine-astrazeneca vacina da AstraZeneca, Vaxzevria®], é constituída por um '''vetor viral''' (adenovírus) geneticamente modificado e deve ser administrada em indivíduos com '''18 ou mais anos de idade''', preferencialmente até aos 65 anos. É uma vacina intramuscular com um esquema de duas doses intervaladas entre 4 e 12 semanas.<br><br />
A [https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/covid-19-vaccine-janssen vacina anti-COVID-19 Janssen®], é também constituída por um '''vetor viral''' (adenovírus) geneticamente modificado e deve ser administrada em indivíduos com '''18 ou mais anos de idade''' numa única administração.<br><br />
Os '''efeitos adversos''' registados foram ligeiros a moderados e desapareceram em poucos dias. Geralmente são mais intensos na segunda dose, exceto para a [https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/vaxzevria-previously-covid-19-vaccine-astrazeneca vacina da AstraZeneca, Vaxzevria®], onde são mais comuns e de maior intensidade na primeira dose.<br><br />
Os mais comuns foram dor e inchaço no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, calafrios e febre. Muitos outros efeitos foram detetados mas são pouco frequentes e transitórios. Apesar de muito raros, foram descritos casos graves de trombocitopenia e síndrome de Guillain-Barré com a vacina Vaxzevria®, com impacto excessivo e não justificado na opinião pública. As '''reações alérgicas''' são sempre possíveis, incluindo anafilaxia grave, sobretudo entre as pessoas com antecedentes de alergias aos componentes da vacina.<br />
<br><br><br />
====Quem deve fazer a vacina?====<br />
----<br />
No atual momento todas as '''crianças acima dos 5 anos''', '''adolescentes''', e '''adultos''' incluindo os '''idosos''' podem ser vacinados, salvo casos pontuais e raros de contraindicação relacionada sobretudo com alergias aos componentes das vacinas.<br><br />
Portugal insere-se na [https://ec.europa.eu/info/live-work-travel-eu/coronavirus-response/public-health/coronavirus-vaccines-strategy_en '''Estratégia Europeia de vacinação'''], que pretende:<br />
* garantir a qualidade, segurança e eficácia das vacinas;<br />
* garantir a oportunidade de acesso às vacinas para os Estados Membros e sua população, ao mesmo tempo em que lidera o esforço global de solidariedade;<br />
* garantir a equidade no acesso às vacinas, a um preço justo, o mais cedo possível, para todos os cidadãos na União Europeia;<br />
* certificar-se da efetivação dos processos de lançamento de vacinas seguras e eficazes, abordando as necessidades de transporte e de implantação e identificando grupos prioritários em todos os países da União Europeia. <br />
<br><br />
====Eu já tive COVID-19: devo vacinar-me?====<br />
----<br />
Não foram detetados efeitos adversos significativos nas pessoas que já tiveram COVID-19.<br><br />
As pessoas que recuperaram de infeção por SARS-CoV-2, há, pelo menos, 6 meses, podem ser vacinadas.<br />
<br><br><br />
====Estou grávida: posso vacinar-me?====<br />
----<br />
Apesar de não terem sido detetados problemas nas grávidas ou mulheres a amamentar nos estudos com animais, não há evidência suficiente para assegurar a segurança e mais estudos devem ser conduzidos. <br><br />
Neste momento, a recomendação é para ponderar caso a caso o benefício antes de vacinar as grávidas e as mulheres a amamentar.<br />
<br><br><br />
====E em Portugal?====<br />
----<br />
O [https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2019/06/PlanoVacinacaoCovid_19.pdf Plano de Vacinação COVID-19] prevê a disponibilização de 22 milhões de doses de vacinas até março de 2022. <br><br />
A vacinação será '''universal''' para todos os portugueses, '''gratuita''', e '''acessível através do Serviço Nacional de Saúde''' a quem se quiser vacinar. A vacina é recomendada, '''não é obrigatória'''. Nesta fase não estará disponível noutros serviços de saúde ou nas farmácias. <br><br />
Os serviços de vacinação estão responsáveis por organizar localmente a vacinação, procedendo ao agendamento e convocação das pessoas elegíveis.<br />
<br><br><br />
====Notificação de reações adversas====<br />
----<br />
Estamos perante uma vacina recente em que muita informação ainda não está disponível. A colaboração de todos é fundamental para podermos melhorar o conhecimento do perfil de utilização da vacina. O [https://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram Portal de Notificação de Reações Adversas (RAM)] está disponível online para preenchimento por qualquer pessoa que tenha tido uma reação adversa a um qualquer medicamento, incluindo as vacinas.<br />
<br><br><br />
====Depois da vacina tenho de continuar a usar máscara?====<br />
----<br />
Mesmo após ser vacinado, devem ser mantidas todas as medidas de segurança, incluindo o uso de máscara e o distanciamento social.<br><br />
As vacinas conferem proteção contra a doença, sobretudo a doença grave, mas não impedem o utente de ser portador e transmitir o vírus.<br><br />
Mesmo após a vacina, no caso de desenvolver sintomas sugestivos de COVID-19 ou ter um contacto com um caso confirmado de COVID-19, mantém-se a recomendação para a realização do teste para deteção do vírus e da realização de isolamento profilático.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
'''As vacinas salvaram mais pessoas da doença''', das suas complicações e da morte do que qualquer outro tratamento médico. <br><br />
Estamos perante uma doença com um impacto significativo no funcionamento de toda a sociedade. As vacinas são ferramentas fundamentais no combate a esta doença como foram para muitas outras no passado, permitindo controlar a doença e ultrapassar os constrangimentos a que somos neste momento obrigados.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas ===<br />
----<br />
* [https://media.nature.com/original/magazine-assets/d41586-020-01221-y/d41586-020-01221-y.pdf Ewen Callaway. The race for coronavirus vaccines: a graphical guide. Nature 2020]<br />
* [https://www.publico.pt/2020/11/25/ciencia/noticia/pessoas-pagas-receber-vacina-covid19-1939065 Teresa Sofia Serafim. E se as pessoas fossem pagas para receber a vacina da covid-19? Jornal O Público (25 de novembro de 2020)]<br />
* [https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0212020-de-23122020-pdf.aspx DGS: Campanha de Vacinação contra a COVID-19. 2020]<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:right; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt/index.php/Mensagens '''Tem alguma dúvida? Fale connosco''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Francisco_Barbosa|Francisco Barbosa]] &bull; [[Utilizador:Prof._Doutor_Paulo_Santos|Paulo Santos]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Vírus]]<br />
[[Categoria:Vacinação]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Vacina%C3%A7%C3%A3o_no_diab%C3%A9tico
Vacinação no diabético
2020-12-17T12:53:46Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Tatiana Neves, Ana Teixeira |Última atualização=2020/12/17 |Palavras-chave=Diabetes, Vacinação, Gripe, Doença invasiva pneumocócica, Streptococcus pne...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Tatiana Neves, Ana Teixeira<br />
|Última atualização=2020/12/17<br />
|Palavras-chave=Diabetes, Vacinação, Gripe, Doença invasiva pneumocócica, Streptococcus pneumoniae<br />
|Sigla da Doença=T89; T90<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A [[Diabetes Mellitus|Diabetes mellitus]] apresenta uma maior predisposição para as doenças infeciosas, que são mais frequentes e estão associadas a mais complicações, por diminuição da resposta imunitária.<br><br />
Isto é particularmente evidente nas infeções respiratórias, como as causadas pelo vírus Influenza (Gripe) e pela bactéria Streptococcus pneumoniae, responsável pela Doença invasiva pneumocócica, onde se incluem as Pneumonias, uma das principais causas de morte em Portugal.<br><br />
Para além das vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação, a vacinação antipneumocócica e a vacinação contra a gripe são importantes medidas de prevenção nas pessoas com Diabetes, com diminuição das complicações e da mortalidade associada às doenças infeciosas.<br />
|}<br />
<br><br><br />
=== Vacinação no diabético===<br />
----<br />
A '''vacinação mudou por completo o panorama das doenças infeciosas''' e permitiu que várias doenças, antes responsáveis por epidemias e grande mortalidade, fossem controladas, e algumas até erradicadas.<br><br />
Nas pessoas com '''[[Diabetes Mellitus|Diabetes mellitus]]''', há um maior risco de desenvolver infeções respiratórias, principalmente as causadas pelo vírus Influenza (Gripe) e pela bactéria ''Streptococcus pneumoniae'', responsável pela maior parte das Pneumonias, com aumento de complicações, maior necessidade de hospitalização e maior mortalidade associada.<br><br />
Diversos mecanismos podem explicar a maior suscetibilidade à infeção, tais como a '''hiperglicemia''' (aumento dos níveis de açúcar no sangue) que propicia alterações no sistema imunitário, as '''complicações secundárias''' à diabetes, como, por exemplo, as alterações a nível do sistema nervoso periférico (neuropatia), vasculares (das veias e artérias) ou do sistema gastrointestinal e urinário, e o '''maior número de intervenções''' médicas a que estes doentes estão sujeitos.<br><br />
A vacinação contra estas infeções está disponível e é fundamental na pessoa com Diabetes.<br />
<br><br><br />
====Quais são as vacinas recomendadas na Diabetes?====<br />
----<br />
Tal como a todas as pessoas em Portugal, são recomendadas as 13 vacinas incluídas no '''Programa Nacional de Vacinação''': contra hepatite B, difteria, tétano, tosse convulsa, poliomielite, doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b, infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos, doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo B e do grupo C, sarampo, parotidite epidémica, rubéola e ainda a vacina contra infeções por vírus do Papiloma humano. <br />
[[File:PNV_2020.jpg|center|Esquema recomendado no Programa Nacional de Vacinação, 2020]]<br />
<br><br><br />
====Vacina da Gripe====<br />
----<br />
A '''[[Gripe|gripe]]''' é uma doença aguda viral, que afeta predominantemente as vias respiratórias. Na maioria dos casos cura espontaneamente, apenas com medidas gerais de controlo da febre, das dores e da hidratação, mas podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com doenças crónicas, como a Diabetes.<br><br />
[[Ficheiro:3D Influenza purple no key full lrg2.jpg|200px|thumb|right|[http://www.cdc.gov/flu/images/h1n1/3D_Influenza/3D_Influenza_purple_no_key_full_lrg2.jpg Vírus da gripe]]]<br />
A '''vacinação antigripal''' é a principal medida de prevenção, útil na proteção contra as formas mais agressivas da doença. <br><br />
Todos os anos há '''recomendações específicas''' internacionais para a composição da vacina antigripal. Atualmente, é uma '''vacina tetravalente''' que inclui quatro tipos (estirpes) do vírus influenza inativado, tendo em conta a sua prevalência. Não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. Em Portugal, tem sido distribuída às pessoas com Diabetes gratuitamente nos Centro de Saúde. <br><br />
A vacina não protege contra outros vírus respiratórios muito comuns durante os meses de outono e inverno, que continuam a provocar doença respiratória. Também pode ocorrer gripe por outras estirpes que não estão incluídas na vacina, mas tende a ser mais ligeira do que nas pessoas que não estão vacinadas. <br><br />
A '''época de vacinação''' inicia-se em outubro e estende-se durante o Outono, devendo ser feita preferencialmente até ao fim do ano, de modo a conferir proteção aquando do pico de incidência da infeção, que normalmente se verifica no mês de janeiro. <br><br />
A vacina é administrada '''todos os anos''', dado que o vírus da gripe está em constante alteração e a imunidade provocada pela vacina não é duradoura.<br />
<br><br><br />
====Vacinação antipneumocócica====<br />
----<br />
O ''Streptococcus Pneumoniae'' provoca a '''Doença invasiva pneumocócica''', que para além da '''pneumonia''', inclui a '''bacteriemia''' (presença de bactérias no sangue) e a '''meningite''' (infeção das meninges que é a membrana que reveste o cérebro e a medula espinhal). <br><br />
A vacinação previne as formas invasivas de doença pneumocócica causada pelos serotipos incluídos na vacina e, tendo em conta os potenciais benefícios, riscos limitados e baixo custo, é recomendada quando há risco aumentado de infeção, tal como nas pessoas com [[Diabetes Mellitus|Diabetes mellitus]]. <br><br />
Atualmente, em Portugal, as vacinas pneumocócicas aprovadas para a prevenção da doença pneumocócica na população adulta são a '''vacina pneumocócica polissacárida 23-valente''' (VPP-23) e a '''vacina pneumocócica conjugada 13-valente''' (VPC-13). <br><br />
Recomenda-se que sejam inoculadas sequencialmente ambas as vacinas com 6 a 12 meses de intervalo de acordo com esquemas que são adaptados a cada situação. Algumas pessoas com risco aumentado de doença podem beneficiar da administração de reforços ao longo da vida.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Na prevenção das infeções respiratórias na [[Diabetes Mellitus|Diabetes mellitus]] é importante, para além do controlo da doença, a vacinação antipneumocócica e a vacinação anual contra a Gripe.<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0182020-de-27092020-pdf.aspx DGS. Programa Nacional de Vacinação]<br />
* [https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0112015-de-23062015-pdf.aspx DGS. Vacinação contra infeções por Streptococcus pneumoniae, 2015]<br />
* [https://www.dgs.pt/saude-publica1/gripe.aspx DGS. Gripe]<br />
* [https://www.cdc.gov/vaccines/vpd/pneumo/public/index.html CDC. Pneumococcal Vaccination: What Everyone Should Know]<br />
* [https://www.who.int/teams/immunization-vaccines-and-biologicals/diseases/pneumonia OMS: pneumonia]<br />
* [http://dx.doi.org/10.32385/rpmgf.v32i1.11693 Costa R, Gonçalves C, Correia-Sousa J. A doença pneumocócica e recomendações GRESP para a vacinação antipneumocócica na população adulta (≥18 anos). Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 2016. 32(1):70-4]<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Tatiana_Neves|Tatiana Neves]] &bull; [[Utilizador:Ana_Teixeira|Ana Teixeira]]<br />
</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
<br />
[[Categoria:Doenças Infecciosas]]<br />
[[Categoria:Diabetes]]<br />
[[Categoria:Vacinação]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Viver_com_a_vertigem
Viver com a vertigem
2020-12-16T16:14:26Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Maria Inês Ferreira, Francisca Amorim, Leonor Luz Duarte, Catarina Calheno Rebelo, João Nunes Sousa<br />
|Última atualização=2020/12/16<br />
|Palavras-chave=Vertigem; Tontura; Movimento<br />
|Sigla da Doença=N17<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A vertigem é um sintoma comum e pode ter diversas causas precipitantes. É descrita como uma sensação ilusória de movimento da pessoa em relação ao espaço envolvente, ou vice-versa. <br><br />
É mais comum no sexo feminino e em idades mais avançadas. <br><br />
A vertigem pode ser ligeira ou grave, e pode impedir a pessoa de realizar as suas atividades diárias, incluindo a sua atividade profissional, complicando a normalidade do dia-a-dia e criando medos, receios e ansiedade nas pessoas afetadas.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Vertigens===<br />
[[Ficheiro:Loss-of-balance-2035389_1920.jpg|right|300px]]<br />
A '''[[Vertigens|vertigem]] não é uma doença''', mas sim um sintoma, que afeta um número elevado de pessoas e que traduz disfunção vestibular (um sistema dentro do ouvido interno responsável pelo equilíbrio). É mais comum no '''sexo feminino''' e nos '''mais velhos''', apesar de aparecer em qualquer idade.<br><br />
Consiste numa '''sensação ilusória e desagradável de movimento''' do próprio em relação ao espaço envolvente ou vice-versa, em que parece que os objetos e o ambiente ao seu redor, ou o seu próprio corpo, estão a girar ou a mover-se. Pode estar associada a outros sintomas como náuseas, vómitos, zumbidos, dores de cabeça ou perda de consciência. Os sintomas podem ser temporários os crónicos, e podem durar desde segundos a horas.<br><br />
A violência das crises, a ansiedade e a eventual incapacidade laboral que acarretam refletem-se num impacto significativo no dia-a-dia de quem sofre deste problema. Muitas vezes as [[Vertigens|vertigens]] impossibilitam a pessoa de sair de casa e aumentam o risco de queda, particularmente nos idosos.<br />
<br><br><br />
<br />
====Quais as possíveis causas?====<br />
----<br />
A maioria das causas de vertigem '''não é grave''' e resolve-se espontaneamente.<br><br />
Uma das causas mais comuns é a '''vertigem posicional paroxística benigna''', que se apresenta como episódios frequentes de vertigem e náuseas que duram poucos segundos ou minutos. Esta condição deve-se à deslocação dos otólitos (os chamados “cristais”) dentro do ouvido interno. As queixas surgem habitualmente com as mudanças de posição, como quando a pessoa se deita, levanta ou se vira na cama.<br><br />
Outra causa de vertigem é a '''doença de Ménière''', na qual a vertigem pode durar várias horas e surge associada a zumbido, perda de audição ou aumento da sudação. <br />
<br><br><br />
====Fui diagnosticada(o) com vertigem. E agora?====<br />
----<br />
A [[Vertigens|vertigem]] é uma manifestação de uma doença geralmente''' benigna''', mas que pode ter um impacto negativo no seu dia-a-dia. É essencial aprender a viver com a vertigem e criar estratégias para que não tenha de abdicar de atividades de que gosta, como jantar fora, ir ao cinema, viajar, entre muitas outras. <br><br />
# Quando tem um episódio de vertigem, '''procure um local seguro''' para se sentar e esperar calmamente que recupere, visto que a maioria dos episódios têm a duração de alguns segundos. Pequenas atitudes como fixar um ponto ou diminuir a luz ambiente podem ajudar. Respire fundo e lembre-se que se trata de uma sensação temporária e que a ansiedade associada pode ser prejudicial.<br />
# Caso o seu médico assistente tenha prescrito '''medicação''', é importante que a tome conforme lhe foi recomendado.<br />
# Alguns '''alimentos podem desencadear ou agravar as crises''' de vertigens. Pode ser útil manter um diário alimentar e associar os alimentos que ingeriu nos dias em que teve uma crise. Evitá-los pode ajudar a reduzir ou mesmo evitar alguns episódios de vertigem.<br />
# [[Ficheiro: Salt-1884166 1920.jpg|right|300px]]De forma geral, aconselha-se a fazer''' várias refeições pequenas''' por dia, com intervalos regulares, reduzir o consumo de açúcar e [[Reduzir o consumo de sal|sal]], evitar doces, ingerir 1,5 a 2L de líquidos por dia, evitando as bebidas alcoólicas ou com cafeína (refrigerantes, café, …) ou com teína (alguns chás), e não fumar. Os alimentos ricos em ómega-3, como a sardinha, o salmão, as amêndoas, a chia e a linhaça, podem ajudar a melhorar as crises.<br />
# Quando fizer''' refeições fora de casa''', procure um restaurante calmo, sem música de fundo "alta", e com iluminação subtil, e prefira os pratos com menor teor de sal e açúcar. Poderá querer sentar-se numa mesa localizada no canto da sala, para evitar confusão, e ainda procurar uma mesa redonda ou sentar-se à cabeceira, para evitar constantes movimentos com a cabeça.<br />
# Nas atividades diárias, lembre-se de '''evitar a realização de movimentos bruscos''' com a cabeça. Deve levantar-se e sentar-se devagar, cruzar as mãos e fletir os pés antes de se levantar, contribuindo para diminuir os episódios de vertigem. Procure guardar os objetos de que necessita em locais fáceis de alcançar.<br />
<br><br><br />
====Quando consultar o seu médico?====<br />
----<br />
Deve recorrer ao seu '''médico assistente''' na '''primeira vez''' em que tiver [[Vertigens|vertigens]], se tiver um '''episódio diferente''' dos anteriores (mais prolongado, mais intenso ou com sintomas associados incapacitantes), ou perante '''sinais de alarme''' como dor de cabeça, dor no pescoço, perda de consciência, alteração da marcha, dificuldade em mobilizar um dos membros, alteração da visão ou audição. Procure também ajuda médica ou psicológica se os episódios de [[Vertigens|vertigem]] estiverem associados a momentos de grande ansiedade e se tiverem impacto negativo na sua vida.<br />
<br><br><br />
====A vertigem tem tratamento?====<br />
----<br />
O '''tratamento da [[Vertigens|vertigem]]''' depende da causa subjacente e pode incluir manobras específicas ou mesmo intervenção cirúrgica. Nalguns casos a vertigem desaparece espontaneamente e não precisa de tratamento.<br><br />
Fármacos como os anti-histamínicos (usados no tratamento de alergias), as benzodiazepinas (utilizadas no tratamento de quadros ansiosos) e os antieméticos podem ser utilizados no controlo dos sintomas durante um episódio de vertigem.<br><br />
Na vertigem posicional paroxística benigna, o tratamento pode passar pela realização de manobras pelo seu médico,que servem para reposicionar os otólitos no ouvido ("cristais") e apresentam uma alta taxa de eficácia, resolvendo muitas vezes os episódios de vertigem. Estas manobras consistem numa sequência de movimentos com o corpo, orientados pelo médico, e que não devem ser tentadas em casa.<br><br />
A fisioterapia com reabilitação vestibular pode também ajudar no restabelecimento da sensação de equilíbrio nas pessoas que têm vários episódios de vertigem.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A [[Vertigens|vertigem]] é um sintoma frequente e relevante na população, muitas vezes incapacitante e motivo de preocupação. Tem múltiplas causas associadas, geralmente benignas. É importante o apoio médico, mas é fundamental um conjunto de medidas do dia-a-dia de forma a diminuir o impacto nas pessoas afetadas, que lhes permita uma qualidade de vida, apesar da doença<br />
<br><br><br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [https://vestibular.org/article/coping-support/Vestibular Disorders Association, 2020]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/dizziness/diagnosis-treatment/drc-20371792 Mayo Clinic - Dizziness]<br />
* [https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/tontura-e-vertigem Manual MSD. Tontura e Vertigem]<br />
* [https://www.semfyc.es/wp-content/uploads/2016/07/03_05.pdf Sociedade Espanhola de Medicina Familiar e Comunitária (semFYC). Guia prático de saúde]<br />
* [https://www.nhsinform.scot/illnesses-and-conditions/ears-nose-and-throat/vertigo NHS Inform. Vertigo]<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div><br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Maria_Inês_Ferreira| Maria Inês Ferreira ]] &bull; [[Utilizador:Francisca_Amorim|Francisca Amorim]] &bull; [[Utilizador:Leonor_Luz_Duarte|Leonor Luz Duarte]] &bull; [[Utilizador:Catarina_Calheno_Rebelo|Catarina Calheno Rebelo]] &bull; [[Utilizador:João_Nunes_Sousa|João Nunes Sousa]]</div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Audição]]<br />
[[Categoria: Doenças neurológicas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Diversifica%C3%A7%C3%A3o_alimentar_em_lactente_vegetariano
Diversificação alimentar em lactente vegetariano
2020-11-16T13:52:45Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Carolina Andrade, Sandra Ribeiro<br />
|Última atualização=2020/11/16<br />
|Palavras-chave=vegetarianismo; lactente vegetariano; diversificação alimentar; défices nutricionais<br />
|Sigla da Doença=T04<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A adoção de um padrão alimentar vegetariano tem vindo a aumentar na Europa, associado a questões de saúde, religiosas, éticas ou ambientais, não só entre a população adulta, mas também entre crianças, adolescentes e cada vez mais em lactentes.<br>A alimentação vegetariana e, em particular, a sua versão mais estrita, associam-se a riscos aumentados de défices energéticos e nutricionais em qualquer fase da vida. Se não forem bem planeadas, são dietas inadequadas para lactentes, uma vez que poderão comprometer de uma forma mais ou menos irreversível o seu crescimento, desenvolvimento e maturação.<br>Dessa forma, surge a necessidade de adequar, com a máxima segurança, a alimentação do lactente a uma alimentação não omnívora.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
=== Diversificação alimentar em lactente vegetariano===<br />
----<br />
O '''vegetarianismo''' é um regime alimentar baseado no consumo de alimentos de origem vegetal, que exclui carne e peixe e que pode, ou não, incluir derivados de origem animal. De uma forma geral o vegetarianismo, comparativamente a uma alimentação omnívora, saudável e equilibrada, está associado a um menor consumo energético, em proteína (aminoácidos essenciais), ácidos gordos polinsaturados da série ómega-3, gordura saturada, algumas vitaminas e minerais e a um maior consumo de hidratos de carbono, fibra, ácidos gordos polinsaturados da série ómega-6, carotenóides, ácido fólico, vitaminas C e E e magnésio. <br><br />
A [[Alimentação vegetariana |opção por uma alimentação vegetariana]] tem características próprias e riscos que importa conhecer para prevenir. <br />
<br><br><br />
<br />
====É possível uma dieta vegetariana no primeiro ano de vida?====<br />
----<br />
As associações americanas e europeias de pediatria e gastroenterologia são claras na possibilidade de realização de uma dieta vegetariana durante o primeiro ano de vida, contudo há aspetos que têm de ser tidos em conta:<br />
# deve existir '''supervisão médica''' e '''orientação nutricional''' realizada por um profissional;<br />
# quanto mais restritiva for a dieta, maior o '''risco de carências nutricionais''' com repercussão no crescimento, maturação e desenvolvimento;<br />
# quando recomendada pelo médico, a '''suplementação vitamínica e mineral''' deve ser estritamente cumprida. <br />
<br><br><br />
====Regras a ter em conta em todas as fases====<br />
----<br />
De acordo com as mais recentes [https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2017/01000/Complementary_Feeding__A_Position_Paper_by_the.21.aspx recomendações da ESPGHAN], a partir do momento em que se inicia a diversificação alimentar podem ser introduzidos todos os alimentos. A sua introdução faseada é uma atitude prudente, que permite avaliar a tolerância a cada alimento, propondo-se que os novos alimentos podem ser introduzidos a cada 3-5 dias.<br />
* A amamentação deve ser mantida, pelo menos até aos 12 meses.<br />
* Não devem ser adicionados açúcar, mel, xarope de amido ou sal às refeições.<br />
* Não devem ser oferecidos chás, nem sumos de fruta. <br />
* As bebidas vegetais, como as bebidas de soja, amêndoa e aveia, nunca devem ser introduzidas antes dos 24 meses (de preferência, após os 36 meses).<br />
* A única bebida além do leite materno ou adaptado que deve ser oferecida ao lactente, incluindo o vegetariano, é a água, várias vezes ao dia.<br />
<br><br />
====Até aos 6 meses====<br />
----<br />
[[File:Baby-21167 1920.jpg|right|200px|O leite materno é o melhor alimento para o bebé]]<br />
A regra nesta fase é '''manter o aleitamento materno em exclusivo''':<br />
* O '''leite materno exclusivo''' permite satisfazer todas as necessidades nutricionais até ao início da diversificação alimentar. <br />
* Na sua impossibilidade, pode ser utilizada uma fórmula infantil com proteína de arroz ou de soja. <br />
Embora estas fórmulas infantis cursem com um crescimento sobreponível ao dos bebés alimentados com leite adaptado standard (com proteína do leite de vaca), é importante referir que se desconhecem as repercussões a médio-longo prazo da sua utilização. As fórmulas com proteína de soja podem conter fitatos, alumínio e fitoestrogénios e as de arroz podem ter contaminação com arsénio, não havendo consenso no que diz respeito à segurança da sua utilização.<br />
<br><br><br />
====A partir dos 5-6 meses:====<br />
----<br />
A partir dos 6 meses de idade, o leite materno em exclusivo torna-se insuficiente para suprir as necessidades nutricionais do bebé e, por isso, entre o 5º e o 6º mês de vida, inicia-se a introdução progressiva de outros alimentos.<br><br />
De forma a promover o treino precoce do paladar e texturas, os primeiros alimentos a serem introduzidos na diversificação alimentar podem ser os hortícolas (preparados em creme) ou a papa de cereais. <br />
<br><br><br />
=====Puré de legumes: =====<br />
[[file:Carrots-482354 1920.jpg|right|200px]]<br />
Escolher grupos de 4-5 legumes para uma sopa, entre os quais, o xuxu, a courgette, a couve branca, os brócolos, a alface, o alho francês, a cebola e a cenoura, além da batata/batata-doce. Deve ser introduzido um novo legume a cada 3-5 dias. <br><br />
Em cada dose, pode ser adicionada uma colher de chá de azeite cru (5-7 mL). <br><br />
Hortícolas como o espinafre, o nabo, a nabiça, a beterraba e o aipo, devido ao elevado teor de fitatos e nitratos, devem ser introduzidos com muita prudência antes dos 12 meses.<br />
<br><br><br />
=====Papa de cereais: =====<br />
Podem ser introduzidas papas com glúten a partir dos 4 meses, incluindo farinhas com mistura de cereais, em pequenas quantidades nas primeiras semanas e aumentando progressivamente:<br />
* 1 refeição farinha: 35 a 50 gramas (6 a 9 colheres de sopa de farinha)<br />
** Farinhas lácteas: preparar em 150-200 mL de água fervida e arrefecida<br />
** Farinhas não lácteas: preparar com 150-200 mL de leite habitual aquecido<br />
* Além dos cereais tradicionais (milho, trigo, cevada e arroz), podem ser utilizados quinoa, millet, bulgur, aveia e trigo-sarraceno.<br />
* As papas caseiras de cereais em alternativa às farinhas comerciais, implicam uma cozedura em água e a sua posterior mistura com leite materno ou adaptado, em cru e sem adição de sal nem açúcar. <br />
* É importante alertar que as papas caseiras, bem como algumas designadas “biológicas” podem não ser enriquecidas em vitaminas e minerais.<br />
<br><br />
=====Fruta:=====<br />
[[file:Baby-84686 1920.jpg|right|200px]]<br />
A fruta constitui uma sobremesa e não substitui uma refeição. Pode começar pela maçã, pera e banana (cruas ou cozidas, maduras, bem lavadas, descascadas e trituradas).<br><br />
Qualquer fruto pode ser introduzido pelos 6-7 meses, incluindo o kiwi, morango e maracujá. No entanto, é importante estar atento ao aparecimento de intolerâncias ou alergias, devido à imaturidade do intestino. Se acontecer, retira-se o fruto e tenta-se reintroduzir novamente mais tarde.<br><br />
O alimentos ricos em vitamina C, como os citrinos, podem ser associados a alimentos ricos em ferro para aumentar a sua absorção.<br />
<br><br><br />
=====Fonte proteica:=====<br />
As fontes proteicas são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento dos lactentes. Em alternativa à carne e ao peixe, pode ser introduzido o tofu fresco e natural a juntar ao creme de legumes (o tofu embalado é um alimento processado). A dose máxima não deve ultrapassar os 30 g/dia (numa única refeição ou repartido pelo almoço e jantar).<br><br />
Entre os 7 e os 8 meses, o tofu pode ser adicionado à farinha de pau, açorda, quinoa, millet, bulgur, entre outros cereais, sempre muito bem cozidos. <br />
<br><br><br />
====A partir dos 7 meses:====<br />
----<br />
=====Leguminosas (incluindo a soja)=====<br />
[[Ficheiro: Legumes-665788 1920.jpg|300px|right]]<br />
As leguminosas (lentilhas sem casca, o feijão azuki, o feijão-frade, branco ou preto) são fontes de proteína vegetal e de hidratos de carbono complexos. <br><br />
Deve-se optar pelas leguminosas de mais fácil digestão, devendo ser previamente bem demolhadas, oferecidas sem casca, e em pequenas doses, por exemplo, sob a forma de puré. <br><br />
* O consumo de ervilhas deve ser criterioso, pelo seu razoável teor proteico e em sódio.<br />
* A soja granulada não deve ser utilizada na alimentação do lactente, por ser um alimento processado. <br />
* Mais tarde, poderão ser adicionados: a proteína de cânhamo (máx. 1 colher de café/refeição, pelo elevado teor proteico), o gérmen de trigo e a levedura de cerveja (máx. 1 colher de café/refeição aos 8 meses e 1 colher de sobremesa/refeição aos 9 meses) para enriquecer as sopas ou os batidos. <br />
<br><br />
====Aos 8 meses:====<br />
----<br />
=====Iogurte ou Fermentado de soja=====<br />
O iogurte ou o preparado fermentado de soja nos vegetarianos estritos, poderão ser introduzidos como alternativa ao leite materno ou adaptado ou à papa, num lanche. <br><br />
Pode-se optar por um iogurte ou preparado fermentado de soja natural (designado yofu), sem aromas nem aditivos de nata ou açúcar. <br />
[[Ficheiro: Egg-1186756 1920.jpg|200px|right]]<br />
<br><br />
=====Gema de ovo=====<br />
A gema de ovo pode ser introduzida, de forma lenta e gradual, na sopa ou no prato principal, em substituição das fontes proteicas vegetais, até um máximo de 3-4 gemas por semana.<br />
<br><br><br />
====Aos 9 meses:====<br />
----<br />
=====Frutos oleaginosos, amendoim, coco e sementes=====<br />
Os frutos oleaginosos (noz, amêndoa, avelã, caju, pinhão, pistáchio), o amendoim, o coco e as sementes (abóbora, girassol, linhaça e chia) podem ser introduzidos a partir dos 9 meses, independentemente da existência de história familiar de alergias, desde que bem triturados. <br><br><br />
=====Clara de ovo=====<br />
A clara do ovo pode ser iniciada a partir dos 9 meses de idade, independentemente da existência de história familiar de alergias.<br />
<br><br><br />
=====Algas=====<br />
Não existem estudos de segurança nutricional que suportem a introdução das algas na alimentação do lactente. <br><br />
Pelo seu elevado teor proteico, as algas podem ser introduzidas em pequenas quantidades a partir do 9º mês, como complemento da sopa e até um máximo de 3-4 vezes por semana. <br><br />
Devem ser oferecidas as de menor teor de sódio (nori, wakame, arame) não sendo recomendado o consumo da alga hijiki na infância. <br><br />
Importa ainda referir que, embora as algas spirulina ou chlorella sejam referenciadas como fontes de vitamina B12, estas contêm cianocobalamina, um análogo inativo desta vitamina, sem qualquer função biológica.<br />
<br><br><br />
====A partir dos 12 meses:====<br />
----<br />
A introdução na dieta familiar deve ser iniciada pelos 12 meses, com opção por produtos frescos, e refeições frequentes, em intervalos máximos de 3 horas.<br><br />
É uma altura muito importante na integração social das crianças. Para que todos possam comer na mesma mesa, é fundamental que todos optem por uma alimentação saudável e equilibrada, com baixo teor de sal e de gorduras saturadas.<br />
<br><br><br />
=====Tempeh e seitan=====<br />
A partir dos 12 meses, pode ser introduzido o tempeh, produzido através da fermentação dos grãos de soja, e o seitan, produzido a partir do glúten do trigo, como fontes de proteína vegetal em substituição de carne. Ambos podem ser cozidos com legumes, não sendo recomendada a adição de molho de soja. <br />
<br><br><br />
[[Ficheiro:Alimentos vegan.jpg|center]]<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
Alimentar uma criança no primeiro ano de vida é muito mais do que fornecer nutrientes para que ela cresça. É um forte potenciador de saúde no momento e no futuro. <br><br />
A alimentação deve ser diversificada e saudável e por essa razão a decisão de optar pelo vegetarianismo deve ser ponderada e adotada de forma adequada e com máxima segurança.<br />
<br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
* [http://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp/wp-content/files_mf/1460120952AlimentaçãoVegetarianaemIdadeEscolar.pdf Direção Geral da Saúde. Alimentação Vegetariana em Idade Escolar. 2016]<br />
* [http://nutrimento.pt/activeapp/wp-content/uploads/2015/07/Linhas-de-Orienta%C3%A7%C3%A3o-para-uma-Alimenta%C3%A7%C3%A3o-Vegetariana-Saud%C3%A1vel.pdf Direção Geral da Saúde. Linhas de Orientação para uma Alimentação Vegetariana Saudável. 2015]<br />
* [http://www.vegetariannutrition.org/food-pyramid.pdf Loma Linda University, School of Health, Department of Nutrition. 2008]<br />
* [http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-59852018000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Pimentel D, Tomada I, Rêgo C. Alimentação vegetariana nos primeiros anos de vida: considerações e orientações. Acta Portuguesa de Nutrição. 2018; 14: 1017]<br />
* [http://www.vrg.org/nutrition/veganpregnancy.php Mangels, R. (s.d.). The Vegetarian Research Group. Pregnancy and the Vegan Diet]<br />
* [http://www.pcrm.org/health/diets/vegdiets/vegetarian-diets-for-pregnancy Phisicians Committee for Responsible Medicine. (s.d.). Vegetarian Diets for Pregnancy]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br />
<br><br />
<div style="text-align: center; margin: auto; font-size: 90%; margin-top: -18px; margin-bottom: -20px;"> <br />
[[Utilizador:Carolina_Andrade|Carolina Andrade]] &bull; [[Utilizador:Sandra_Ribeiro|Sandra Ribeiro]] </div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria:Alimentação]]<br />
[[Categoria:Doenças cardiovasculares]]<br />
[[Categoria:Doenças endócrinas]]<br />
[[Categoria:Geriatria]]<br />
[[Categoria:Prevenção primária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Estomatite_aftosa_recorrente
Estomatite aftosa recorrente
2020-11-16T11:54:52Z
<p>Paulo Santos: Criou página com: '{{Artigos |Autor=Jéssica Peres; Rita Fernandes Ferreira; Tânia Caseiro; Beatriz Frias Lopes |Última atualização=2020/11/16 |Palavras-chave=Aftas, estomatite aftosa, muco...'</p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Jéssica Peres; Rita Fernandes Ferreira; Tânia Caseiro; Beatriz Frias Lopes<br />
|Última atualização=2020/11/16<br />
|Palavras-chave=Aftas, estomatite aftosa, mucosa oral<br />
|Sigla da Doença=D83<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A Estomatite Aftosa Recorrente (aftas ou úlceras aftosas) é um problema muito comum no qual pequenas úlceras arredondadas ou ovais, muito dolorosas, aparecem repetidamente na boca.<br>Embora a sua causa permaneça desconhecida, é possível identificar alguns fatores desencadeantes que podem ser evitados.<br>Os sintomas associados podem ser muito incómodos, interferindo nas atividades de vida diária e diminuindo a qualidade de vida.<br>Medicamentos de aplicação tópica são utilizados no alívio dos sintomas. <br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===O que é a estomatite aftosa recorrente?===<br />
----<br />
[[Ficheiro: Aphthous ulcers on lip.jpg|200px|right]]<br />
A '''estomatite aftosa recorrente''' é um problema muito comum e caracteriza-se pela presença de pequenas “feridas” arredondadas (designadas aftas ou úlceras aftosas) muito dolorosas na boca, que aparecem de forma repetida. Normalmente surge na infância e pode afetar mais de 20% dos adultos, tendo maior incidência nas mulheres. Ao longo da vida, há tendência para uma diminuição da frequência e da gravidade das lesões.<br><br />
'''Não é uma doença contagiosa!'''<br />
<br><br><br />
====Porque surge?====<br />
----<br />
As '''causas''' são ainda desconhecidas, no entanto os principais fatores predisponentes incluem:<br />
* '''Trauma local''', causado por certo tipo de alimentos mais rijos, por mordedura acidental ou apenas por uma escovagem mais agressiva;<br />
* '''Ansiedade''' e stress;<br />
* '''Alguns alimentos''', especialmente chocolate, café, amendoim, ovos, cereais, frutos secos, queijo, e frutos ácidos, como laranja, limão, abacaxi, tomate e morango;<br />
* '''História familiar''' / Genética;<br />
* '''Alterações hormonais''' (por exemplo associadas a determinada fase do ciclo menstrual).<br />
<br><br><br />
====Quais são os sinais e sintomas?====<br />
----<br />
Geralmente as aftas surgem na infância ou adolescência e vão aparecendo repetidamente ao longo da vida. Algumas pessoas têm apenas uma ou duas aftas algumas vezes por ano, mas outras podem apresentar aftas de forma quase contínua, com aparecimento de novas lesões à medida que as antigas cicatrizam. <br><br />
Habitualmente os sintomas começam com '''ardor''' ou '''dor local''' durante 1 a 2 dias e depois surge a afta, tipicamente arredondada ou oval, superficial, com o centro amarelo-acinzentado, margens vermelhas ligeiramente proeminentes e um halo vermelho. <br><br />
A dor associada é intensa, desproporcional em relação ao tamanho da lesão, e pode durar até uma semana, causando dificuldades em comer, beber ou falar. Pode ser agravada por alimentos quentes, salgados, picantes ou ácidos. <br><br />
Na grande maioria dos casos as aftas têm '''menos de 1 centímetro de diâmetro''' (tipicamente 2 a 3 mm), aparecem em grupos de duas ou três e desaparecem espontaneamente em cerca de 10 dias, sem deixar cicatriz. Surgem mais frequentemente na superfície interna das bochechas, lábios e língua, mas podem surgir em toda a boca, incluindo no “céu-da-boca” e na garganta. <br><br />
Aftas maiores, com diâmetro entre 1 a 3 centímetros, são menos comuns, podem ser mais profundas e levar várias semanas a desaparecer, deixando frequentemente uma cicatriz. <br><br />
Em casos graves pode surgir uma sensação de mal-estar geral, febre e inflamação dos gânglios do pescoço. <br><br />
Na maioria das vezes, as '''aftas não estão associadas a outras doenças'''. No entanto, em alguns casos, podem ser uma manifestação de outras doenças mais complexas, pelo que a avaliação médica é fundamental.<br />
<br><br><br />
====Como se trata?====<br />
----<br />
Normalmente, as aftas '''desaparecem em cerca de uma a duas semanas''', de forma espontânea, mesmo sem qualquer tratamento. No entanto, devido à dor e ao desconforto, pode ser necessário recorrer a algumas medidas para alívio dos sintomas. Os medicamentos utilizados são de aplicação tópica, existindo diversas formulações: solução bucal, gel, pastilhas ou spray. <br><br />
Podem ser utilizados '''anestésicos''' (ex: lidocaína, benzocaína, benzocaína+benzidamina, benzocaína+cloreto de cetilpiridínio), antisséticos (ex: cloro-hexidina), anti-inflamatórios (ex: diclofenac), antibacterianos e corticosteróides tópicos. <br><br />
Os casos mais graves podem exigir uma intervenção médica com tratamentos mais complexos.<br />
<br><br><br />
====Como se previne?====<br />
----<br />
Uma vez que a causa é desconhecida, pode não ser fácil prevenir o aparecimento das aftas. A melhor forma de prevenção é identificar e remover os fatores desencadeantes:<br />
* Medidas de gestão de stress e ansiedade;<br />
* Evitar alimentos demasiado rijos;<br />
* Evitar alimentos muito ácidos, picantes ou muito condimentados e aqueles que habitualmente causam aftas (que variam de pessoa para pessoa);<br />
* Usar uma escova de dentes macia;<br />
* Manter uma boa higiene oral e um acompanhamento regular no dentista.<br />
É muito importante '''perceber o padrão habitual''' de aparecimento das aftas, de forma a conseguir evitar o seu aparecimento.<br />
<br><br><br />
===Conclusão===<br />
----<br />
A '''estomatite aftosa recorrente''' é muito comum e, embora a sua causa permaneça desconhecida, é possível gerir alguns fatores associados ao seu aparecimento, bem como aliviar o desconforto causado.<br />
<br><br><br />
<br />
===Referências recomendadas===<br />
----<br />
<br />
<br />
* [https://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=29082&langid=1 Educare: Aftas. 2014]<br />
* [https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/estomatite-aftosa Atlas da Saúde: Estomatite Aftosa. 2019]<br />
* [https://www.ordemfarmaceuticos.pt/pt/publicacoes/e-publicacoes/estomatite-aftosa-recorrente/ Ordem dos Farmacêuticos: Estomatite Aftosa Recorrente. 2018]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/canker-sore/symptoms-causes/syc-20370615 Mayo Clinic: Cancer Sore. 2018]<br />
<br />
<br />
<br><br><br />
<br />
{| border="0"<br />
|-<br />
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|}<br />
<br />
<br><br />
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[[Utilizador: Jéssica_Peres| Jéssica Peres]] &bull; [[Utilizador: Rita_Fernandes_Ferreira|Rita Fernandes Ferreira]] &bull; [[Utilizador: Tânia_Caseiro|Tânia Caseiro]] &bull; [[Utilizador:Beatriz_Frias_Lopes|Beatriz Frias Lopes]] </div> <br />
<br><br />
<br />
<br />
[[Categoria: Saúde oral]]<br />
[[Categoria: Saúde da criança]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos
/index.php/Vertigens
Vertigens
2020-10-03T18:40:53Z
<p>Paulo Santos: </p>
<hr />
<div>{{Artigos<br />
|Autor=Ana Teresa Fróis, Sandra Ribeiro<br />
|Última atualização=2020/09/30<br />
|Palavras-chave=Vertigem, Tontura, Sistema Nervoso, Ouvido, Diagnóstico<br />
|Sigla da Doença=N17<br />
}}<br />
<br><br><br />
{|border=1<br />
! style="background:#F8F8FF;"|<br />
===Resumo===<br />
----<br />
A vertigem é um sintoma muito comum.<br><br />
Corresponde a uma ilusão de movimento, com sensação de deslocação dos objetos circundantes em relação ao indivíduo ou vice-versa. Pode ter origem no ouvido ou no sistema nervoso. A maioria das causas de vertigem não é grave e resolve-se espontaneamente de forma rápida. Deve ser distinguida dos desequilíbrios e das tonturas.<br />
|}<br />
<br><br><br />
----<br />
===Vertigens===<br />
----<br />
As '''vertigens''', tal como as tonturas ou desequilíbrios, não são uma doença, mas um sintoma. São motivo frequente de procura dos cuidados de saúde, podendo afetar 35% das pessoas acima dos 40 anos. <br><br />
A vertigem é definida como ilusão de movimento, com sensação de deslocação dos objetos circundantes em relação ao indivíduo ou vice-versa. As vertigens são rotatórias, enquanto a sensação de deslizamento para um dos lados ou para cima e para baixo corresponde mais provavelmente a desequilíbrio, tontura ou antecipação de desmaio.<br />
<br><br><br />
====Causas====<br />
----<br />
[[Ficheiro:Loss-of-balance-2035389_1920.jpg|right|300px]]<br />
O nosso corpo mantém o equilíbrio ao recolher informação de três sistemas: visão, proprioceção (posição de todas as partes do corpo) e sistema vestibular (ouvido). Esta informação é integrada pelo cérebro, que coordena a ação dos músculos no sentido de manter a postura e equilíbrio. <br><br />
A maioria das causas de vertigem não é grave e resolve-se espontaneamente de forma rápida. <br><br />
As causas de vertigem dividem-se em periféricas ou centrais.<br><br />
As '''causas periféricas''' (80% dos casos) resultam de alterações ao nível do ouvido interno, especificamente do sistema vestibular. Neste sistema, existem bolsas e canais cheios de líquido onde flutuam os otólitos, pequenos grãos de carbonato de cálcio. As paredes são revestidas por células que sentem a variação da posição dos otólitos quando movimentamos o corpo. São estes sinais que permitem que o cérebro perceba se estamos parados ou em movimento, de lado, em pé ou deitados.<br><br />
É a correta interpretação destes sinais que permite que mantenhamos o equilíbrio, mesmo de olhos fechados. Qualquer alteração numa das estruturas deste sistema pode provocar vertigem: <br />
* '''Vertigem posicional paroxística benigna''': causa mais frequente, relacionada com um deslocamento anormal dos otólitos, causando episódios recorrentes de vertigem associados aos movimentos da cabeça (por exemplo, deitar e levantar, rodar a cabeça, olhar para cima).<br />
* '''Neuronite vestibular''': inflamação do nervo que transmite a informação de equilíbrio do ouvido ao cérebro, causando vertigem súbita e intensa, geralmente durando minutos a horas.<br />
* '''Labirintite''': inflamação do labirinto (parte do sistema vestibular) secundária a infeção, causando vertigem súbita e intensa, geralmente durando minutos a horas, associada a perda auditiva.<br />
* '''Doença de Ménière''': crises recorrentes de vertigem, surdez, zumbido e sensação de ouvido tapado.<br />
As '''causas centrais''' (20% dos casos) envolvem o cérebro, sendo a enxaqueca vestibular e as [[O que é o Acidente Vascular Cerebral (AVC)|doenças cerebrovasculares]] as mais comuns. Outras causas incluem doenças degenerativas, doenças infeciosas ou tumores. É frequente a existência de sintomas neurológicos (perda de força, perda de visão, assimetria facial) e fatores de risco vasculares (hipertensão, diabetes, excesso de peso, colesterol elevado).<br />
A vertigem pode também surgir como [https://www.medindia.net/drugs/side-effects/dizziness.htm '''efeito adverso de alguns medicamentos'''] como analgésicos, ansiolíticos, anti-inflamatórios e muitos outros. <br />
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====Tenho uma vertigem de origem central ou periférica?====<br />
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A '''vertigem periférica''' (mais comum) tem um início súbito e acompanha-se de sintomas do ouvido (como diminuição da audição, zumbido, e sensação de pressão ou ouvido tapado), por vezes com náuseas, vómitos, e transpiração excessiva, podendo agravar com os movimentos do pescoço. Caracteristicamente, não há sinais de atingimento neurológico e aparece por surtos intensos, mas limitados no tempo, apesar de serem recorrentes e voltarem a aparecer (segundos, horas ou dias depois).<br><br />
A '''vertigem central''' é mais progressiva e contínua, persistindo ao longo do tempo. Apresenta intensidade variável, habitualmente mais ligeira, mas acompanha-se de sintomas neurológicos, como a perda de força nos braços ou pernas, a perda de visão, e a assimetria facial, que podem agravar com o movimento do pescoço, mas de forma mais ligeira.<br><br />
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A '''manobra de Dix-Hallpike''' consiste numa série de movimentos controlados pelo médico que pretendem despoletar a sensação de vertigem e permitem o diagnóstico de Vertigem Posicional Paroxística Benigna.<br><br />
O TAC cerebral ou a Ressonância magnética poderão ser necessários em alguns casos.<br />
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====Tratamento====<br />
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Durante uma crise, recomenda-se o '''descanso''' numa posição confortável, evitando mudanças repentinas de posição, luzes brilhantes, ver televisão ou ler. A utilização da '''bengala''' ajuda a evitar quedas. À medida que os sintomas aliviam, pode-se aumentar gradualmente a atividade. Deve '''evitar conduzir''' e manobrar máquinas até uma semana após os sintomas desaparecerem.<br><br />
A Vertigem Posicional Paroxística Benigna pode melhorar com exercícios do pescoço: sentado na cama com os pés pendurados, girar a cabeça um pouco para um lado e deixar-se cair para o lado contrário até apoiar o ombro na cama; manter 30 segundos e voltar a sentar-se; Repetir 5 vezes para cada lado, de manhã e à noite, durante uma semana.<br><br />
Os medicamentos antivertiginosos podem ajudar a aliviar os sintomas, evitar novas crises e melhorar o conforto e a qualidade de vida. Substâncias como a nicotina e o sal agravam a enxaqueca e a doença de Ménière e devem ser evitadas.<br />
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====Quando consultar o médico? ====<br />
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Perante os '''sinais de gravidade''':<br />
* Dor de cabeça intensa<br />
* Dificuldade em andar ou movimentar uma parte do corpo<br />
* Dificuldade em falar <br />
* Desmaio<br />
* Perda de audição<br />
* Primeiro episódio de vertigem<br />
* Características diferentes dos episódios anteriores<br />
* Vertigem persistente (mais de 1 hora), com enjoos e vómitos<br />
<br><br />
===Conclusão===<br />
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A vertigem é um sintoma muito comum na população. A maioria das vezes não tem gravidade, mas deve ser esclarecida a sua causa.<br />
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===Referências recomendadas===<br />
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* [https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/sintomas-das-doen%C3%A7as-dos-ouvidos/tontura-e-vertigem David M. Kaylie. Tontura e vertigem. Manual MSD]<br />
* [https://apmgf.pt/cento_d_documentos/guia-pratico-de-saude/ “O que fazer para melhorar as vertigens?” Guia Prático de Saúde. SemFYC. 2009]<br />
* [https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/dizziness/symptoms-causes/syc-20371787 Dizziness. Mayo Clinic]<br />
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[[Categoria: Audição]]<br />
[[Categoria: Doenças neurológicas]]<br />
[[Categoria:Prevenção secundária]]</div>
Paulo Santos