Diferenças entre edições de "Benefícios da amamentação"

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Revisão das 22h19min de 6 de maio de 2018

Autor: Catarina S. Oliveira, Wilma Lopes

Última atualização: 2016/10/05

Palavras-chave: Aleitamento materno; Benefício



Resumo


A amamentação traz benefícios diretos e cientificamente objetiváveis de curto e longo prazo para a mãe e para o bebé.
Ajuda a mãe a recuperar mais rapidamente do pós-parto e acelera a perda de peso. Exerce, ainda, um efeito protetor contra o cancro dos ovários e do útero. Para o bebé, o leite materno, além de ter um papel nutritivo de excelência, possui na sua composição diversos agentes anti-patogénicos que ajudam a proteger o bebé de infeções por bactérias, vírus e parasitas. O leite materno mostra, também, um efeito protetor contra algumas doenças graves, como a leucemia e contra algumas doenças crónicas, como a obesidade, a diabetes e as doenças alérgicas.
Amamentar faz bem à mãe, ao bebé e a todos nós.




Benefícios da amamentação



Amamentar faz bem à mãe ao bebé e a todos nós



O conhecimento científico atual diz-nos que amamentar traz benefícios de curto e longo prazo para a mãe e para o bebé e praticamente não tem desvantagens.

Benefício para a mãe


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  • Recuperação do pós-parto mais rápida.
O útero regressa mais depressa ao estado anterior ao da gravidez, pois existe em cada mamada um pico de libertação da hormona oxitocina, responsável por esta involução.
  • Perda de peso
A mãe perde peso mais rapidamente, especialmente quando a amamentação ocorre além dos 3 meses, graças à energia gasta na produção de leite.
  • Efeito inibidor da fertilidade
Prolonga-se a inibição da ovulação, funcionando como contraceção natural, mas com um índice de falhas de 1 a 2 gravidezes por cada 100 mulheres.
  • Melhor resposta ao stress
Verifica-se ainda, que existe uma redução da resposta materna ao stress, pela ação da oxitocina e da prolactina, hormonas produzidas durante a amamentação, que atuam no sistema nervoso central modulando a resposta da mãe ao stress.
  • Menor risco de cancro da mama e do ovário
A longo prazo, estudos epidemiológicos mostram que as mulheres que amamentam têm menor risco de cancro da mama e do ovário.
  • Menor risco de doença cardiovascular e metabólica
Estudos comparativos sobre o risco de doença cardiovascular em mulheres que amamentaram e que não amamentaram, mostram que quanto mais vezes a mulher tiver amamentado no passado menor o risco de vir a sofrer de doença cardiovascular. Também o risco de vir a ter diabetes mellitus tipo 2 diminui com a amamentação.



Benefício para a criança


Para o bebé os benefícios do aleitamento materno têm um impacto ainda maior.
A análise bioquímica do leite materno mostra que este é composto por um conjunto de substâncias químicas e celulares, com diferentes funções. Entre os macronutrientes mais importantes estão, os açúcares (como a lactose e os oligossacáridos), as gorduras (como os triglicerídeos, colesterol e os fosfolípidos), as proteínas (como a caseína e a alfa-lactalbumina), os minerais e oligoelementos (como o sódio, o potássio, o magnésio, o cálcio e o ferro).

  • Melhor funcionamento do tubo digestivo
Macronutrientes presentes no leite materno, como o cortisol, a insulina, as hormonas tiroideias, os fatores de crescimento (facto de crescimento da epiderme e facto de crescimento do tecido nervoso) promovem o desenvolvimento do tubo digestivo do recém-nascido, e os mediadores gastrointestinais que parecem promover a sua motilidade.
  • Melhoria da imunidade do bebé
Adicionalmente, o leite materno é muito rico num conjunto diversificado de agentes com atividade antimicrobiana.
As imunoglobulinas (IgA e IgG) promovem uma transmissão da imunidade da mãe para o bebé, melhorando a sua capacidade de combater os agentes patogénicos. A lactoferrina e a lisozima atuam diretamente contra as bactérias, eliminando-as.
Alguns lípidos (gordura) atuam como “detergentes” matando vírus, bactérias e alguns parasitas como a Giardia, e, por outro lado, açucares específicos que promovem o crescimento dos microrganismos “bons” que vivem no nosso intestino, como as Bifidobacterias e os Lactobacillus que nos protegem dos microrganismos patogénicos.
Além de todas estas substâncias de defesa, o leite materno possui ainda glóbulos brancos, que tal como no adulto têm um papel fundamental na defesa contra os agentes patogénicos.
  • Maior proteção contra doenças agudas
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Estudos científicos realizados em países em vias de desenvolvimento e países desenvolvidos chegam à mesma conclusão, os bebés alimentados com leite materno têm menos doenças agudas (gastroenterite, constipações, pneumonias, otites, e infeções urinárias).
  • Menos doenças crónicas ao longo da vida
Os benefícios de longo prazo para os bebés amamentados são mais difíceis de se comprovar, mas estudos comparativos entre crianças amamentadas e não amamentadas têm mostrado que as primeiras têm menos doenças agudas de repetição (como a pieira recorrente) e menos doenças crónicas (como a obesidade, doenças imunoalergológicas, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e cancro).
Associadamente, as crianças amamentadas parecem ter um melhor desenvolvimento neurológico, visual e auditivo.

Benefícios socioeconómicos


Também a nível económico e financeiro a amamentação traz benefícios para a família, por um lado na poupança na compra de leite e, por outro, na poupança previsível em gastos com a saúde da criança amamentada uma vez que irá ter menor incidência de episódios de doença.

Benefícios ecológicos e ambientais


Não se podem deixar de referir os benefícios ecológicos para a sociedade pelo facto de haver menos resíduos em pacotes de leite adaptado e de uma menor produção destes leites com um menor efeito poluente.

Conclusão:


Amamentar traz inúmeros efeitos positivos para a saúde da mãe e do filho. Permite diminuir a despesa em saúde das famílias e aumenta a nossa pegada ecológica na Terra.
Amamentar faz bem à mãe, ao bebé e a todos nós.

Referências recomendadas






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