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Para o diagnóstico de depressão é necessária a presença de pelo menos 5 dos seguintes sintomas: | Para o diagnóstico de depressão é necessária a presença de pelo menos 5 dos seguintes sintomas: | ||
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No entanto, é indispensável que procure sempre um profissional de saúde (médico de família, psiquiatra, psicólogo ou enfermeiro) para avaliar individualmente a gravidade da sua situação, decidir qual o tratamento mais adequado e acompanhar a sua evolução. <br><br> | No entanto, é indispensável que procure sempre um profissional de saúde (médico de família, psiquiatra, psicólogo ou enfermeiro) para avaliar individualmente a gravidade da sua situação, decidir qual o tratamento mais adequado e acompanhar a sua evolução. <br><br> | ||
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Autor: Maria Catarina Cativo, Rita Celorico Palma
Última atualização: 2024/01/31
Palavras-chave: Depressão, Estilo de vida, Stress, Tratamento
ÍndiceResumoA depressão é uma doença com uma elevada prevalência em Portugal e que causa uma significativa incapacidade funcional. |
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A depressão é uma doença do foro psiquiátrico altamente prevalente, com tendência à cronicidade e à recorrência. A OMS estima que mais de 280 milhões de pessoas sofram de depressão em todo o mundo, provocando mais de 700 mil mortes por suicídio todos os anos. Em Portugal, dentro dos distúrbios psiquiátricos, as perturbações depressivas são as segundas mais frequentes, afetando todos os anos cerca de 7,9% da população geral.
Para o diagnóstico de depressão é necessária a presença de pelo menos 5 dos seguintes sintomas:
Estes sintomas devem estar presentes durante pelo menos 2 semanas, e representar um agravamento em relação ao estado normal, originando sofrimento significativo ou afetando o funcionamento do dia-a-dia.
Uma depressão leve pode ser identificada pela presença de sintomas com baixa intensidade, ou seja, com sintomas que causam pouco sofrimento e que não causam grande impedimento ao funcionamento social ou profissional da pessoa.
Nas pessoas com depressão leve, o tratamento pode começar apenas por alterações no estilo de vida e psicoterapia cognitivo-comportamental (que ensina estratégias para identificar e melhorar certos padrões de pensamento hábitos ou atitudes que podem contribuir para os sintomas depressivos) sem necessidade de iniciar terapêutica farmacológica.
No entanto, é indispensável que procure sempre um profissional de saúde (médico de família, psiquiatra, psicólogo ou enfermeiro) para avaliar individualmente a gravidade da sua situação, decidir qual o tratamento mais adequado e acompanhar a sua evolução.
Apesar de aparentemente simples, as medidas de alteração do estilo de vida poderão ser ferramentas poderosas no tratamento inicial dos doentes com depressão leve e como complemento ao tratamento farmacológico das depressões mais graves.
Recorrer a técnicas de alteração do estilo de vida pode ser eficaz no tratamento inicial das depressões leves.
No entanto, a decisão sobre o tratamento mais adequado a cada caso deve passar sempre por uma avaliação médica, não deixando adiar o início da medicação apropriada quando está recomendada. De qualquer forma estas medidas são muito úteis como ajuda ao tratamento.